Cidade do
Vaticano (RV) – “Maria, Mãe da esperança” foi o tema da catequese do Papa
Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira (10/05). Na Praça S. Pedro,
cerca de 20 mil fiéis participaram do evento, entre os quais inúmeros
brasileiros da “Obra de Maria” e de Belo Horizonte.
Maria e as
mães do nosso tempo
No caminho da
sua maternidade, Maria teve que atravessar mais do que uma noite sombria. Ainda
jovem, respondeu “sim” à proposta que o Anjo Gabriel lhe fez de ser a mãe do
Filho de Deus, embora nada soubesse do destino que A esperava.
“Naquele
instante, Maria se parece como uma de tantas mães do nosso mundo, corajosas até
o extremo quando se trata de acolher no próprio ventre a história de um novo
homem que nasce”, disse o Papa, acrescentando que Ela é uma mulher que
não se deprime face às incertezas da vida; nem uma mulher que protesta e
se lamenta contra a sorte que muitas vezes se Lhe apresentava hostil. Pelo contrário,
é uma mulher que aceita a vida como vem, com os seus dias felizes, mas também
com as suas tragédias.
Maria
simplesmente "estava"
Na noite mais
escura de Maria, da crucifixão do seu Filho, Ela permaneceu ao pé da cruz,
desconhecendo o destino de ressurreição do seu Filho. Neste episódio, os
Evangelhos são lacônicos e discretos, registram com um só verbo a presença da
mãe. “Ela estava.” Nada dizem de sua reação nem sua dor, que ficou para a
criatividade de poetas e pintores.
“As mães
nunca desistem nem abandonam. As mães não traem”, afirmou Francisco. Os
Evangelhos somente dizem: ela estava. No momento mais cruel, Ela sofria com o
Filho. Estava. Ela simplesmente estava ali. Os sofrimentos de uma mãe... Todos
nós conhecemos mulheres fortes, que levaram avante os sofrimentos de seus
filhos.”
Não somos
órfãos
As ovelhas ouvem a voz do Pastor |
Depois, em
Pentecostes, no primeiro dia da Igreja, reencontramos Maria como Mãe da
Esperança em meio àquela comunidade de discípulos tão frágeis: um tinha negado
o Mestre, muitos tinham fugido, todos tinham medo. Maria simplesmente estava lá
no seu modo normal de ser, como se fosse algo natural: a Igreja primitiva,
envolvida pela luz da Ressurreição, mas também pela incerteza e o medo dos
primeiros passos a dar no mundo.
“Por isso,
todos nós A amamos como Mãe. Não somos órfãos, todos temos uma mãe no céu”,
disse ainda Francisco. Maria nos ensina a virtude da espera, mesmo quando tudo
parece sem sentido, pois confia no mistério de Deus. “Nos momentos de
dificuldade, que Maria possa sempre amparar os nossos passos, possa sempre
dizer ao coração: levanta-se, olhe para frente, para o horizonte. Ela é Mãe de
esperança.”
Peregrinação
a Fátima
Ao saudar os
fiéis língua portuguesa, o Papa recordou sua iminente viagem a Portugal, “como
peregrino a Fátima, para confiar a Nossa Senhora as sortes temporais e eternas
da humanidade e suplicar sobre os seus caminhos as bênçãos do Céu. Peço a todos
que me acompanhem, como peregrinos da esperança e da paz: as suas mãos em prece
continuem a sustentar as minhas”.
Saudação à
Rússia
Francisco
dirigiu também uma saudação especial a uma delegação de jovens sacerdotes do
Patriarcado de Moscou, presente no Vaticano a convite do Pontifício Conselho
para a Promoção da Unidade dos Cristãos. “Que Deus abençoe a Rússia e o empenho
da Igreja ortodoxa em prol do diálogo entre as religiões e o bem comum.”
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Assista:
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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