Papa na Missa do Crisma:
Cidade do
Vaticano (RV) – Nesta Quinta-feira Santa (13/04), primeiro dia do Tríduo
Pascal, o Papa Francisco celebrou a missa do Crisma na Basílica de São Pedro.
"Evangelização seja respeitosa e humilde"
Na missa, o Papa abençoou os óleos usados para o sacramento do Crisma |
E como Jesus –
continuou o Papa – o sacerdote torna jubiloso o anúncio com toda a sua
pessoa. “Com a Palavra com que o Senhor o tocou, deve fazê-lo com a alegria que
toca o coração do seu povo!”. Para o Pontífice, o anúncio da Boa Nova
contém algo que compreende em si a alegria do Evangelho, porque é jubilosa em
si mesma.
“Nunca a verdade
da Boa-Nova poderá ser apenas uma verdade abstrata; nunca a misericórdia da
Boa-Nova poderá ser uma falsa compaixão, que deixa o pecador na sua miséria,
não lhe dando a mão para se levantar; e enfim, nunca a Boa-Nova poderá ser
triste ou neutra, porque é expressão de uma alegria inteiramente pessoal: ‘a
alegria dum Pai que não quer que se perca nenhum dos seus pequeninos’”.
Cardeais, bispos e sacerdotes na Missa do crisma |
O primeiro são
as talhas de pedra das bodas de Caná, que bem espelham o Odre perfeito que
é Nossa Senhora, a Virgem Maria; o segundo é ocântaro que a Samaritana trazia à
cabeça, que expressa uma questão essencial: ser concreto. E o terceiro ícone da
Boa-Nova é o Odre imenso do Coração trespassado do Senhor: integridade
suave, humilde e pobre, que atrai todos a Si.
“Dele devemos
aprender que, anunciar uma grande alegria àqueles que são muito pobres, só
se pode fazer de forma respeitosa e humilde, até à humilhação. A
evangelização não pode ser presunçosa. Não pode ser rígida a integridade da
verdade. Esta integridade suave dá alegria aos pobres e reanima os pecadores”,
concluiu o Pontífice. (CM)
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Assista:
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Deus nos ama até o fim, servir é semear amor
Cidade do
Vaticano (RV) - O Papa Francisco celebrou a missa da Ceia do Senhor, nesta
Quinta-feira Santa (13/04), na Casa de Reclusão de Paliano, localidade ao sul
de Roma.
A cerimônia, com
o tradicional rito do lava-pés, não foi transmitida ao vivo – a pedido do
próprio Pontífice e pela falta de condições técnicas do presídio. A visita de
Francisco teve um caráter “estritamente privado”.
O Papa lavou os
pés a 12 detentos (10 italianos, 1 argentino e 1 albanês). Entre eles, 3 eram
mulheres e 1 muçulmano que receberá o sacramento do Batismo no mês de junho.
Além disso, dois deles foram condenados à prisão perpétua, enquanto para os
demais a conclusão da pena está prevista entre 2019 e 2073.
“Jesus estava na
ceia, com eles. A última ceia e diz o Evangelho que Ele sabia ‘que tinha chegado
a sua hora de passar deste mundo ao Pai’. Sabia que tinha sido traído e que
seria entregue por Judas naquela noite”.
“Tendo amado os
seus que estavam no mundo, amou-os até o fim’. Mas Deus ama assim! Até o fim e
dá a vida por todos nós e se orgulha disso. Deus quer isto porque Ele tem amor:
ama até o fim. Não é fácil, porque todos nós somos pecadores, todos temos
limites, defeitos, muitas coisas. Sabemos amar, mas não somos como Deus que ama
sem olhar as consequências, até o fim. É um exemplo. Para mostrar isso, Ele que
era o chefe, que era Deus, lava os pés de seus discípulos”, disse o Papa em sua
homilia.
Papa beija o pé de detento durante o rito do lava-pés no cárcere de Paliano |
Francisco
explicou que o gesto de lavar os pés era um costume que se fazia na época antes
do almoço e do jantar, porque não tinha asfalto e as pessoas caminhavam na
terra e ficavam com os pés cheios de poeira.
“Um dos gestos
para receber uma pessoa em casa, além de oferecer alimento, era também o de
lavar os pés da pessoa. Isso era feito pelos escravos. Mas Jesus inverte isso e
realiza Ele mesmo esse gesto. Simão Pedro não queria que Jesus lavasse os seus
pés, mas Jesus lhe respondeu que Ele tinha vindo ao mundo para servir, para nos
servir, para se fazer servo por nós, para dar a vida por nós, para nos amar até
o fim.”
Francisco disse
que quando chegou a Paliano, várias pessoas o saudaram. “Chegou o Papa, o
chefe. O chefe da Igreja...”. O chefe da Igreja é Jesus. O Papa é a
figura de Jesus e eu gostaria de fazer o mesmo que Ele fez. Nesta cerimônia, o
pároco lava os pés dos fiéis: se inverte. O que parece o maior deve fazer o
trabalho do escravo. Para semear amor, para semear amor entre nós, lhes
digo:
“Se vocês
puderem ajudem, façam um serviço ao companheiro aqui, no cárcere, à tua
companheira. Façam, porque isso é amor, isso é como lavar os pés. É ser servo
dos outros. Uma vez os discípulos brigavam entre eles sobre quem fosse o maior,
o mais importante. E Jesus lhes disse: ‘Quem quiser ser importante, deve se
fazer pequeno e servo dos todos. Foi o que Ele fez. É o que Deus faz com a
gente. Quem serve é o servo. Somos pobrezinhos. Ele é grande. Ele é bom. Ele
nos ama como somos. Durante esta cerimônia pensemos em Deus, em Jesus. Não é
uma cerimônia de folclore: é um gesto para recordar o que Jesus nos deu. Depois
disso, pegou o pão e nos deu o Seu corpo. Pegou o vinho e nos deu o Seu sangue.
Assim é o amor. Pensemos, hoje, somente no amor de Deus.”
A Casa de
Reclusão de Paliano é dedicada aos colaboradores da Justiça - a único do gênero
na Itália. Há duas sessões - masculina e feminina – e outra sessão para
os doentes de tuberculose. Tem uma capacidade para 140 reclusos.
Trata-se da
terceira vez que Francisco celebra este rito numa prisão. Em 2015, a missa foi
realizada no Presídio de Rebibbia, em Roma. Em 2013, o local foi o Cárcere para
Menores "Casal del Marmo", também em Roma.
No ano passado,
o Papa lavou os pés dos refugiados no centro de acolhimento de Castelnuovo,
município ao norte de Roma. Em 2014, a cerimônia foi no Centro Santa Maria da
Providência, na periferia romana, que acolhe pessoas com deficiências. (MJ/BF)
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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