Deus é um sonhador,
porque sonha a transformação do mundo
Cidade do
Vaticano (RV) - Maria Madalena, apóstola da esperança: este foi o tema da
catequese do Papa Francisco na Audiência Geral de quarta-feira (17/05).
Aos cerca de 20
mil fiéis presentes na Praça S. Pedro, entre os quais brasileiros da Bahia, de
Fortaleza e Brasília, o Pontífice deu prosseguimento ao ciclo sobre a esperança
no contexto do mistério pascal, falando daquela que, por primeiro, viu Jesus ressuscitado.
Após a sua morte
e assim que o descanso do Sábado o permitiu, Maria Madalena foi até o sepulcro
para completar os ritos fúnebres. Ao chegar, viu que alguém tinha removido a
pedra que estava à porta do sepulcro e logo pensou que tivessem roubado o corpo
de Jesus. Este trajeto rumo ao sepulcro, disse o Papa, espelha a fidelidade de
tantas mulheres que são devotas por anos às ruelas dos cemitério, em memória de
alguém que não existe mais. “Os elos mais autênticos não são interrompidos nem
mesmo pela morte: há quem continua a amar mesmo que a pessoa amada tenha ido
embora para sempre”, afirmou Francisco em meio aos aplausos dos fiéis.
Deus nos chama
pelo nome
Ela advertiu os
discípulos e, em seguida, voltou novamente ao sepulcro com uma dupla tristeza:
a morte de Jesus e o desaparecimento de seu corpo. Porém, desta vez, foi
surpreendida pelo aparecimento de dois anjos e, finalmente, do próprio Jesus, a
quem reconhece quando este a chama pelo nome: Maria!
Papa no meio do povo |
“Como é belo
pensar que a primeira aparição do Ressuscitado tenha ocorrido de modo assim tão
pessoal!”, disse Francisco. “Tem alguém que nos conhece, que vê o nosso
sofrimento e a nossa desilusão, que se comove e nos chama pelo nome. Em volta
de Jesus, há muitas pessoas que buscam a Deus; mas a realidade mais prodigiosa
é que, muito antes, há um Deus que se preocupa com nossa vida. Cada homem é uma
história de amor que Deus escreve sobre esta terra. A cada um de nós Deus chama
por nome, nos olha, nos espera, nos perdoa, tem paciência. É verdade ou não?”,
perguntou o Papa aos fiéis.
Revolução não é
como um conta-gotas
A ressurreição
de Jesus é uma revolução que transformou a vida de Maria Madalena e transforma
a vida de cada um de nós. Uma revolução que não vem como conta-gotas, mas é
como uma cascata que se expande por toda a existência. Esta não é marcada por
“pequenas felicidades”, mas por ondas que levam tudo.
Nosso Deus é
sonhador
Francisco
convidou os fiéis a imaginarem este instante em que Deus nos chama por nome e
diz: “Levante-se, pare de chorar, porque vim libertar!”. Jesus, prosseguiu, não
se adapta ao mundo, tolerando que prevaleçam a morte, o ódio, a destruição
moral das pessoas... “O nosso Deus não está inerte, permito-me dizer que nosso
Deus é um sonhador, que sonha a transformação do mundo e a realizou no mistério
da Ressurreição.”
O Papa concluiu
falando novamente de Maria Madalena. Esta mulher que, antes de encontrar Jesus
estava à mercê do maligno, agora se transformou em apóstola da nova e maior
esperança. “Que a sua intercessão nos ajude a viver também nós esta
experiência: na hora do pranto e do abandono, ouvir Jesus Ressuscitado que nos
chama por nome, e com o coração repleto de alegria anunciar: Vi o Senhor! Mudei
de vida porque vi o Senhor. Esta é a nossa força e esta é a nossa esperança.”
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Fonte: radiovaticana.va news.vaAssista:
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