sábado, 29 de abril de 2017

Monge trapista, dom Bernardo Bonowitz,

prega retiro para bispos no fim de semana

Do sábado, a partir das 15h30 até domingo às 12h45, ocorre o Retiro dos bispos na 55ª Assembleia Geral da CNBB. O abade do mosteiro do Mosteiro de Nossa Senhora do Novo Mundo, em Campo Tenente (PR), Dom Bernardo Bonowitz (nome religioso), de 68 anos, pregará o retiro.
Dom Bernardo Bonowitz
Nascido em Nova York (EUA) no seio de uma família judaica, Bonowitz se converteu ao catolicismo aos 19 anos. Após formar se formar em Línguas Clássicas pela Universidade de Columbia de Nova York, ingressou na Companhia de Jesus, onde foi ordenado sacerdote e realizou estudos em teologia mística na Alemanha.
Em 1982, aos 24 anos, mudou-se para Ordem dos Cistercienses da Estrita Observância (Trapistas), na Abadia de São José, em Spencer, Massachusetts. Atuou como mestre de noviços de 1986 a 1996, quando foi eleito superior do mosteiro de Nossa Senhora de Novo Mundo no Brasil.
Despertar vocacional
Foi por meio do contato constante com diferentes expressões da arte ocidental – literatura,  música e pinturas – que Dom Bernardo despertou para a um encontro pessoal com Jesus Cristo. O monge busca viver os elementos fundamentais da espiritualidade Beneditina, conforme o primeiro capítulo das Regras de São Bento: um abade, uma regra e uma comunidade fraterna. “Acho que a interação perpétua entre estes três elementos é a marca registrada da Espiritualidade Beneditina”, disse.
Sobre a iniciação Cristã, Dom Bernardo Bonowitz, acredita que a força do Cristianismo na sociedade ocidental dependerá de uma apropriação da fé em Jesus Cristo e seu Evangelho. “Por mais que ame a cultura cristã, não é ela que eu quero ver prevalecer, mas, sim, o conhecimento e seguimento de Jesus e a vida transformada que Ele nos traz”, disse.
Para o monge, os cristãos católicos devem retomar a vida dos primeiros cristãos, a “vida apostólica”, de oração, partilha, testemunho corajoso, participação na Eucaristia, não-violência, estudo bíblico – e que o resto seja como Deus quiser.
O aspecto mais difícil da vida monástica, destaca, e para qualquer pessoa um é o caminho de auto-conhecimento, o caminho da humildade, onde eu descubro a minha pobreza pessoal e aprendo a confiar em Deus e não em mim mesmo.
A nossa tarefa neste mundo, como monges, é de aprender a cumprir os dois grandes mandamentos: o amor a Deus e, em seguida, o amor ao próximo. “Uma pessoa que verdadeiramente ama a Deus de todo o coração será, por este amor, uma luz para o mundo”, conclui.
Com mestrado em Teologia pela Weston Jesuit School of Theology em Massachusetts (EUA), o abade é autor de vários livros publicados no Brasil.
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                                                                                 Fonte: cnbb.net.br   Foto: Maurício Sant’ana

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