Deus conosco
Jesus vem, com
seu nascimento entre nós, em obediência ao Pai. De nossa parte, precisamos
demais de imitá-lo para também sermos obedientes a Deus.
Muito tempo
antes da vinda de Jesus, um profeta já anunciava esse fato futuro, com a
geração dele através da Virgem Maria (Cf. Isaías 7,14). De fato, esse
nascimento era esperado pelos judeus. Uns pensavam que o Messias viria para ser
um político poderoso e livraria os judeus do domínio dos romanos. Outros
achavam que Ele viria para trazer a salvação sobrenatural para o povo,
redimindo seus pecados e fazendo reinar a paz do povo com Deus.
À espera
vigilante e orante para a celebração do acontecimento de nossa salvação, com a
vinda do Emanuel, colocamo-nos como a terra seca, aguardando a chuva para ser
vitalizada com o amor divino transformador de nossa vida. Não se trata da
preparação para uma festa de exterioridade e uso de guloseimas e presentes
materiais e sim de conversão de vida para darmos o sentido ao nosso
encaminhamento da jornada terrena. Tornando-nos como a gruta de Belém, deixamos
que o Menino-Deus entre em nossa existência, transformando-a com
seu amor. De nossa parte, colocamos nossa vontade coincidente com a dele,
para tomarmos o rumo do compromisso com um mundo mais humano, mais cheio de
solidariedade, de promoção do bem da família, da comunidade e da sociedade.
Jesus vem, com
seu nascimento entre nós, em obediência ao Pai. De nossa parte, precisamos
demais de imitá-lo para também sermos obedientes a Deus. Caso contrário, não
olhamos para o bem comum. Os preceitos divinos, quando olvidados, nos tornam
pessoas que se colocam no lugar de Deus. Assim sendo, não cuidamos bem do meio
ambiente, fazemos guerra, matamos, desrespeitamos o semelhante, principalmente
os mais indefesos, caluniamos, mentimos, somos desonestos, buscamos a todo o
custo os prazeres sem olhar para o que é ético e moral...
Com a obediência
vivida e ensinada por Jesus, damos de nós pela inclusão social, pela boa
política, pela conduta de quem sabe fazer escolhas, mesmo tendo que se
sacrificar para não se dobrar aos instintos e tentações egocentristas. Dessa
forma, celebramos o Natal de Jesus como deve ser feito por quem se diz fiel e
crente.
Por tudo isso,
contemplamos o que nos vem narrado no Evangelho e acolhemos o Senhor que vem:
“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho. Ele será chamado pelo nome
de Emanuel, que significa: Deus está conosco” (Mateus 1,23).
Dom José Alberto
Moura - Arcebispo Metropolitano de Montes Claros
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Fonte: cnbb.org.br Ilustração: blog.cancaonova.com
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