e convida à Comunhão espiritual
Prossegue a
transmissão via streaming da Missa celebrada por Francisco na Casa Santa Marta.
Na manhã desta quinta-feira (19/03), o Papa dirigiu um novo pensamento aos
detentos e na Solenidade de São José recordou a importância da adoração,
convidando os fiéis à Comunhão espiritual.
Vatican News - O
Papa celebrou na manhã desta quinta-feira (19/03), na Casa Santa Marta, a Santa
Missa na Solenidade de São José, esposo da Virgem Maria e Patrono universal da
Igreja e no sétimo aniversário do início de seu ministério petrino (19
de março de 2013). Ao introduzir a celebração eucarística, dirigiu a sua oração
aos encarcerados neste momento de emergência caracterizado por tantas
restrições devido à pandemia do coronavírus.
Rezemos hoje pelos
irmãos e as irmãs que se encontram no cárcere: eles sofrem muito, pela
incerteza daquilo que acontecerá dentro do cárcere, e também pensando em suas
famílias, como estão, se alguém está doente, se falta alguma coisa. Estejamos
hoje próximos dos encarcerados, que sofrem muito neste momento de incerteza e
de dor.
Comentando o
Evangelho do dia, recordou a importância da oração de adoração. A seguir,
o texto da homilia transcrita pelo Vatican News:
O Evangelho (Mt
1,16.18-21.24) nos diz que José era “justo”, ou seja, um homem de fé, que vivia
a fé. Um homem que pode ser incluído na lista de todas aquelas pessoas de fé
que recordamos hoje no Ofício das leituras. Aquelas pessoas que viveram a fé
como fundamento daquilo que se espera, como garantia daquilo que não se vê, e a
prova não se vê. José é homem de fé: por isso era “justo”. Não somente porque
acreditava, mas também vivia esta fé. Homem “justo”. Foi eleito para educar um
homem que era verdadeiro homem, mas também era Deus: era preciso um homem-Deus
para educar um homem assim, mas não havia. O Senhor escolheu um “justo”, um
homem de fé. Um homem capaz de ser humano e também capaz de falar com Deus, de
entrar no mistério de Deus. E essa foi a vida de José. Viver a sua profissão, a
sua vida de homem e entrar no mistério. Um homem capaz de falar com o mistério,
de dialogar com o mistério de Deus. Não era um sonhador. Entrava no mistério.
Com a mesma naturalidade com a qual levava adiante a sua profissão, com essa
precisão de sua profissão: ele era capaz de ajustar milimetricamente uma quina
na madeira, sabia fazê-lo; era capaz de rebaixar, de diminuir um milímetro na
madeira, na superfície de uma madeira. Justo, era preciso. Mas também era capaz
de entrar no mistério que ele não podia controlar.
Esta é a santidade
de José: levar adiante a sua vida, o seu trabalho com justeza, com
profissionalismo; e no momento, entrar no mistério. Quando o Evangelho nos fala
dos sonhos de José nos faz entender isto: entra no mistério.
Penso na Igreja,
hoje, nesta solenidade de São José. Os nossos fiéis, nossos bispos, nossos
sacerdotes, nossos consagrados e consagradas, os Papas: são capazes de entrar
no mistério? Ou precisam ajustar-se segundo as prescrições que os defendem
daquilo que não podem controlar? Quando a Igreja perde a possibilidade de
entrar no mistério, perde a capacidade de adorar. A oração de adoração é
possível somente quando se entra no mistério de Deus.
Peçamos ao Senhor
a graça que a Igreja possa viver na concretude da vida cotidiana e também na
concretude – entre aspas – do mistério. Se não puder fazê-lo, será uma Igreja
pela metade, será uma associação piedosa, levada adiante por prescrições, mas
sem o sentido da adoração. Entrar no mistério não é sonhar; entrar no mistério
é precisamente isto: adorar. Entrar no mistério é fazer aquilo que faremos no
futuro, quando chegaremos à presença de Deus: adorar. Que o Senhor conceda à
Igreja essa graça.
Antes de concluir
a Missa o Papa convidou à Comunhão espiritual neste tempo difícil devido à
pandemia do coronavírus, que causou na Itália a suspensão das Missas com a
participação dos fiéis para evitar todo contágio. Francisco terminou a
celbração com a adoração e a bênção eucarística. A seguir, as palavras do Santo Padre seguidas da oração para a
Comunhão espiritual.
A todos aqueles
que estão longe e acompanham a Missa por televisões, convido a fazer a comunhão
espiritual.
