sábado, 3 de dezembro de 2016

Papa recebe Presidente do Uruguai:

Situação regional na pauta

Cidade do Vaticano (RV) – A situação política nacional e regional - com especial referência ao desenvolvimento das instituições democráticas e a situação social e humanitária da América Latina – pautou o encontro de 40 minutos do Papa Francisco com o Presidente da República do Uruguai, Tabaré Ramion Vázquez Rosas na manhã desta sexta-feira, no Vaticano. A seguir, o mandatário uruguaio manteve conversações com o Cardeal Secretário de Estado Pietro Parolin.
Presidente uruguaio Tabaré Vázquez e Papa Francisco saúdam-se no Vaticano 
Os cordiais colóquios evidenciaram as boas relações existentes entre a Santa Sé e o Uruguai e o comum interesse pelo desenvolvimento integral da pessoa, o respeito dos direitos humanos e a paz social. Em tal contexto, foi evidenciado o papel e a contribuição positiva das instituições católicas na sociedade uruguaia, especialmente na promoção humana, na formação e na assistência aos mais necessitados.
O Presidente uruguaio chegou ao Vaticano acompanhado de sua esposa, María Auxiliadora Delgado, e um de seus filhos, Alvaro, assim como dos Secretários.
Durante a troca de dons, Francisco recebeu do Presidente uma típica ametista do país sul-americano, enquanto entregou a ele uma medalha de bronze e uma cópia de três documentos por ele escritos: Laudato Sii, Amoris laetitia  e Evangelii Gaudium.
Enquanto entregava a Rosas este que é o conteúdo programático de sue pontificado, Francisco exclamou, com um tom de surpresa: “Ouvi que o Mujica falava na rádio da Evangelii Gaudium”. O Papa, de fato, encontrou o ex-Presidente Mujica – com quem mantém relações de cordialidade e respeito -  durante a audiência com os Movimentos Populares realizada recentemente no Vaticano. (JE)
Assista:
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Fórum Social Fortune-Time:

"Criar um novo pacto social e modelos econômicos"

Cidade do Vaticano (RV) – O Santo Padre concluiu suas atividades, na manhã deste sábado (03/12), recebendo em audiência, na Sala Clementina, cerca de 400 Empresários participantes no Encontro promovido pela Time-Life.
O Papa iniciou seu discurso aos presentes, partindo do tema que abordaram nestes dois dias de trabalhos: “O desafio do século XXI: criar um novo pacto social”.
Trata-se de um tema bastante oportuno, disse Francisco, que visa a necessidade urgente de modelos econômicos mais inclusivos e justos:
Pacto pela justiça e pela paz
“O mais se requer, no momento, não é um novo acordo social abstrato, mas ideias concretas e ações eficazes em prol de todos, em resposta às prementes questões do nosso tempo”. Agradeço-lhes pelo que estão fazendo para promover a centralidade da dignidade da pessoa humana no âmbito das instituições e da economia e para atrair a atenção para a chaga dos pobres e refugiados, muitas vezes esquecidos pela sociedade”.
“Quando ignoramos o grito de tantos nossos irmãos e irmãs no mundo, afirmou o Papa , não só negamos os seus direitos e valores recebidos de Deus, mas também rejeitamos a sua sabedoria e talentos, tradições e culturas”. Esta atitude faz aumentar o sofrimento dos pobres e marginalizados e nós mesmos nos tornamos mais pobres, não só materialmente, mas moral e espiritualmente:
“O nosso mundo, hoje, é marcado por grande inquietação. A desigualdade entre os povos continua a aumentar e muitas comunidades são atingidas pela guerra, pobreza ou crescente número de migrantes e refugiados. Apesar disso, estamos vivendo um momento de esperança”.
A própria presença dos empresários aqui, hoje, constatou Francisco, é sinal de esperança, ao reconhecer os problemas e agir com decisão. Esta estratégia de renovação, porém, requer uma conversão institucional e pessoal, uma mudança de coração. Tal renovação fundamental não deve se referir apenas à economia de mercado:
“Estamos falando do bem comum da humanidade, do direito de cada pessoa de participar dos recursos deste mundo e de ter a oportunidade de realizar as suas potencialidades, que se baseiam na dignidade dos filhos de Deus, criados à sua imagem e semelhança”.
Na conclusão do seu discurso, Francisco reafirmou: “Nosso grande desafio é responder aos níveis globais de injustiça promovendo um sentido de responsabilidade local e individual, de modo que ninguém seja excluído da vida social. A renovação, a purificação e a solidez dos modelos econômicos depende da nossa conversão pessoal e generosidade com os necessitados. E o Papa terminou, dizendo:
“Encorajo-os a continuar o trabalho que vocês iniciaram neste Fórum e a buscar meios, cada vez mais criativos, para transformar as instituições e as estruturas econômicas; estejam sempre a serviço da pessoa humana, especialmente dos marginalizados e excluídos, dando-lhes voz, ouvindo as suas histórias e compreendendo as suas necessidades”.
O Santo Padre se despediu dos empresários da Time-Life prometendo-lhes suas orações “para que seus esforços possam produzir muitos frutos”. (MT)
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