Qual o significado da Oitava Pascal?
Com a celebração
da Ressurreição do Senhor, na Vigília do Sábado Santo, entramos no Tempo
Pascal, formado por sete semanas até a Solenidade de Pentecostes. Este tempo é
marcado pela alegria da vida nova que recebemos de Cristo. É o tempo litúrgico
mais forte do ano, pois é a passagem da morte para a Vida.
Durante o Tempo
Pascal, em todas as celebrações litúrgicas, o Círio Pascal permanece aceso,
pois ele representa o Cristo Ressuscitado que ilumina nossa vida, que dissipa
as trevas da morte e faz resplandecer em todos nós a luz de Deus. O Círio é
como essa grande coluna luminosa que nos guia para a libertação plena da vida.
A Ressurreição de Cristo dá sentido a sua Cruz |
A Oitava Pascal
traz para o centro da celebração litúrgica da Igreja o mistério da Ressurreição
de Jesus Cristo. A Páscoa de Jesus continua na ação da Igreja, por isso na
Oitava Pascal celebramos que todo dia se tornou Domingo. Razão pela qual na
Oitava Pascal se entoa o Hino de Louvor nas missas, que geralmente é cantado
apenas na missa dominical, com exceção do tempo da quaresma e advento. Por
isso, durante oito dias celebramos a Solenidade da Ressurreição de Jesus como
se fosse um único dia - “o dia que o Senhor fez para nós!”
No passado, a
Oitava Pascal era um tempo especial de contato com a fé para os que tinham sido
batizados na Vigília Pascal. No batismo eles recebiam a veste branca, e essa
veste era tirada no final da Oitava Pascal. Era momento para aqueles que
renasceram pelo batismo poder experimentar a vida nova em Cristo.
Por isso, a
Oitava Pascal convida-nos a fazer da nossa vida uma contínua Páscoa, um tempo
de renovar a confiança no Senhor, colocando em suas mãos a nossa vida e o nosso
destino. É um tempo para que, Ressuscitados com Cristo, aprendamos a buscar as
coisas que são do alto - (Col 3,1).
Pe. Luiz Camilo
Junior, C.Ss.R.
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Fonte: a12.com Foto: shutterstock
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Oitava de Páscoa:
tempo de celebrar a Ressurreição
A melhor maneira
de vivenciar o mistério da páscoa é assumir de forma consciente e responsável o
próprio batismo, diz dom Geraldo
Durante todos os
dias desta semana, até o próximo domingo, a Igreja comemora com alegria a
Ressurreição de Jesus. Este é o acontecimento mais importante da história para
os cristãos, pois, Jesus, morreu, ressuscitou e continua entre nós. O Arcebispo
de Mariana (MG), dom Gerado Lyrio de Rocha, explica que Páscoa é uma solenidade
tão grande que não dá para celebrar num dia só. Por isso a igreja na sua
sabedoria de mãe e mestra prolonga por oito dias a celebração da páscoa. “A
páscoa é o centro do ano Litúrgico por ser o centro da vivência e da fé cristã.
Se Cristo não tivesse ressuscitado nossa fé não teria sentido vai dizer o
apóstolo Paulo. Então, o mistério da morte e ressurreição de Cristo é o que
está no centro, é o acontecimento fundante da nossa própria fé”, destaca o
bispo.
Para dom
Geraldo, a melhor maneira de vivenciar o mistério da páscoa é assumir de forma
consciente e responsável o próprio batismo. “A oitava da páscoa tem essa característica
batismal até porque na vigília da páscoa se celebram o batismo especialmente de
adultos. Então, a oitava da páscoa tem um sabor bem batismal. Aí está o
fundamento da nossa vivencia cristã. É assumir o nosso batismo para vivê-lo
intensamente como filhos de Deus, como irmãos de Jesus Cristo, como templos do
Espírito Santo, como membros do povo santo de Deus e a igreja de Cristo. Então,
a oitava da Páscoa deve reavivar tudo isto em nós para vivenciarmos o que
celebramos na fé traduzindo em atos concretos em nossa vida”.
Após essa Oitava
de Páscoa, a Igreja continua vivendo o Tempo Pascal até o domingo de
Pentecostes que acontece cinquenta dias após a celebração da ressurreição de
cristo. Este ano será celebrado dia 4 de junho. Neste período, a igreja
convida, por meio da liturgia, a contemplar a presença do ressuscitado que
continua no meio dos seus. “O pentecostes é o coroamento da páscoa, a obra
realizada por Jesus. O que Ele fez com sua morte e ressurreição agora é coroado
com a vinda do Espírito Santo e é ele que faz com que o mistério da páscoa que
celebramos não seja uma coisa do passado que é apenas recordado numa oração. É
muito mais do que isso. É o Espírito Santo de Deus que faz com que o mistério
pascal se torne presente e realidade em nossa vida. Em todos os gestos
litúrgicos, mas sobretudo na Santíssima Eucaristia. A Eucaristia é a celebração
do mistério pascal de Cristo. A Páscoa de Cristo acontecendo em nova vida e a
nossa inserida no mistério pascal de cristo quem faz tudo isso é o Espírito
Santo que da vida a igreja e que vivifica o cristão na sua vivencia de fé para
que mistério pascal seja realidade na sua existência”, ressalta dom Geraldo.
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Fonte: cnbb.org.br
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