Não
desencorajar diante das fraquezas, Deus está conosco!
Foi de
encorajamento a mensagem do Papa Francisco no Angelus deste IV Domingo da
Quaresma. Existem nossos limites, fraquezas, pecados, mas Deus "é maior do
que os limites e as fraquezas, os pecados. E tomemos o Senhor pela mão, olhemos
para o Crucifixo e sigamos em frente".
Cidade do
Vaticano - O Papa Francisco rezou o Angelus com os milhares de fiéis
reunidos na Praça São Pedro neste IV Domingo da Quaresma. Eis a alocução do
Santo Padre:
"Queridos
irmãos e irmãs, bom dia!
Neste IV Domingo
da Quaresma, chamado domingo “Laetare”, isto é, “alegra-te”, porque assim é a
antífona de ingresso da liturgia eucarística que nos convida à alegria:
“Alegra-te Jerusalém [...] – assim, é um chamado à alegria - Exulte e
alegra-te, tu que estavas na tristeza". Assim começa a Missa.
Qual é o motivo
desta alegria? O motivo é o grande amor de Deus pela humanidade, como nos
indica o Evangelho de hoje: “Deus amou tanto o mundo, que deu o seu Filho
unigênito, para que não morra todo o que nele crer, mas tenha a vida eterna.”
Estas palavras,
pronunciadas por Jesus durante a conversa com Nicodemos, sintetizam um tema que
está no centro do anúncio cristão: mesmo quando a situação parece
desesperadora, Deus intervém, oferecendo ao homem a salvação e a alegria. Deus,
de fato, não está separado do homem, mas entra na história da humanidade,
envolve-se na nossa vida, entra, para animá-la com a sua graça e salvá-la.
Somos chamados a
escutar este anúncio, rejeitando a tentação de considerar-nos seguros de nós
mesmos, de querer deixar de lado Deus, reivindicando uma absoluta liberdade
d’Ele e da sua Palavra.
Quando
reencontramos a coragem de reconhecer-nos por aquilo que somos, - e é preciso
coragem para isto! - nos damos conta que somos pessoas chamadas a nos deparar
com a nossa fragilidade e os nossos limites.
Então pode
acontecer de sermos tomados pela angústia, pela inquietação pelo amanhã, pelo
medo da doença e da morte. Isto explica porque tantas pessoas, buscando uma
saída, entram às vezes em perigosos atalhos, como por exemplo o túnel da droga
ou o das superstições ou de desastrosos rituais de magia.
Eh? Bom conhecer
os próprios limites, as próprias fragilidades, devemos conhecê-los, mas não
para nos desesperar, mas para oferecer ao Senhor e Ele nos ajuda no caminho da
cura, nos leva pela mão, mas nunca nos deixa sozinhos, nunca. Deus está conosco
e por isto me alegro, nos alegramos hoje: “Alegra-te Jerusalém – diz – porque
Deus é conosco”.
E nós temos a
verdadeira e grande esperança em Deus Pai, rico de misericórdia, que nos deu
seu Filho para salvar-nos e esta é a nossa alegria.
Mas também temos
tantas tristezas, mas quando somos verdadeiros cristãos, existe aquela
esperança que é uma pequena alegria que cresce e te dá segurança. Nós não
devemos nos desencorajar quando vemos os nossos limites, os nossos pecados, as
nossas fraquezas: Deus está ali, Jesus está na cruz para nos curar. Este é o amor
de Deus. Olhar para o Crucifixo e dizer dentro: “Deus me ama”.
É verdade,
existem estes limites, estas fraquezas, estes pecados, mas Ele é maior do que
os limites e as fraquezas, os pecados. E tomemos o Senhor pela mão, olhemos
para o Crucifixo e sigamos em frente.
Que Maria, Mãe
de Misericórdia, nos coloque no coração a certeza de que somos amados por Deus.
Que esteja próxima de nós nos momentos em que nos sentimos sozinhos, quando
somos tentados a nos render às dificuldades da vida. Nos comunique os sentimentos
de seu Filho Jesus, para que o nosso caminho quaresmal torne-se experiência de
perdão, de acolhida e de caridade."
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Fonte: www.vaticannews.va
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