Jesus nos oferece a "terapia da esperança"
Cidade do
Vaticano (RV) – A terapia da esperança: foi o que propôs o Papa Francisco aos
cerca de 20 mil fiéis reunidos na Praça S. Pedro na Audiência Geral da
quarta-feira (24/05).
Em sua
catequese, o Pontífice comentou a experiência dos dois discípulos de Emaús,
de que fala o Evangelho de Lucas. Dois homens caminhavam desiludidos após a
morte de Jesus. Caminhavam tristes, porque viram morrer as esperanças que
tinham depositado em Jesus, sendo a cruz erguida no Calvário o sinal mais
eloquente da derrota que não tinham previsto.
O encontro de Jesus
com os dois discípulos parece casual. Caminham pensativos e um desconhecido se
aproxima: é Cristo, que então começa a sua “terapia da esperança”. “Quem a faz?
Jesus. Antes de tudo, pergunta e escuta, pois o nosso Deus não é um Deus
intrometido”, disse o Papa.
Mesmo conhecendo
o motivo da desilusão, deixa que falem de sua amargura. O resultado é uma
confissão que mais se parece com um refrão da existência humana: «Nós
esperávamos, mas…»
Francisco passa entre os fiéis |
“Quantas
tristezas, quantas derrotas, quantas falências existem na vida de cada pessoa!
No fundo, somos todos um pouco como esses dois discípulos. Quantas vezes nos
encontramos a um passo da felicidade e ficamos desiludidos. Mas Jesus caminha
com todas as pessoas cabisbaixas. E caminhando com elas, de forma discreta, lhes
restitui a esperança.”
A verdadeira
esperança passa através de derrotas. Nos Livros Sagrados, não se encontram
histórias de heroísmo fácil, nem campanhas fulminantes de conquista. Deus não
gosta de ser amado como um General que leva o seu povo à vitória, aniquilando
os adversários. A presença do Senhor lembra uma chama frágil que arde num dia
de frio e vento; e, para aparecer ainda mais frágil esta sua presença neste
mundo, foi esconder-Se num lugar que todos desdenham.
Com os dois
discípulos, Jesus repete o gesto fulcral da Eucaristia: tomou o pão, pronunciou
a bênção e, depois de o partir, o entregou. Neste gesto está também o
significado de como deve ser a Igreja: o destino de cada um de nós. Jesus nos
toma, pronuncia a bênção, e espedaça a nossa vida – porque não há amor sem
sacrifício – e a oferece aos outros, a todos.
O encontro de
Jesus com os dois discípulos é rápido. Mas nele está todo o destino da Igreja.
Nos fala que a comunidade cristã não está fechada numa cidadela fortificada,
mas caminha no seu ambiente mais vital, isto é, na rua. E ali encontra as
pessoas, com suas esperanças e suas desilusões. A Igreja oferece escuta a
todos, para depois oferecer a Palavra de vida. E então o coração das pessoas
volta a arder de esperança.
"Todos na
nossa vida tivemos momentos difíceis, momentos em que caminhávamos tristes,
desiludidos, sem horizonte, somente com um muro diante de nós. Jesus sempre
está do nosso lado, para nos dar esperança,. Para nos aquecer o coração. Ele
nos diz: vai avante, estou com você, prossiga."
O segredo do
caminho que conduz a Emaús está aqui: apesar das aparências contrárias, nós
continuamos a ser amados por Deus; Ele jamais deixará de nos querer bem.
“Deus caminhará
conosco sempre, sempre, mesmo nos momentos mais dolorosos, nos momentos mais
duros, de derrota. Ali está o Senhor. E esta é a nossa esperança, prossigamos
com esta esperança, porque Ele está do nosso lado caminhando conosco, sempre!”
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Assista:
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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