Francisco chega nesta tarde a Cracóvia
Wjtai,
Bem-vindo!
Wjtai,
Bem-vindo! É a gigantesca escrita multicolorida que abraça um prédio com vista
para o rio Vístula, no coração de Cracóvia. Na cidade de São João Paulo II está
tudo pronto para acolher Francisco que, pela primeira vez, visita a Polônia. As
medidas de segurança são, compreensivelmente, rigorosas, mas isso não preocupa
os jovens provenientes de todo o mundo para a Jornada Mundial da Juventude, e
que, com o seu entusiasmo e alegria, contagiaram a cidade. Os mais importantes
jornais poloneses enfatizam a visita do Papa e dos jovens. Escrevem: eles
“conquistaram” Cracóvia. O jornal de maior circulação na cidade "Gazeta
Krakowska" publica uma foto de página inteira de Francisco com a saudação
de boas-vindas em polonês e espanhol.
Em Blonia, a
Missa de abertura da JMJ com o cardeal Dziwisz
Saudação dos jovens ao Papa |
Dziwisz: vencer
a violência com a chama da misericórdia
Então, pediu aos
jovens para serem portadores da linguagem do amor, da solidariedade e da paz. A
linguagem da Misericórdia, portanto, da qual foram apóstolos dois filhos de
Cracóvia, Santa Faustina Kowalska e São Karol Wojtyla, cujas relíquias foram
levadas em procissão ao altar junto com os dois símbolos da JMJ: a Cruz e o
ícone de Mossa Senhora “Salus Popoli Romani”. Em sua homilia, o histórico
secretário de João Paulo II, - que foi o artífice da JMJ -, destacou que neste
encontro estão também presentes jovens de regiões “do mundo onde há violência e
o cego terrorismo”, e onde os cristãos “são cruelmente perseguidos”.
Amanhã à tarde
as boas-vindas dos jovens ao Papa
Por isso,
recordando Santa Faustina Kowalska, o Cardeal Dziwisz encorajou os jovens a
fazerem com que a “chama do amor”, a chama da misericórdia envolva o mundo para
vencer o egoísmo, a violência e a injustiça. Por isso, exortou os jovens
reunidos em Cracóvia a ouvirem a “voz do Papa Francisco”, que amanhã à tarde,
será recebido por eles neste mesmo Parque Blonie, em Cracóvia, e que desejou
que fosse realizada junto com a JMJ, também o Jubileu dos jovens no ano Santo
da Misericórdia. (SP)
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“É a primeira
vez que visito a Europa Centro-Oriental e fico feliz por começar da Polônia,
que, entre os seus filhos, nos deu o inesquecível São João Paulo II,
idealizador e promotor das Jornadas Mundiais da Juventude. Ele gostava de falar
da Europa que ‘respira com seus dois pulmões’.”
Francisco já está na Polônia
Cracóvia (RV) – O
Papa Francisco já está em terras polonesas para a 31ª Jornada Mundial da
Juventude. É a 15ª Viagem Apostólica internacional de seu pontificado.
O voo da
Alitália que levou o Papa à Polônia partiu às 14h13min do Aeroporto Fiumino, em
Roma. Após ter percorrido 1.100 km, em menos de duas horas, o voo aterrissou
pouco antes das 16 horas no Aeroporto São João Paulo II, em Balice, distante 11
km de Cracóvia.
Papa acompanhado
do Presidente polonês Andrzej Duda e esposa Agata Kornhauser-Duda
|
O Pontífice foi
recebido pelo Presidente polonês, Andrzej Duda, acompanhado pela esposa, e o
Cardeal Stanislaw Dziwisz, Arcebispo de Cracóvia e duas crianças.
Não houve
discursos no Aeroporto, mas uma acolhida oficial e informal, numa cerimônia em
que foram entoados os hinos dos dois Estados e apresentadas as respectivas
delegações.
