Antes da viagem
à Irlanda,
Francisco reza na Basílica Santa Maria Maior
Francisco reza na Basílica Santa Maria Maior
O Papa Francisco
foi até a Basílica Santa Maria Maior na tarde de sexta-feira rezar por sua
viagem à Irlanda.
Cidade do
Vaticano - Como costuma fazer antes e após suas Viagens Apostólicas
internacionais, o Papa Francisco foi até a Basílica Santa Maria Maior na tarde
de sexta-feira, 24, onde rezou diante do ícone daSalus Populi Romani, como
informou no Twitter o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke.
O Santo Padre
colocou aos pés da Virgem esta sua 24ª Viagem Apostólica, onde participará na
Irlanda do IX Encontro Mundial das Famílias.
O primeiro e
último Pontífice a visitar a ilha foi João Paulo II em 1979.
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Papa Francisco
inicia
a 24ª Viagem Apostólica de seu Pontificado
O Airbus A320 da
Alitália levando o Papa Francisco e comitiva à Irlanda decolou às 8h30 do
Aeroporto Fiumicino.
Cidade do
Vaticano - O Papa Francisco deu início na manhã deste sábado, 25 de agosto, à
24ª Viagem Apostólica de seu Pontificado, indo desta vez à Irlanda para o IX
Encontro Mundial das Famílias.
O Pontífice
deixou o Vaticano a bordo de um Ford Fiesta às 7h38min, escoltado por motos da
Polícia italiana e seguranças do Vaticano. Às 8h02min ingressou na pista do
Aeroporto Fiumicino = distante 29 km do Vaticano - onde em área reservada lhe
aguardava um A320 da Alitália.
Antes de
embarcar, Francisco foi saudado por Dom Gino Reali - bispo da Diocese de
Porto-Santa Rufina, em cuja jurisdição se encontra o Aeroporto Internacional
Fiumicino - além de outras autoridades civis e religiosas.
Francisco subiu
as escadas carregando sua pasta preta, como costuma fazer. No alto, saudou as
duas aeromoças e o comandante do voo que o aguardavam, voltando-se a seguir aos
presentes na pista de quem despediu-se com um aceno de mão.
O Airbus decolou
às 8h30, devendo chegar ao Aeroporto Internacional de Dublin às 10h30,
hora local (1 hora a menos que horário italiano).
No séquito
papal, o cardeal secretário de Estado Pietro Parolin e Dom Kevin Joseph
Farrell, prefeito do Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida.
Também à bordo,
setenta e dois jornalistas que deverão ser saudados por Francisco na viagem de
ida. No retorno, a já tradicional coletiva de imprensa.
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Papa saúda jornalistas:
Gosto de estar com as famílias
Papa Francisco
saudou os jornalistas que o acompanhavam no voo para Dublin, recordando também
os tempos em que praticou inglês na Irlanda há 30 anos
Cidade do
Vaticano - No voo da manhã deste sábado à Dublin, o Papa Francisco fez uma
breve saudação aos jornalistas presentes:
“Bom dia e
obrigado pela companhia, obrigado por terem vindo. Será a minha segunda Festa
das famílias. A primeira foi em Filadélfia, esta é a segunda. E gosto de estar
com as famílias, estou contente por esta viagem. E também um outro motivo que
toca um pouco o coração. Retorno à Irlanda depois de 38 anos, onde estive por
quase três meses para praticar o inglês, no ano de 1980. E também por isto é
uma bela recordação. Obrigado pelo trabalho de vocês. Agora gostaria de
saudá-los”.
Setenta e um
jornalistas acompanham o Papa Francisco nesta viagem, alguns deles irlandeses.
Estes mesmos profissionais retornarão a Roma no mesmo voo, no domingo,
oportunidade em que se realiza a já tradicional coletiva de imprensa, com o
Papa falando abertamente sobre os mais diversos temas.
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Papa Francisco
chega a Dublin, uma viagem de renovação
O Papa Francisco
partiu nesta manhã para a Irlanda, onde chegou por volta das 10h30, hora local.
Além dos fiéis irlandeses, milhares de famílias dos 5 continentes esperaram o
Santo Padre para o Encontro Mundial dedicado a elas.
Cidade do
Vaticano - Papa Francisco já se encontra em terras irlandesas onde chegou ao
Aeroporto Iinternacional de Dublin às 10h26 desta manhã de sábado, hora local,
para participar do Encontro Mundial das Famílias. Durante a visita previsto
também um encontro com algumas vítimas de abusos sexuais por parte de
sacerdotes. Grandes preparativos para receber o Pontífice.
O Papa foi
acolhido aos pés da escada do avião pelo Vice-primeiro Ministro, e por duas
crianças em hábitos tradicionais que lhe ofereceram flores. Presentes também os
cardeais Farrell e Brady, o Presidente da Conferência Episcopal, os arcebispos
de Dublino, Tuam, Cashel e Emly, o arcebispo da Igreja da Irlanda e também uma
família. Presentes ainda no Aeroporto Internacional de Dublin o Núncio
Apostólico na Irlanda Dom Jude Thaddeus Okolo, e a Embaixadora da Iralanda junto
à Santa Sé, Sra.Emma Madigan. Na recepção ao Papa não houve discursos.
