que a Igreja no Brasil pode dar para cuidar dos Idosos
Com 29,6 milhões
de pessoas acima dos 60 anos de idade, de acordo com o levantamento de
2016, o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que o
Brasil tem a quinta maior população de idoso do mundo, num universo total de
210,1 milhões de brasileiros.
Segundo a
Organização Mundial da Saúde (OMS), pessoas com doenças crônicas, asmáticos,
com doenças do coração, fumantes e idosos compõem o chamado grupo de risco, o
que significa que é o grupo mais vulnerável quanto à proteção de sua imunidade
ao coronavírus.
Atenta ao alerta
da OMS, a Pastoral da Pessoa Idosa enviou, dia 23 de março, carta assinada
– cópia
aqui – pela coordenadora nacional, irmã Maria Lúcia Rodrigues, e pelo
bispo referencial, dom José Antônio Peruso, arcebispo de Curitiba (PR), aos
coordenadores regionais, estaduais, diocesanos, paroquiais e líderes da
Pastoral. A orientação dada pela Pastoral da Pessoa Idosa foi a de interromper,
durante a pandemia, as visitas às pessoas idosas e famílias. A Pastoral conta
com uma rede de 25 mil líderes e presta atendimento à 170 mil idosos no Brasil.
Outra recomendação
da Pastoral foi a de adiar o que estava programado em relação às capacitações,
oficinas e assembleias e retomar mais tarde quanto tudo se normalizar. “A
orientação é todos permanecerem em casa, especialmente os líderes cuja maioria
também é de pessoas idosas”, segundo a irmã Maria Lúcia Rodrigues.
Neste tempo, a
Pastoral da Pessoa Idosa está mobilizando seus líderes em torno da campanha:
‘Ligue para uma pessoa Idosa hoje”, cujo objetivo é não deixar que os idosos se
sintam sós em seu confinamento e também como forma de ajudá-los a não se
sentirem abandonados à própria sorte.
Quem também
elencou uma série de recomendações e cuidados com os idosos, como grupo de
risco, foi o bispo referencial da Pastoral da Saúde, dom Roberto Francisco
Ferrería Paz, bispo de Campos (RJ). Dom Ferrería chama a atenção que há muitas
formas de matar os idosos. Duas delas são o confinamento e dizer que eles não
contam mais para o futuro, que não precisamos mais deles. “Uma árvore que perde
suas raízes fica seca e não cresce”, disse.
Como cuidar e
aumentar a imunidade de nossos idosos?
A partir das
recomendações da Pastoral da Pessoa Idosa e da Pastoral da Saúde da Igreja no
Brasil elaboramos, abaixo, quais são os cuidados necessários com os idosos
neste tempo de luta contra o coronavírus:
1. No momento, é
necessário manter os idosos em distanciamento social para evitar que se
contaminem com o vírus;
2. Isto, contudo, não
significa segregá-los e levá-los a um gueto. Se tiver uma pessoa idosa, perto
ou longe, não deixe de lhe dar uma atenção e verificar se está precisando de
algo.
3. Que cada pessoa
olhe à sua volta e observe se na vizinhança há algum idoso ou idosa precisando
de uma ajuda e apoio neste momento de dificuldade.
4. Com as redes
sociais e telefone as famílias, amigos e parentes podem se fazer presentes e
monitorar as necessidades dos vovôs e vovós.
5. Observando os
cuidados do distanciamento e higienização (lavar as mãos, usar máscaras),
colaborar com os idosos em suas necessidades materiais (ajudá-los a fazer
compras, tomar vacinas, cuidar para que se alimentem bem, etc).
6. Valorizar a
memória e a importância do idoso. Eles guardam não só lembranças, mas o
sentido, o sabor e a cultura da vida.
7. Necessário
escutá-los com carinho e manter o contato afetivo para não deixá-los ficarem
tristes e isolados, isto afeta a sua imunidade.
8. Olhá-los com veneração,
amor, respeito, ternura e admiração.
9. Fazer com que se
sintam importantes para a família, para não deixar que se sintam
descartáveis. Fazer preces e rezar, com eles, um Pai-Nosso e uma
Ave Maria pode ser um gesto bem simples e efetivo para se sentirem
fortalecidos.
10. Proteger os
direitos dos idosos, especialmente a renda a que eles/elas têm direito e terão
direito.
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Fonte: cnbb.org.br
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