Estavam
presentes na cerimônia, entre outros, algumas Autoridades do Estado; Dom
Stanislaw Gadecki, Arcebispo de Poznán e Presidente da Conferência Episcopal
polonesa; o Cardeal Stanislaw Rilko, Presidente do Pontifício Conselho para os
Leigos; Cardeal Kazimierz Nycz, Arcebispo de Varsóvia; Dom Josef Clemens,
Secretário do Pontifício Conselho para os Leigos; os Monsenhores Artur Gregorz
Mizinski e Damian Andrzej Muskus, Coordenadores respectivamente da Viagem à
Polônia e da JMJ, com alguns Bispos poloneses e um grupo de fiéis.
Assista:
Papa na Polônia:
Acolher quem foge da guerra e da fome
Cidade do
Vaticano (RV) - O Santo Padre partiu, nesta quarta-feira (27/7) para a
Polônia, onde presidirá à Jornada Mundial da Juventude, em Cracóvia.
Durante a
viagem, como faz habitualmente, enviou telegramas aos Chefes de Estado dos
países sobrevoados: Itália, Croácia, Eslovênia, Áustria e Eslováquia.
Após a cerimônia
de boas vindas no aeroporto, o Bispo de Roma se dirigiu de papamóvel ao Castelo
de Wawel, onde manteve um encontro com as autoridades civis e religiosas e o
Corpo Diplomático, num total de 800 pessoas.
Em seu discurso,
o Papa cumprimentou e agradeceu a todos pela acolhida generosa e as amáveis
palavras de boas vindas. E afirmou:
Devemos construir boas memórias |
O sonho de um
novo humanismo europeu – disse o Pontífice - é animado pelo respiro criativo e
harmônico destes dois pulmões e pela civilização comum, que afunda suas raízes
mais sólidas no cristianismo.
Uma das
características do povo polonês é a “memória” – recordou Francisco – que sempre
ficou encantado pela história de João Paulo II. Quando ele falava dos povos,
partia sempre da sua história, buscando ressaltar seus tesouros humanos e
espirituais.
Nesta
perspectiva, o Bispo de Roma recordou os mil e cinquenta (1050) anos do Batismo
da Polônia, celebrados recentemente: foi um momento forte de unidade nacional,
que confirmou a concórdia na diversidade das opiniões.
Não pode haver
diálogo sem partir da própria identidade – frisou o Pontífice, que aprofundou o
aspecto da “memória”:
“Na vida de cada
dia dos indivíduos e da sociedade, há dois tipos de memória: a ‘boa e a má’, a
‘positiva e a negativa’. A ‘memória boa’ é mostrada pela Bíblia no Magnificat,
o Cântico de Maria, que louva o Senhor e a sua obra de salvação. Mas, a
‘memória negativa’ é a que fixa, com obsessão, o olhar da mente e do coração no
mal cometido pelos outros”.
Referindo-se à
recente história do povo polonês, o Papa agradeceu a Deus porque soube fazer
prevalecer a ‘memória boa’, com a celebração, por exemplo, dos cinquenta anos
do perdão mútuo, dado e recebido pelos episcopados da Polônia e da Alemanha,
depois da II Guerra Mundial.
A iniciativa
envolveu, inicialmente, apenas as Comunidades Eclesiais, mas, depois,
desencadeou um processo social, político, cultural e religioso irreversível,
que mudou as relações entre ambos os povos.
Aqui, Francisco
recordou ainda a Declaração Conjunta entre a Igreja Católica da Polônia e a
Igreja Ortodoxa de Moscou, que deu início a um processo de aproximação e
fraternidade entre as duas Igrejas, mas também entre os dois povos:
“Assim a nobre
nação polonesa mostra como se pode desenvolver a ‘memória boa’ e rejeitar a
‘má’. Por isso, são necessárias uma esperança e uma confiança firmes em quem
guia o destino dos povos, abre as portas fechadas, transforma as dificuldades
em oportunidades e cria novos cenários até mesmo impossíveis”.
Neste sentido, -
acrescentou o Santo Padre - a consciência do caminho percorrido e a alegria das
metas alcançadas dão força e serenidade para enfrentar os desafios atuais:
econômicos, ambientais e migratórios.
Este último exige
um suplemento de sabedoria e misericórdia, para superar os temores e produzir
um bem maior: acolhida dos que fogem das guerras e da fome; solidariedade com
os que estão privados dos seus direitos fundamentais; direito de professar, com
liberdade e segurança, a própria fé.
