rezou pelas
vítimas do coronavírus e seus familiares
Na Missa na Casa
Santa Marta, este domingo (22/03), Francisco dirigiu a sua oração àqueles que
morrem sozinhos, sem poder despedir-se de seus entes queridos, por causa da
pandemia do Covid-19. Na homilia, convidou a dar-se conta de Jesus que passa em
nossa vida.
Vatican News - O
Papa presidiu na manhã deste domingo (22/03), na Casa Santa Marta, a Missa no
IV Domingo da Quaresma: a celebração na Capela da residência de Francisco é
transmitida ao vivo em streaming desde 9 de março por decisão do Santo Padre
que quer deste modo manifestar sua proximidade aos fiéis que não podem
participar das Missas por causa da pandemia do coronavírus. Na introdução, o
Papa voltou a rezar pelas vítimas desta doença.
Nestes dias,
ouvimos as notícias de muitos defuntos: homens e mulheres que morrem sozinhos,
sem poder despedir-se de seus entes queridos. Pensemos neles e rezemos por
eles. Mas também pelas famílias, que não podem acompanhar seus entes queridos no
momento do falecimento. A nossa oração especial é pelos defuntos e seus
familiares.
Na homilia,
comentando o Evangelho do dia (Jo 9,1-41) sobre a cura do cego de nascença,
exortou a vigilar para dar-se conta quando Jesus passa em nossa vida e
poder-nos converter a Ele. A seguir, o texto da homilia transcrita pelo
Vatican News:
Esta passagem do
Evangelho de João fala por si mesma. É um anúncio de Jesus Cristo e também uma
catequese. Gostaria somente de acenar uma coisa. Santo Agostinho tem uma frase
que sempre me impressiona: “Tenho medo de Cristo quando passa”. Timeo Domine
transeunte. “Tenho medo que Cristo passe” – “Mas por que tens medo do Senhor?”
– “Tenho medo de não dar-me conta de que é o Cristo e deixá-lo passar”. Uma
coisa é clara: na presença de Jesus desabrocham os verdadeiros sentimentos do
coração, as verdadeiras atitudes; se manifestam. É uma graça, e por isso
Agostinho tinha medo de deixá-la passar sem dar-se conta de que estava
passando.
Aqui é claro:
passa, cura um cego e se desencadeia um escândalo. E depois se manifesta o
melhor das pessoas e o pior das pessoas. O cego... impressiona a sabedoria do
cego, como responde. Era acostumado a movimentar-se com as mãos, tinha o faro
do perigo, tinha o faro das coisas perigosas que podiam fazê-lo escorregar. E
se move como um cego. Com uma argumentação clara, precisa, e depois usa
inclusive a ironia e se dá esse luxo.
Os doutores da Lei
sabiam todas as leis: todas, todas. Mas eram fixados nelas. Não entendiam
quando Deus passava. Eram rígidos, apegados a seus costumes: o próprio Jesus
diz isso... apegados aos costumes. E se para conservar estes costumes tinham
que fazer uma injustiça, não era um problema porque os costumes diziam que
aquilo não era justiça; e aquela rigidez os levava a fazer injustiças. Diante
de Cristo se manifesta aquele sentimento de fechamento.
Somente isso: eu
aconselho todos vocês a pegar hoje o Evangelho, capítulo 9 do Evangelho de
João, e lê-lo, em casa, tranquilos. Uma, duas vezes, para entender bem o que
acontece quando Jesus passa: que os sentimentos se manifestam. Entender bem
aquilo que Agostino nos diz: tenho medo do Senhor quando passa, que eu não me
dê conta e não O reconheça. E não me converta. Não se esqueçam: leiam hoje uma,
duas, três vezes, (tomem) todo o tempo que quiserem, o capítulo 9 de João.
O Papa terminou a
celebração com a adoração e a bênção eucarística, convidando a fazer a Comunhão
espiritual. A seguir, a oração recitada pelo Papa:
Meu Jesus, eu
creio que estais presente no Santíssimo Sacramento. Amo-vos sobre todas as
coisas, e minha alma suspira por Vós. Mas, como não posso receber-Vos agora no
Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos espiritualmente, a meu coração.
Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me Convosco inteiramente.
Ah! não permitais que torne a separar-me de Vós!
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Vídeo integral da Missa:
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Vídeo integral da Missa:
Papa convida
todos os cristãos
a rezar juntos o Pai-Nosso na quarta-feira
Francisco convida
os Chefes das Igrejas e os líderes de todas as Comunidades cristãs, junto a
todos os cristãos das várias confissões, a invocar o Altíssimo, Deus
Todo-Poderoso, recitando simultaneamente a oração que Jesus Nosso Senhor nos
ensinou. “Queremos responder à pandemia do vírus com a universalidade da
oração, da compaixão, da ternura”, afirma o Papa, que também na sexta-feira
presidirá um momento de oração no patamar da Basílica Vaticana.
Raimundo de Lima,
Silvonei José - Cidade do Vaticano - Nestes dias de
provação, enquanto a humanidade treme pela ameaça da pandemia, gostaria de
propor a todos os cristãos unir suas vozes rumo ao Céu: disse o Pontífice na
saudação após a oração mariana do Angelus, este domingo (22/03), recitada na
Biblioteca do Palácio Apostólico - como tem feito excepcionalmente neste
período, em tempos de coronavírus, sem fiéis na Praça São Pedro –, fazendo em
seguida um forte convite para a próxima quarta-feira, 25 de março, solenidade
da Anunciação do Senhor:
“Convido todos os
Chefes das Igrejas e os líderes de todas as Comunidades cristãs, junto a todos
os cristãos das várias confissões, a invocar o Altíssimo, Deus Todo-Poderoso,
recitando simultaneamente a oração que Jesus Nosso Senhor nos ensinou.
Portanto, convido todos a recitar o Pai-Nosso ao meio-dia da próxima
quarta-feira, 25 de março. No dia em quem muitos cristãos recordam o anúncio da
Encarnação do Verbo à Virgem Maria, que o Senhor possa ouvir a oração unânime
de todos os seus discípulos que se preparam para celebrar a vitória de Cristo
Ressuscitado.”
Na sexta-feira
(27/03), o Papa preside um momento de oração
Em seguida, o Papa
Francisco afirmou que com essa mesma intenção, na próxima sexta-feira, 27 de
março, às 18h locais (14h no horário de Brasília), presidirá um momento de
oração no patamar da Basílica de São Pedro, convidando todos, desde já, a
participar espiritualmente através dos meios de comunicação.
Bênção Urbi et
Orbi e Indulgência plenária
“Ouviremos a
Palavra de Deus, elevaremos a nossa súplica, adoraremos o Santíssimo
Sacramento, com o qual ao término darei a Bênção Urbi et Orbi (à
cidade do Roma e ao mundo), à qual será acompanhada a possibilidade de receber
a Indulgência plenária”, acrescentou, fazendo ainda uma premente exortação:
“Queremos
responder à pandemia do vírus com a universalidade da oração, da compaixão, da
ternura. Permaneçamos unidos. Façamos com que as pessoas mais sozinhas e em
maiores provações sintam a nossa proximidade.”
Proximidade a
todos
Central, então o
chamado para permanecermos unidos:
A nossa
proximidade aos médicos, aos profissionais da saúde, enfermeiros e enfermeiras,
voluntários... A nossa proximidade às autoridades que devem tomar medidas
duras, mas para o nosso bem. Nossa proximidade aos policiais, aos soldados, que
nas ruas procuram manter sempre a ordem, que se realizem as coisas que o
governo pede para o bem de todos nós. Proximidade a todos.
Em conclusão, o
Papa exorta a ler hoje, tranquilamente e lentamente, o capítulo 9 do Evangelho
de João, como ele mesmo o fará: "Fará bem a todos nós".
Estes fortes gestos propostos por Francisco na próxima semana, neste tempo
particular de provação para toda a humanidade, contêm a exortação a enfrentar
as adversidades unidos na oração e no amor, ainda que na distância física, como
ele mesmo está fazendo também no cotidiano com a missa matinal da Casa Santa
Marta, que há duas semanas vem sendo transmitida ao vivo.
A pandemia já
infectou mais de 300 mil pessoas e matou 13 mil
Entretanto, em
todo o mundo, a pandemia continua a se alastrar com mais de 300 mil infectados
e mais de 13 mil mortos. Os Estados Unidos são o terceiro país em número de
contágios com o coronavírus depois da China e Itália. E neste sábado, apenas na
Itália, registrou-se um novo número recorde de mortes num só dia: 793, num
total de 4.825. Esta é a crise mais difícil desde o pós-guerra, disse ontem o
primeiro-ministro Conte anunciando novas medidas: a partir desta segunda-feira
até 3 de abril fecharão também as atividades de produção não dispensáveis para
bens e serviços essenciais.
O pensamento à
Croácia
Na conclusão da
oração mariana do Angelus o Papa dirigiu ainda o seu pensamento ao povo da
Croácia. “Eu exprimo a minha proximidade à população da Croácia atingida por um
terramoto nesta manhã. Que o Senhor lhes dê a força e a solidariedade para
enfrentar esta calamidade".
Um terramoto de
magnitude 5.3 atingiu Zagreb, esta manhã. Muitos edifícios foram danificados,
as ruas do centro estão cheias de escombros e há carros destruídos pelos
escombros dos edifícios. Não se têm notícias de vítimas.
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Papa no Angelus:
O perdão de Cristo nos restitui nova luz
“O pecado é como
um véu escuro que cobre o nosso rosto e nos impede de ver claramente nós mesmo
e o mundo; o perdão do Senhor tira esse manto de sombra e de treva e nos restitui
nova luz. Que a Quaresma que estamos vivendo seja tempo oportuno e precioso
para aproximar-nos do Senhor, pedindo a sua misericórdia, nas várias formas que
a Mãe Igreja nos propõe”, disse o Papa Francisco no Angelus este 22 de março,
IV Domingo da Quaresma.
Raimundo de Lima -
Cidade do Vaticano - O Papa Francisco
recitou a oração do Angelus ao meio-dia deste domingo (22/03), na
Biblioteca do Palácio Apostólico, no Vaticano, neste período em que a Praça São
Pedro se encontra fechada, medida adotada no âmbito das restrições feitas para
evitar aglomerações de pessoas durante a pandemia do coronavírus.
Na alocução que
precedeu a oração mariana, o Santo Padre ateve-se ao Evangelho deste IV Domingo
da Quaresma, em que a Igreja celebra “Cristo, luz para as nossas trevas”. De
fato, no centro desta liturgia dominical encontra-se o tema da luz.
Cristo, luz do mundo
O Evangelho (Jo
9,1-41) conta o episódio do homem cego de nascença, ao qual Jesus dá a vista.
Este sinal milagroso é a confirmação da afirmação de Jesus que diz de si: “Eu
sou a luz do mundo”, a luz que ilumina as nossas trevas”, ressaltou o
Pontífice.
Francisco observou
que Jesus opera a iluminação em dois níveis: “um físico e um espiritual: o cego
primeiro recebe a vista dos olhos e depois é levado à fé no ‘Filho do homem’,
ou seja, em Jesus. Os prodígios que Ele realiza não são gestos espetaculares,
mas têm a finalidade de levar à fé através de um caminho de transformação
interior”.
Os fariseus e os
doutores da lei se obstinam a não admitir o milagre, e dirigem perguntas
insidiosas ao homem curado. Mas, acrescentou o Santo Padre, ele os desconcerta
com a força da realidade: “uma coisa eu sei: era cego e agora vejo”.
A confissão de fé
Em meio à
indiferença e a hostilidade daqueles que o circundam e o interrogam incrédulos,
ele realiza um itinerário que o leva gradualmente a descobrir a identidade d’Aquele
que lhe abriu os olhos e a confessar a fé n’Ele.
“Primeiro o
considera um profeta; depois o reconhece como alguém que vem de Deus; por fim,
o acolhe como o Messias e se prostra diante d’Ele. Entendeu que tendo lhe dado
a vista Jesus ‘manifestou as obras de Deus’.”
“Que também nós
possamos fazer essa experiência!”, exortou o Papa. Com a luz da fé aquele que
era cego descobre a sua nova identidade. Ele já é uma “nova criatura”, capaz de
ver numa nova luz a sua vida e o mundo que o circunda, porque entrou em
comunhão com Cristo.
Percurso de
libertação do pecado ao qual somos chamados
“Não é mais um
mendicante marginalizado pela comunidade; não é mais escravo da cegueira e do
preconceito. Seu caminho de iluminação é metáfora do percurso de libertação do
pecado ao qual somos chamados”, afirmou o Pontífice.
“O pecado é como
um véu escuro que cobre o nosso rosto e nos impede de ver claramente nós mesmo
e o mundo; o perdão do Senhor tira esse manto de sombra e de treva e nos
restitui nova luz. Que a Quaresma que estamos vivendo seja tempo oportuno e
precioso para aproximar-nos do Senhor, pedindo a sua misericórdia, nas várias
formas que a Mãe Igreja nos propõe.”
Não basta receber
a luz, é preciso tornar-se luz
O cego curado, que
vê tanto com os olhos do corpo quanto com os da alma, “é imagem de todo
batizado, que imerso na Graça foi arrancado das trevas e colocado na luz da fé.
Mas não basta receber a luz, é preciso tornar-se luz”, disse o Santo Padre,
acrescentando que “cada um de nós é chamado a acolher a luz divina para
manifestá-la com toda a própria vida”.
“A semente de vida
nova colocada em nós no Batismo é como centelha de um fogo, que purifica
sobretudo nós, queimando o mal que temos no coração, e nos permite brilhar e
iluminar.”
“Que Maria
Santíssima nos ajude a imitar o homem cego do Evangelho, de modo que possamos
ser inundados pela luz de Cristo e trilhar com Ele no caminho da salvação”,
disse ainda o Pontífice, concluindo a alocução que precedeu a oração mariana.
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Assista:
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Fonte: vaticannews.va
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