Francisco visita
santuários de Santa Faustina e São João Paulo II
santuários de Santa Faustina e São João Paulo II
Cracóvia (RV) – O Santo Padre
iniciou cedo suas atividades, na manhã deste sábado (30/7), transferindo-se de
papamóvel, da sede do arcebispado de Cracóvia, onde está hospedado nestes dias,
ao Santuário da Divina Misericórdia, em Łagiewniki, no sul de Cracóvia.
Somos acolhidos pela infinita misericórdia de Deus |
Em 17 de agosto
de 2002, o Papa João Paulo II inaugurou o novo Santuário, em forma de navio,
onde se encontra o túmulo de Santa Faustina Kowalska. A Basílica tem capacidade
para acolher cinco mil pessoas. Acima do altar se encontra a imagem da Divina
Misericórdia, obra de Adolf Hyla, em 1944. O local é a principal meta de
peregrinações.
Na parte
inferior da Basílica, encontra-se a Capela dedicada a Santa Faustina e, na
parte superior, a Capela da Adoração Perpétua do Santíssimo Sacramento.
Em 17 de junho
de 1997, o Papa João Paulo II visitou a Basílica e rezou diante do túmulo de
Santa Faustina. Em maio de 2006, Bento XVI também visitou a Capela, ocasião em
que inaugurou a estátua de São João Paulo II na torre da Basílica. Hoje, o
templo recebe a visita do Papa Francisco.
Santa Faustina
Maria Faustyna
Kowalska, nascida em 1905 e falecida em 1938, em Głogowiec, era uma religiosa e
mística da Polônia. Hoje, é venerada como Santa Faustina.
Chamada Apóstola
de Jesus ou Secretária da Divina Misericórdia é considerada pelos teólogos como
uma das místicas mais notáveis do Cristianismo. Sua missão foi preparar o mundo
para a Parusia, a segunda vinda de Cristo.
Maria Faustina
entrou para a vida religiosa em 1924, na Congregação das Irmãs de Nossa Senhora
da Misericórdia. Seu confessor, Beato Miguel Sopoćko, exigiu que ela
descrevesse suas experiências místicas espirituais em um diário pessoal. Este
diário compõe-se de alguns cadernos.
Irmã Faustina
faleceu em 5 de outubro de 1938 e sua canonização deu-se em 30 de abril de
2000, pelo Papa João Paulo II, que instituiu a Festa da Divina Misericórdia
celebrada no segundo domingo da Páscoa.
Depois de
visitar a Basílica da Divina Misericórdia e a Capela dedicada a Santa Faustina,
o Papa apareceu na sacada do Santuário para saudar alguns jovens reunidos no
“prado das Confissões”, que se encontra entre o Santuário da Divina
Misericórdia e o Santuário dedicado a São João Paulo II.
Em sua breve
saudação o Pontífice disse: “O Senhor, hoje, quer fazer-nos sentir, mais
profundamente, a sua grande misericórdia. Nunca nos distanciemos de Jesus,
embora sejamos pecadores. Ele nos acolhe assim como somos pela sua grande
Misericórdia. Aproveitemos para receber a sua Misericórdia!”.
A seguir,
Francisco passou pela “Porta da Divina Misericórdia” e administrou o sacramento
da Reconciliação a cinco jovens, em três línguas: italiano, espanhol e francês.
Depois, o Bispo
de Roma se deslocou para o vizinho Santuário dedicado a São João Paulo II, a
cerca de dois quilômetros do Santuário da Divina Misericórdia.
Santuário de São
João Paulo II
A construção do
Santuário do São João Paulo II foi iniciada em 2008 e abrange o Instituto do
São João Paulo II, um centro de voluntariado, a Casa do Peregrino, um centro de
retiros espirituais, um anfiteatro, uma Via Sacra ao ar livre, um centro de
reabilitação e um parque de meditação e recreação.
O Santuário é
construído em dois níveis: na parte superior, a igreja e, na inferior, o lugar
octogonal das Relíquias, circundada de Capelas. Entre as relíquias e as
lembrancinhas de São João Paulo II destacam-se uma ampola com o sangue de Karol
Wojtyla, colocada em um altar de mármore; a férula papal do João Paulo II, uma
casula e a cruz, diante da qual o Papa João Paulo II rezou durante a sua última
Via Sacra, no Coliseu de Roma.