Por isso, -
advertiu o Bispo de Roma - devem ser estimuladas as colaborações e as sinergias
em nível internacional, para se encontrar soluções para os conflitos e as
guerras, que forçam tantas pessoas a deixar as suas casas e a sua pátria:
“Trata-se, pois,
de fazer o possível para aliviar os sofrimentos dos migrantes e trabalhar, com
inteligência e sem cessar, pela justiça e a paz, dando testemunho dos valores
humanos e cristãos. À luz da sua história milenária, convido a nação polonesa a
olhar com esperança o futuro, em clima de respeito e de diálogo construtivo,
favorecendo o crescimento civil, econômico e demográfico”.
O Papa concluiu
seu discurso pedindo ao governo polonês políticas sociais apropriadas para a
família, sobretudo as mais frágeis e pobres, e para a vida, que deve ser
acolhida e protegida. “Que Nossa Senhora de Częstochowa abençoe e proteja a
Polônia!”
Depois do
encontro com as autoridades civis e religiosas e o Corpo Diplomático, no pátio
do Castelo de Wawel, o Santo Padre manteve um encontro particular com o
Presidente da Polônia, Andrzej Duda.
Ao mesmo tempo,
o Cardeal Secretário de Estado, Pietro Parolin, encontrou a Primeira Ministra
polonesa, Beata Maria Szydlio, na presença do Substituto de Estado e do Núncio
Apostólico e de duas autoridades governamentais.
Por fim, o
Pontífice se transferiu à vizinha Catedral de Cracóvia, para um encontro com os
Bispos da Polônia. Assim, o Papa conclui seu primeiro dia de atividades em
terras polonesas. (MT)
Assista:
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Papa Francisco:
"O mundo está em guerra, porque perdeu a paz"
Cidade do
Vaticano (RV) – Durante a viagem para a Polônia, o Papa Francisco encontrou
os jornalistas de 15 países presentes no voo da Alitália.
Antes de saudar
pessoalmente cada um, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre
Lombardi, pediu ao Santo Padre algumas palavras sobre como vive estes últimos
acontecimentos no mundo e como vê o encontro com os jovens neste contexto
atual. Eis o que respondeu:
Trabalhemos pela paz! |
“Uma palavra que
– sobre isto dizia Padre Lombardi - se repete tanto é “insegurança”. Mas
a verdadeira palavra é “guerra”. Há tempos dizemos que “o mundo está em guerra
em partes”. Esta é a guerra. Houve aquela de 1914 com os seus métodos; depois a
de 39 a 45; uma outra grande guerra no mundo, e agora existe esta. Não é tão
orgânica, talvez; organizada, sim, mas orgânica, digo; mas é guerra. Este santo
sacerdote que morreu precisamente no momento em que fazia a oração por toda a
Igreja, é “um”; mas quantos cristãos, quantos inocentes, quantas crianças…
Pensemos na Nigéria, por exemplo: “Mas, lá é a África!”. Esta é a guerra! Não
tenhamos medo de dizer esta verdade: o mundo está em guerra, porque perdeu a
paz”.
O Papa também
agradeceu o trabalho nesta Jornada da Juventude:
“A juventude
sempre nos fala de “esperança”. Esperemos que os jovens nos digam algo que nos
dê um pouco mais de esperança, neste momento. Pelo fato de ontem, também eu
gostaria de agradecer a todos aqueles que expressaram seu pesar, de modo
especial o Presidente da França que quis telefonar para mim, como um irmão.
Agradeço a ele”.
Ao final, o
Santo Padre fez questão de esclarecer que esta não é guerra de religiões:
“Uma só palavra
gostaria de dizer para esclarecer. Quando eu falo de “guerra”, falo de guerra
seriamente, não de “guerra de religiões”: não. Existe guerra de interesses,
existe guerra pelo dinheiro, existe guerra pelos recursos da natureza, existe
guerra pelo domínio dos povos: esta é a guerra. Alguém pode pensar: "Está
falando de guerra de religiões”: não! Todas as religiões, queremos a paz. A
guerra, a querem os outros. Entendido?”. (JE)
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Fonte: radiovatica.va
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