Aos vossos pés, ó
meu Jesus, me prostro e vos ofereço o arrependimento do meu coração contrito
que mergulha no vosso e na Vossa santa presença. Eu vos adoro no Sacramento do
vosso amor, desejo receber-vos na pobre morada que meu coração vos oferece. À
espera da felicidade da comunhão sacramental, quero possuir-vos em Espírito.
Vinde a mim, ó meu Jesus, que eu venha a vós. Que o vosso amor possa inflamar
todo o meu ser, para a vida e para a morte. Creio em vós, espero em vós. Eu vos
amo. Assim seja.
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Assista:
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Papa Francisco:
Tudo parece
vacilar.
O Terço nos mantém firmes naquilo que realmente conta
O Papa Francisco
se uniu espiritualmente aos fiéis que, às 21h locais (17h em Brasília), rezaram
o Terço a convite dos bispos italianos, em meio à emergência provocada pelo
coronavírus. O Papa exorta todos à esperança e ao exercício da proximidade em
família, através da compreensão, da paciência e do perdão. O Pontífice invoca
São José para que proteja a Itália.
Cidade do Vaticano - Nesta situação
inédita, em que tudo parece vacilar, ajudemo-nos a permanecer unidos naquilo
que realmente conta.
Foi o que disse o
Papa Francisco numa videomensagem aos fiéis na Itália e de todo o mundo,
inclusive do Brasil, ao aderir à iniciativa dos bispos italianos de rezar
o Terço na noite de quinta-feira, para pedir o fim da
pandemia de coronavírus.
O Terço, a oração
dos humildes e dos santos
A iniciativa da
Conferência Episcopal Italiana, observa Francisco, é a mesma que tantos bispos
nesses dias dirigiram aos fiéis de suas dioceses, buscando “amparar com sua
palavra a esperança e a fé” do povo. O Pontífice então descreve assim a oração
da Ave-Maria, repetida 50 vezes, recomendada pela própria Virgem:
A oração do Terço
é a oração dos humildes e dos santos que, nos seus mistérios, com Maria
contemplam a vida de Jesus, rosto misericordioso do Pai. E quanta necessidade
todos temos de ser realmente consolados, de nos sentir envolvidos pela sua
presença de amor!
A compreensão e o
perdão em família
É na relação com
os outros, diz ainda o Papa, que nós experimentamos a verdade desta presença, e
num momento como este em que os outros são “os familiares mais íntimos”,
Francisco convida a fazer-se “próximo um do outro, exercitando nós por primeiro
a caridade, a compreensão, a paciência e o perdão”. Alargando o coração para
que “o outro possa sempre encontrar disponibilidade e acolhimento”. E
prossegue:
Esta noite rezemos
unidos, confiemo-nos à intercessão de São José, Protetor da Sagrada Família,
Protetor de todas as nossas famílias. Também o carpinteiro de Nazaré conheceu a
precariedade e a amargura, a preocupação pelo amanhã; mas soube caminhar na
escuridão de alguns momentos, deixando-se guiar sempre, sem reservas, pela
vontade de Deus.
A invocação do
Papa a São José
A mensagem de
Francisco prossegue com uma súplica ao esposo de Maria, de quem a Igreja
celebra hoje a Solenidade. Eis as suas palavras:
Protegei, Santo
Defensor, este nosso País.
Iluminai os
responsáveis pelo bem comum, para que saibam – como vós – cuidar das pessoas
confiadas à responsabilidade deles.
Concedei a
inteligência da ciência àqueles que procuram meios adequados para a saúde e o
bem físico dos irmãos.
Sustentai aqueles
que se dedicam aos necessitados: os voluntários, os enfermeiros, os médicos,
que estão na linha de frente no tratamento dos doentes, mesmo à custa da
própria incolumidade.
Abençoai, São
José, a Igreja: a partir de seus ministros, fazei-a sinal e instrumento da
vossa luz e da vossa bondade.
Acompanhai, São
José, as famílias: com o vosso silêncio orante, construí a harmonia entre os
pais e os filhos, de modo particular os mais pequeninos.
Preservai os
anciãos da solidão: fazei que ninguém seja deixado no desespero do abandono e
do desencorajamento.
Consolai quem é
mais frágil, encorajai quem vacila, intercedei pelos pobres.
Com a Virgem Mãe,
suplicai ao Senhor para que liberte o mundo de toda forma de pandemia.
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Veja:
Fonte: vaticannews.va
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