“Ocasião de tomar parte na Providência de Deus”
A Coleta
Nacional da Campanha da Fraternidade de 2018 sobre a superação da violência
será realizada no Domingo de Ramos, 25 de março. Trata-se de um gesto concreto
das comunidades diante da reflexão e oração realizadas durante a Quaresma. Um
dos objetivos permanentes da Campanha da Fraternidade é, conforme o texto-base
oferecido para as comunidades, “renovar a consciência da responsabilidade de
todos pela ação da Igreja na evangelização, na promoção humana, em vista de uma
sociedade justa e solidária (todos devem evangelizar e todos devem sustentar a
ação evangelizadora e libertadora da Igreja)”.
O sentido da
Coleta
“O gesto de
colaborar com a Coleta é parte da espiritualidade quaresmal, expressão do
caminho feito por todos nós que atravessamos esse tempo forte de vivência dos
valores do Evangelho e não apenas uma expressão de oferecer recursos para
financiamento de projetos sociais”, diz padre Luiz Fernando, coordenador da
Campanha. “É claro que os recursos reunidos como fruto do gesto de cada
católico são endereçados ao financiamento de projetos sociais que são
devidamente informados, todos os anos, a toda a Igreja no Brasil”, esclarece
padre Luís Fernando.
“O gesto
fraterno da oferta tem um caráter de conversão quaresmal, condição para que
advenha um novo tempo marcado pelo amor e pela valorização da vida”, assegura o
texto-base da Campanha. As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora no Brasil
lembram também que o gesto de cada de pessoa participar da Coleta Nacional faz
parte de um movimento de fraterna colaboração que “ao longo de uma história de
solidariedade e compromisso com as incontáveis vítimas das inúmeras formas de
destruição da vida, a Igreja se reconhece servidora do Deus da vida” (DGAE,
n.66).
Papa Francisco,
na Mensagem que enviou à Igreja no mundo inteiro para a Quaresma deste ano,
recomendou: “A prática da esmola liberta-nos da ganância e ajuda-nos a
descobrir que o outro é nosso irmão: aquilo que possuo, nunca é só meu. Como
gostaria que a esmola se tornasse um verdadeiro estilo de vida para todos! Como
gostaria que, como cristãos, seguíssemos o exemplo dos Apóstolos e víssemos, na
possibilidade de partilhar com os outros os nossos bens, um testemunho concreto
da comunhão que vivemos na Igreja. A este propósito, faço minhas as palavras
exortativas de São Paulo aos Coríntios, quando os convidava a tomar parte na
coleta para a comunidade de Jerusalém: ‘Isto é o que vos convém’ (2 Cor 8, 10). Isto
vale de modo especial na Quaresma, durante a qual muitos organismos recolhem
coletas a favor das Igrejas e populações em dificuldade. Mas como gostaria
também que no nosso relacionamento diário, perante cada irmão que nos pede
ajuda, pensássemos: aqui está um apelo da Providência divina. Cada esmola é uma
ocasião de tomar parte na Providência de Deus para com os seus filhos; e, se hoje
Ele Se serve de mim para ajudar um irmão, como deixará amanhã de prover também
às minhas necessidades, Ele que nunca Se deixa vencer em generosidade? ”.
Fundos da
Solidariedade
Há dois fundos
da solidariedade que são constituídos pela oferta integral da Coleta Nacional
do Domingo de Ramos. O primeiro é o Fundo Diocesano de Solidariedade, gerido
pela própria diocese, que fica com a maior parte do montante (60%). O segundo é
o Fundo Nacional de Solidariedade (FNS), que a CNBB é responsável pela sua
gestão. A destinação do recurso é, preferencialmente, financiar projetos que
tenham como propósito atender os objetivos propostos pela Campanha da
Fraternidade em cada ano de sua realização.
Gestão dos
Fundos
A supervisão dos
fundos constituídos pela oferta da Coleta Nacional, a destinação dos recursos e
a provação dos projetos que se candidatam a receber os benefícios estão a cargo
de conselhos. O Conselho Gestor do FNS é composto da seguinte forma:
secretário-geral da CNBB; bispo presidente da Comissão Episcopal Pastoral para
a Ação Social Transformadora e seu assessor; presidente da Cáritas Brasileira;
Ecônomo da CNBB; representante dos secretários executivos dos regionais da
CNBB; assistente social da CNBB e o secretário-executivo da Campanha da
Fraternidade. Há dois tipos de participação no Conselho: membros natos pela
natureza do oficio e membros nomeados que necessariamente não precisam ser as
pessoas que ocupam esses cargos.
O Conselho
Gestor do FDS é composto por: uma pessoa da Cáritas (onde ela existe); um representante
das pastorais sociais; coordenação pastoral diocesana; equipe de animação das
campanhas; responsável pela administração da Diocese e uma pessoa ligada ao
tema da Campanha da Fraternidade. O bispo diocesano constitui este Conselho
Gestor e, normalmente, o preside.
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Fonte: www.cnbb.net.br
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