propostas ao documento das celebrações da Semana Santa
A Congregação para
o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos ofereceu uma atualização das
indicações e sugestões gerais dadas aos bispos sobre as celebrações da Semana
Santa diante da pandemia da covid-19, causada pelo novo coronavírus. Novamente,
a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) traduziu o documento com as
propostas de adequação à realidade brasileira. Também foram oferecidas
sugestões para as coletas da Solidariedade e para os Lugares Santos.
O Decreto
sobre a Semana Santa 2020 reitera que a data da Páscoa não pode ser
transferida e que, nos países afetados pela doença, onde estão previstas
restrições às reuniões e movimentos de pessoas, “os bispos e padres celebram os
ritos da Semana Santa sem a participação do povo e em local adequado, evitando
concelebração e omissão da troca de paz”.
A orientação é que
os fiéis sejam informados do horário de início das celebrações, para que possam
participar da oração em seus lares. “Poderão fazer uso diretamente dos meios de
comunicação social. Em qualquer situação, continua sendo importante dedicar um
tempo adequado à oração, principalmente aprimorando a Liturgia das Horas”,
lê-se no decreto.
Piedade Popular
Sobre as
expressões da piedade popular e as procissões que ocorrem na Semana Santa e no
Tríduo Pascal, a Congregação para o Culto Divino orienta que, no julgamento do
bispo diocesano, podem ser transferidas para outros dias adequados, por
exemplo, nos dias 14 e 15 de setembro, quando é celebrada a Festa da Exaltação
da Santa Cruz.
Distanciamento
social
Aqui no Brasil, de
acordo com informe divulgado nesta quinta-feira pelo bispo auxiliar do Rio de
Janeiro (RJ) e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella Amado, mesmo com o
decreto presidencial inserindo as atividades religiosas entre serviços e
atividades essenciais, a Conferência
manteve a indicação que sejam obedecidas as orientações das autoridades de
saúde para se evitar aglomerações a aplicar o isolamento social:
A CNBB,
considerando as orientações emanadas pelas autoridades competentes do
Ministérios da Saúde, que indicam o distanciamento social, orienta os bispos
que as igrejas podem permanecer abertas, porém, do modo como tem sido feito até
agora, apenas para orações individuais, transmissões online, etc. Segundo o
documento, “não há como entender que os instrumentos legais possam obrigar a
reabertura das igrejas, muito menos para a prática de qualquer tipo de
aglomeração”.
Subsídios
Ainda no segundo
documento da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, há
também o reforço que as Conferências Episcopais e as dioceses individuais “não
deixem de oferecer subsídios para ajudar a oração familiar e pessoal”. A CNBB tem
oferecido materiais para a celebração
dominical da Palavra em família e também materiais
para exercícios quaresmais.
Detalhamento das
celebrações
Além da oferta
desses subsídios, a CNBB deu indicações adicionais para as celebrações da
Semana Santa, como por exemplo as coletas já tradicionais para a Solidariedade
e para os Lugares Santos. Confira o trecho do decreto com detalhamento sobre as
celebrações e as respectivas observações da CNBB:
1 – Domingo
de Ramos. O Memorial da Entrada do Senhor em Jerusalém é comemorado dentro do
edifício sagrado; nas igrejas catedrais é adotada a segunda forma prevista pelo
Missal Romano; nas igrejas paroquiais e em outros lugares, a terceira.
OBSERVAÇÃO DA CNBB
Sobre a Coleta
da Solidariedade, gesto concreto da Campanha da Fraternidade, a
Presidência da CNBB acolhe algumas sugestões e submete à avaliação dos bispos
as datas de 16 e 17 de novembro, Dia Mundial dos Pobres, para esta coleta. Os
bispos podem enviar suas manifestações para o endereço secretariogeral@cnbb.org.br.
2 – Missa do
Crisma. Ao avaliar o caso concreto nos vários países, as Conferências
Episcopais poderão dar indicações sobre uma possível transferência para outra
data.
OBSERVAÇÃO DA CNBB
Neste caso, a CNBB
optou por deixar a cada bispo diocesano, administrador apostólico ou
administrador diocesano o discernimento de quando celebrar “para bem atender à
realidade local”. A Conferência pede, no entanto, que, dentro do possível, seja
compartilhada a opção feita, “de modo que possamos ter uma visão geral do que
está ocorrendo nas diversas dioceses do país”.
3 – Quinta-feira
Santa. O lava-pés, já opcional, é omitido. No final da Missa na Ceia do Senhor,
a procissão também é omitida e o Santíssimo Sacramento é mantido no
tabernáculo. Neste dia, os padres recebem excepcionalmente a faculdade de
celebrar a missa, sem a participação popular, em um local adequado.
4 – Sexta-feira
Santa. Na oração universal, os bispos cuidarão de preparar uma intenção
especial para aqueles que se encontrarem em situação de perda, de doentes e de
falecidos (cf. Missale Romanum). O ato de adoração na cruz através do beijo é
limitado apenas ao celebrante.
OBSERVAÇÃO DA CNBB
Para esta
celebração, a Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da CNBB
disponibilizou uma sugestão de texto para a Oração
Universal, que pode ser baixada aqui.
A coleta para
os Lugares Santos também deve ser transferida, de acordo com a decisão dos
bispos. A proposta da CNBB é que ocorra nos dias 14 e 15 de setembro, quando é
celebrada a Festa da Exaltação da Santa Cruz. Assim como em relação à Coleta da
Solidariedade, os bispos podem enviar suas manifestações para o endereço secretariogeral@cnbb.org.br.
5 – Vigília da
Páscoa. Deve ser comemorada exclusivamente em catedrais e igrejas paroquiais.
Para a liturgia batismal, permanece mantida apenas a renovação das promessas
batismais (cf. Missale Romanum).
.............................................................................................................................................................
Fonte: cnbb.org.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário