Situação regional na pauta
Presidente uruguaio Tabaré Vázquez e Papa Francisco saúdam-se no Vaticano |
Os cordiais
colóquios evidenciaram as boas relações existentes entre a Santa Sé e o Uruguai
e o comum interesse pelo desenvolvimento integral da pessoa, o respeito dos direitos
humanos e a paz social. Em tal contexto, foi evidenciado o papel e a
contribuição positiva das instituições católicas na sociedade uruguaia,
especialmente na promoção humana, na formação e na assistência aos mais
necessitados.
O Presidente
uruguaio chegou ao Vaticano acompanhado de sua esposa, María Auxiliadora
Delgado, e um de seus filhos, Alvaro, assim como dos Secretários.
Durante a troca
de dons, Francisco recebeu do Presidente uma típica ametista do país
sul-americano, enquanto entregou a ele uma medalha de bronze e uma cópia de
três documentos por ele escritos: Laudato Sii, Amoris laetitia e
Evangelii Gaudium.
Enquanto
entregava a Rosas este que é o conteúdo programático de sue pontificado,
Francisco exclamou, com um tom de surpresa: “Ouvi que o Mujica falava na rádio
da Evangelii Gaudium”. O Papa, de fato, encontrou o ex-Presidente Mujica – com
quem mantém relações de cordialidade e respeito - durante a audiência com
os Movimentos Populares realizada recentemente no Vaticano. (JE)
Assista:
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Fórum Social Fortune-Time:
"Criar um novo pacto social e modelos econômicos"
Cidade do
Vaticano (RV) – O Santo Padre concluiu suas atividades, na manhã deste sábado
(03/12), recebendo em audiência, na Sala Clementina, cerca de 400 Empresários
participantes no Encontro promovido pela Time-Life.
O Papa iniciou
seu discurso aos presentes, partindo do tema que abordaram nestes dois dias de
trabalhos: “O desafio do século XXI: criar um novo pacto social”.
Trata-se de um
tema bastante oportuno, disse Francisco, que visa a necessidade urgente de
modelos econômicos mais inclusivos e justos:
Pacto pela justiça e pela paz |
“O mais se
requer, no momento, não é um novo acordo social abstrato, mas ideias concretas
e ações eficazes em prol de todos, em resposta às prementes questões do nosso
tempo”. Agradeço-lhes pelo que estão fazendo para promover a centralidade da
dignidade da pessoa humana no âmbito das instituições e da economia e para
atrair a atenção para a chaga dos pobres e refugiados, muitas vezes esquecidos
pela sociedade”.
“Quando
ignoramos o grito de tantos nossos irmãos e irmãs no mundo, afirmou o Papa ,
não só negamos os seus direitos e valores recebidos de Deus, mas também
rejeitamos a sua sabedoria e talentos, tradições e culturas”. Esta atitude faz
aumentar o sofrimento dos pobres e marginalizados e nós mesmos nos tornamos mais
pobres, não só materialmente, mas moral e espiritualmente:
“O nosso mundo,
hoje, é marcado por grande inquietação. A desigualdade entre os povos continua
a aumentar e muitas comunidades são atingidas pela guerra, pobreza ou crescente
número de migrantes e refugiados. Apesar disso, estamos vivendo um momento de
esperança”.
A própria
presença dos empresários aqui, hoje, constatou Francisco, é sinal de esperança,
ao reconhecer os problemas e agir com decisão. Esta estratégia de renovação,
porém, requer uma conversão institucional e pessoal, uma mudança de coração.
Tal renovação fundamental não deve se referir apenas à economia de mercado:
“Estamos falando
do bem comum da humanidade, do direito de cada pessoa de participar dos
recursos deste mundo e de ter a oportunidade de realizar as suas
potencialidades, que se baseiam na dignidade dos filhos de Deus, criados à sua
imagem e semelhança”.
Na conclusão do
seu discurso, Francisco reafirmou: “Nosso grande desafio é responder aos níveis
globais de injustiça promovendo um sentido de responsabilidade local e
individual, de modo que ninguém seja excluído da vida social. A renovação, a
purificação e a solidez dos modelos econômicos depende da nossa conversão
pessoal e generosidade com os necessitados. E o Papa terminou, dizendo:
“Encorajo-os a
continuar o trabalho que vocês iniciaram neste Fórum e a buscar meios, cada vez
mais criativos, para transformar as instituições e as estruturas econômicas;
estejam sempre a serviço da pessoa humana, especialmente dos marginalizados e
excluídos, dando-lhes voz, ouvindo as suas histórias e compreendendo as suas
necessidades”.
O Santo Padre se
despediu dos empresários da Time-Life prometendo-lhes suas orações “para que
seus esforços possam produzir muitos frutos”. (MT)
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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