Recordamos que o
Centro dedicado a São João Paulo II é localizado no bairro de Łagiewniki, em
Cracóvia, no lugar da antiga fábrica Solvay, onde Karol Wojtyła trabalhou como
operário durante a II Guerra Mundial. (MT)
Assista:
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Missa no Santuário João Paulo II:
O Santo Padre presidiu, no Santuário de São João Paulo II, à celebração
Eucarística, da qual tomaram parte Sacerdotes, Religiosos e religiosas, leigos
Consagrados, seminaristas e féis, num total de duas mil pessoas, além dos cerca
de cinco mil, que participaram no pátio diante do Santuário.
Jesus entra em nós com a sua misericórdia
Após a saudação
do cardeal-arcebispo de Cracóvia, Dom Stanislaw Dziwisz, o Santo Padre
pronunciou a homilia com base na liturgia da Missa votiva da Misericórdia de
Deus, partindo da passagem evangélica, que se refere a um lugar, um discípulo e
um livro.
Reavivemos em nosso coração o dom do chamado que o Senhor nos fez |
“Jesus envia.
Desde o início, ele quis que a Igreja estivesse em saída pelo mundo, como ele
foi enviado pelo Pai: não com poder, mas como serviço; não para ser servido,
mas para servir e levar a Boa-Nova. Assim, seus discípulos, em todos os tempos,
foram enviados”.
Interessante,
disse Francisco, enquanto os discípulos se fechavam no Cenáculo, com medo,
Jesus entrava e os enviava em missão: ele queria que os seus abrissem as portas
e saíssem para transmitir ao mundo o perdão e a paz de Deus, com a força do
Espírito Santo. Este convite, disse o Papa, é dirigido também a nós e recorda
as palavras de São João Paulo II: “Abram as portas”!
Nós, sacerdotes
e consagrados, advertiu o Pontífice, às vezes somos tentados a nos fechar em
nós mesmos, por medo ou comodidade. Jesus não gosta de portas entreabertas, de
vidas duplas. Nossa vida deve ser transparente, de amor concreto, de serviço e
disponibilidade à evangelização.
No Evangelho de
hoje, recordou Francisco, destaca-se a figura do discípulo Tomé, que tocou com
sua mão as chagas de Jesus para crer. Nós, seus discípulos, devemos pôr a nossa
humanidade em contato com a carne do Senhor. Ele quer corações abertos, ternos
com os fracos, dóceis e transparentes:
“O Apóstolo
Tomé, em sua busca apaixonada, chegou não só a acreditar na ressurreição de
Jesus, mas encontrou o sentido da sua vida, ao confessar: ‘Meu Senhor e meu
Deus’, como se quisesse dizer-lhe: ‘Vós sois meu único bem, o caminho e o
coração da minha vida, o meu tudo!”.
Com a
transmissão do Espírito Santo aos seus Apóstolos, Jesus deixou a sua
misericórdia. Poderíamos dizer que o Evangelho, livro vivo da misericórdia de
Deus, que devemos ler e reler continuamente, ainda tem páginas em branco,
permanece um livro aberto, que somos chamados a escrever com as nossas obras de
misericórdia.
Por fim, o Papa
recordou exortou os presentes a tomar o exemplo de Maria, que acolheu
plenamente a Palavra de Deus na sua vida, como Mãe da Misericórdia, para que
nos ensine a cuidar das chagas de Jesus nos nossos irmãos e irmãs necessitados,
dos próximos como dos distantes, do enfermo e do migrante. E concluiu:
"Queridos
irmãos e irmãs, cada um de nós guarda no coração uma página muito pessoal do
livro da Misericórdia de Deus: a história da nossa vocação, a voz do amor que
fascinou e transformou a nossa vida, pela qual deixamos tudo e a seguimos.
Reavivemos hoje, com gratidão, a memória da sua chamada. Agradeçamos ao Senhor
por entrar nas nossas portas fechadas com a sua misericórdia. Como Tomé, ele
nos chamou por nome e nos dá a graça de continuar a escrever o seu Evangelho de
amor”.
Ao término da
celebração da Santa Missa da Misericórdia de Deus, o Santo Padre deu de
presente ao Santuário de São João Paulo II, um crucifico de madre pérola, para
ser colocado sobre o altar.
