Jesus é a plenitude da lei com a misericórdia e o perdão
Cidade do
Vaticano (RV) - “Jesus, que julga com misericórdia, é a plenitude da lei”,
disse o Papa Francisco na missa matutina celebrada, nesta segunda-feira
(03/04), na Casa Santa Marta.
“Diante do
pecado e da corrupção, Jesus é a “plenitude da lei”. O Papa refletiu em sua
homilia sobre o Evangelho de João que propõe o trecho em que Cristo, a
propósito da mulher surpreendida em adultério, diz a quem a acusa: “Quem dentre
vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra.”
O Pontífice se
deteve também na Primeira Leitura, extraída do Livro do Profeta Daniel,
dedicada a Susana que foi vítima de dois juízes anciãos do povo que
orquestraram contra ela um “adultério falso, fictício”. Ela é obrigada a
escolher entre “fidelidade a Deus e à lei” e “salvar a vida”: “era fiel ao
marido”, disse o Papa, “talvez tivesse outros pecados, pois todos somos
pecadores”. “A única mulher que não tem pecado é Nossa Senhora”.
Missa na Capela Santa Marta |
Nos dois
episódios se encontram “inocência, pecado, corrupção e lei”, pois nos dois
casos os juízes eram corruptos”.
“Sempre
existiram no mundo juízes corruptos. Existem também hoje em todas as partes do
mundo. Por que a corrupção chega a uma pessoa? Porque uma coisa é o pecado: Eu
pequei, escorreguei, sou infiel a Deus, mas procuro não fazer mais ou procuro
me ajeitar com o Senhor ou pelo menos sei que isso não é bom. Outra é a
corrupção. Existe corrupção quando o pecado entra, entra na consciência e não
deixa lugar nem mesmo para o ar.”
Quando tudo se
torna pecado: isso é corrupção. “Os corruptos pensam em fazer bem com a
impunidade. No caso de Susana, os juízes anciãos “foram corruptos dos vícios da
luxúria”, ameaçando-a de testemunhar falsidades contra ela. “Não é o primeiro
caso”, refletiu Francisco, “que nas Escrituras aparecem falsos testemunhos.
Isso nos recorda Jesus, condenado à morte por falso testemunho”.
No caso da
verdadeira adúltera, quem a acusa são outros juízes que “tinham perdido a
cabeça” fazendo crescer neles uma interpretação tão rígida da lei que não
deixava espaço ao Espírito Santo”: ou seja, a corrupção da legalidade,
legalismo, contra a graça”. Depois, temos Jesus, verdadeiro Mestre da lei
diante de falsos juízes que tinham o coração pervertido ou que davam sentenças
injustas “oprimindo os inocentes e absolvendo os malvados”:
“Jesus diz
poucas coisas, poucas cosias. Diz: ‘Quem dentre vós não tiver pecado, seja o
primeiro a atirar-lhe uma pedra’. E à pecadora diz: Eu não te condeno. Não
peques mais’. Esta é a plenitude da lei, não a dos escribas e fariseus que
tinham a mente corrompida, fazendo várias leis sem deixar espaço à
misericórdia. Jesus é a plenitude da lei e Jesus julga com misericórdia.”
“Deixando livre
a mulher inocente, a quem Jesus chama de “Mãe” porque, explicou Francisco, “a
sua mãe é a única inocente”, saem palavras não bonitas da boca do profeta em
relação aos juízes: Encarquilhados nos vícios, no mal. O Papa convidou a pensar
na maldade com a qual os nossos vícios julgam as pessoas:
“Nós também julgamos
no coração os outros, hein? Somos corruptos? Ou ainda não? Parem. Paremos e
olhemos Jesus que sempre julga com misericórdia: Eu também não te condeno.
Podes ir em paz, e não peques mais.” (MJ)
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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