Enfim, o Papa
regressou à sede do Arcebispado de Cracóvia, onde almoçou com doze jovens,
representantes dos cinco Continentes. (MT)
Assista:
Visita e oração na igreja de São Francisco, em Cracóvia
Cracóvia (RV) –
Na tarde de sábado (30/7), por volta das 18h00 locais, enquanto se dirigia do
Arcebispado de Cracóvia ao “Campus Misericordiae” para a Vigília de Oração com
os jovens, o Santo Padre fez uma breve visita à igreja de São Francisco,
situada próxima ao Arcebispado, onde são veneradas as relíquias de dois
mártires franciscanos conventuais: Strzalkowski Zbigniew e Michał Tomaszek,
mortos pelos guerrilheiros do "Sendero Luminoso" em agosto de 1991,
em Pariacoto, Peru, e ali beatificados em dezembro de 2015, junto com o
sacerdote italiano, Padre Alessandro Dordi, da Diocese de Bergamo.
Relíquias dos mártires franciscanos |
Além dos frades
franciscanos estavam presentes alguns membros da família dos mártires (dois
irmãos e duas irmãs), como também o Superior Geral dos Franciscanos e o
Superior da Casa Franciscana, onde os dois mártires viviam no Peru. O Papa
recitou a seguinte oração pela “Paz e contra a violência e o Terrorismo":
“Deus
Todo-poderoso e misericordioso, Senhor do universo e da história, tudo o que
criastes é bom e vossa compaixão pelos erros humanos é inesgotável.
Hoje, vimos até
vós para pedir-vos a salvação do mundo e a paz entre seus habitantes, longe das
ondas devastadoras do terrorismo; restituí a amizade e incuti nos corações das
vossas criaturas o dom da confiança e a disposição de perdoar.
Ó Doador da
Vida, pedimos-vos também por todos os que morreram como vítimas dos brutais
ataques terroristas. Concedei-lhes a recompensa eterna. Intercedei pelo mundo
dilacerado pelos conflitos e contrastes.
Ó Jesus,
Príncipe da Paz, nós vos pedimos pelos que foram feridos por atos da violência
desumana: crianças e jovens, homens e mulheres, idosos, pessoas inocentes,
envolvidos apenas pela fatalidade do mal. Curai seus corpos e seus corações e
consolai-os com a vossa força, cancelando, ao mesmo tempo, o ódio e desejo de
vingança.
Espírito Santo
Consolador, visitai as famílias das vítimas do terrorismo, famílias que sofrem
sem ter culpa. Protegei-as com o manto da vossa misericórdia divina. Fazei que
reencontrem em vós e em si mesmas a força e a coragem de continuar a ser irmãos
e irmãs, uns dos outros, especialmente dos imigrantes, testemunhando vosso amor
com a própria vida.
Tocai os
corações dos terroristas, para que reconheçam a maldade das suas ações e
retomem o caminho da paz e do bem, do respeito pela vida e a dignidade de cada
pessoa, independentemente da religião, da proveniência, da riqueza ou da
pobreza.
Ó Deus, Pai
Eterno, em vossa misericórdia atendei a oração que vos elevamos, entre o
barulho e o desespero do mundo. Dirigimo-nos a vós com grande esperança, cheios
de confiança na vossa infinita Misericórdia, confiando na intercessão da vossa
Mãe Santíssima, e fortalecidos pelo exemplo dos mártires do Peru, Zbigniew e
Michel, que se tornaram corajosas testemunhas do vosso Evangelho, a ponto de
oferecer o próprio sangue. Pedimos-vos o dom da paz! Distanciai de nós o
flagelo do terrorismo. Por Cristo nosso Senhor. Amém. (MT)
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Vigília de Oração:..............................................................................................................................................................
Jovens, protagonistas da história
Cracóvia (RV) –
Na parte da tarde deste sábado (30/7), o Santo Padre se dirigiu ao “Campus
Misericordiae”, situado a 12 quilômetros de Cracóvia.
Este é lugar
central dos principais eventos da JMJ, neste sábado e domingo, que são a
Vigília de Oração e a Missa conclusiva da JMJ. O Campo da Misericórdia situa-se
na localidade de Brzegi, uma região de atividades econômicas de Wieliczka.
Trata-se de uma área de aproximadamente três mil hectares, capaz de acolher até
dois milhões de pessoas. Depois da JMJ este lugar se tornará Asilo para Idosos
e Centro de caridade para enfermos.
O altar no
“Campus Misericordiae”, encontra-se em uma estrutura de 11 metros de altura,
150 de largura, bem visível de qualquer ponto do campo. Serão utilizados 66
autofalantes e 30 telões para uma maior participação dos jovens dos eventos
conclusivos da JMJ.
Francisco e um grupo de jovens atravessam a Porta da Misericórdia |
Para se chegar
ao “Campus Misericordiae” foram melhorados 17 quilômetros de estradas,
instaladas antenas de Wi-Fi gratuito, além de uma Capela para adoração
Eucarística, pontos de informação entre outros para necessidades pessoais.
No centro do
“Campus Misericordiae” foi construído um grande lago natural no qual se destaca
uma “Arca de Noé”, para evocar os 1050 anos de Batismo da Polônia.
Neste local,
milhares de jovens participam, na noite deste sábado (30/7), da Vigília de
Oração, presidida pelo Papa Francisco, que terá como tema: “Jesus, fonte de
Misericórdia”! O evento prevê alguns testemunhos pessoais dos jovens e uma
cenografia, com base no tema, dividida em cinco partes: fé aos duvidosos; esperança
aos desencorajados; amor aos indiferentes, perdão a quem comete o mal, alegria
às pessoas tristes.
Durante a
Vigília de Oração no “Campus Misercordiae”, o Papa Francisco fez um longo
pronunciamento, partindo dos testemunhos de vida apresentados pelos jovens.
Referindo-se ao
depoimento de Rand, um rapaz da Síria, que pedia para "rezar pelo seu
amado país”, o Papa disse: “O que há de melhor, para começar a nossa
Vigília, do que rezar?
Viemos de várias
partes do mundo, de continentes, países, línguas, culturas e povos diferentes.
Somos «filhos» de nações que, talvez, estejam em paz ou, talvez, em guerra.
Neste sentido,
Francisco convidou os presentes a rezar pelos sofrimentos das vítimas da
guerra, embora nada justifica o sangue derramado de um irmão. A nossa resposta
a este mundo em conflito tem um nome: fraternidade, irmandade, comunhão,
família.
Aqui, pediu aos
jovens presentes para fazer um momento de silêncio e rezar (pausa).
A seguir, o
Pontífice recordou a imagem dos Apóstolos no dia de Pentecostes. Eles estavam
fechados no Cenáculo, com medo e ameaçados pelo ambiente circunstante. Naquele
contexto, aconteceu algo de espetacular e grandioso: a vinda do Espírito, que
os impeliu a uma aventura impensável.
Os jovens, que
acabaram de partilhar conosco as suas experiências, pareciam os discípulos, que
temeram e se fecharam. Ficaram paralisados!
Com Jesus somos
capazes de contagiar os demais com a alegria, que nasce do amor e da
misericórdia de Deus; devemos vê-lo no faminto, no sedento, no maltrapilho, no
doente, no amigo em perigo, no encarcerado, no refugiado, no migrante, no
próximo solitário.
Deus, frisou
Francisco, quer abrir as portas das nossas vidas. O mundo de hoje pede-nos para
ser protagonistas da história. A história pede-nos para defender a nossa
dignidade e o nosso futuro.
O Senhor, com o
dia de Pentecostes, realiza em nós um dos maiores milagres: torna-nos sinais de
reconciliação, de comunhão, de criação. Ele quer que as nossas mãos sejam suas
mãos para construir um mundo novo.
O Senhor, concluiu
o Papa, aposta no nosso futuro; Ele nos convida a deixar a nossa marca no mundo
e na vida, que determina a história humana.
Logo, o Santo
Padre exortou a juventude, presente em Cracóvia, a saber viver na diversidade,
no diálogo, na partilha; a ter coragem de construir pontes e de abater os
muros!
Por fim, como
sinal de unidade, o Papa pediu aos jovens para dar-se as mãos, para formar uma
grande ponte de fraternidade e amizade!
Ao término do
pronunciamento do Pontífice, foi exposto sobre o altar do “Campus
Misericordiae” o ostensório com o Santíssimo Sacramento para a adoração dos
presentes.
Recordamos que
amanhã, domingo, no mesmo “Campus Misericordiae”, o Papa Francisco presidirá à
Santa Missa de encerramento da JMJ, da qual concelebrarão cerca de 1.200 bispos
e 15 mil sacerdotes.
O discurso
previsto do Santo Padre, sem os acréscimos improvisados, pode ser lido,
clicando o link. (MT)
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Fonte: radiovaticana.va
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