Em seguida o
Papa deixou o aeroporto em direção a Áras an Uachtaráin, residência
presidencial, cerca de 17 Km, onde foi recebido pelo presidente da Irlanda. Uma
família de refugiados e uma família que hospeda refugiados foram apresentadas
ao Papa. Na Cerimônia oficial de boas-vindas os respectivos hinos e a guarda de
honra.
Compromissos
Após a visita de
cortesia ao presidente Michel D. Higgins, no governo desde 2011, pai de 4
filhos, Francisco se dirigiu ao jardim da residência onde plantou uma árvore.
Deixando a residência presidencial Francisco foi para o Castelo de Dublin
onde manteve um encontro com as Autoridades, com a Sociedade civil e com o
Corpo Diplomático.
Ainda na tarde
deste sábado a visita à Catedral Santa Maria de Dublin onde o Papa se deterá em
oração em uma Capela onde se encontra uma lâmpada recordando as vítimas de abusos
sexuais. Na Catedral Francisco responderá duas perguntas de dois jovens casais.
O Santo Padre visita ainda o Centro de Acolhida para Famílias sem casa,
dirigido pelos freis capuchinhos.
Enfim o dia de
Francisco termina com a Festa das Famílias no Crocke Park Stadium de Dublin,
onde se reunirá com mais de 80 mil pessoas. Uma festa com cantos, danças,
testemunhos e oração. O encontro se encerra com o discurso do Papa, a oração do
Encontro Mundial das Famílias e a Benção Apostólica de Francisco.
Telegramas
Como é habitual,
no voo para a Irlanda, o Papa Francisco enviou um telegrama ao Presidente da
República italiana, Sergio Mattarella. "No momento em que deixo Roma para
ir à Irlanda por ocasião do Encontro Mundial das Famílias, e enquanto invoco
sobre a nação italiana abundantes dádivas de visão e sabedoria para continuar a
apreciar e preservar o valor do matrimônio e da família - escreveu o Papa -
dirijo ao senhor e seus colaboradores votos fervorosos por um profícuo
compromisso a serviço do povo italiano a quem eu envio a minha bênção".
Além disso, o
Papa enviou outros telegramas aos Presidentes dos países sobrevoados: Suíça,
França e Reino Unido.
A Irlanda que o
Papa Francisco encontra nestes dois dias de permanência na capital irlandesa é
muito diferente da encontrada por São João Paulo II há 40 anos. Secularizada,
imersa nas contradições da modernidade que chegou quase subitamente neste país.
A Irlanda ainda está profundamente ferida pelo escândalo dos abusos sexuais
cometidos por membros do clero. Daí a grande expectativa dos irlandeses pelas
palavras que o Papa poderia dizer sobre esse assunto delicado e doloroso,
trazido à tona também pela publicação do relatório sobre os abusos na
Pensilvânia que na Irlanda despertou grande interesse. Para muitos, a presença
do Papa na Irlanda, neste momento histórico particular, torna-se, portanto, uma
oportunidade de renovação não apenas para a Igreja, mas para toda a sociedade.
O Papa e as
famílias, a alegria do Evangelho
A visita do
Papa, que inevitavelmente se entrelaça com essa triste realidade, no entanto,
trata de celebrar a beleza das famílias no plano de Deus para a humanidade.
Afinal, o motivo oficial da visita é justamente o Encontro Mundial das
Famílias, que nestes dias viu a presença na capital irlandesa de mais de 15 mil
pessoas de 116 países, unidas pela alegria do Evangelho e pelo espírito de
Amoris laetitia, que não deixa nenhuma família para trás, especialmente se estiver
em dificuldade. E precisamente os membros de duas famílias - uma de refugiados,
a outra de irlandeses que hospedam refugiados - estarão entre os primeiros a
encontrar o Pontífice junto com o Presidente Higgins na cerimônia de
boas-vindas.
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Migração e abusos:
O primeiro discurso do Papa na Irlanda
O Castelo de
Dublin acolheu as autoridades para o primeiro pronunciamento de Francisco em
solo irlandês.
Cidade do
Vaticano - O conceito do conjunto das nações como uma única família humana foi
o cerne do primeiro discurso pronunciado pelo Papa Francisco na Irlanda.
Diante dos
membros do governo irlandês e do corpo diplomático, no Castelo de Dublin, o
Pontífice recordou o motivo de sua visita, que é participar do Encontro Mundial
das Famílias.
“Se falamos do
mundo inteiro como de uma só família, é porque justamente reconhecemos os laços
da nossa humanidade comum e intuímos a chamada à unidade e à solidariedade,
especialmente em relação aos irmãos e irmãs mais vulneráveis.”
Ódio e conflitos
Entre os males
persistentes que desafiam a humanidade, Francisco citou o ódio racial e étnico,
os conflitos e violências, o desprezo pela dignidade humana e o crescente
abismo entre ricos e pobres.
“Quanta
necessidade temos de recuperar, em cada área da vida política e social, o
sentido de ser uma verdadeira família de povos! E de nunca perder a esperança e
a coragem de perseverar no imperativo moral de sermos obreiros de paz,
reconciliadores e guardiões uns dos outros.”
Irlanda do Norte
O Papa citou em
especial os 20 anos da assinatura do Acordo da Sexta-Feira Santa, que pôs fim a
décadas de conflitos com a Irlanda do Norte, cujos representantes estavam
presentes no Castelo de Dublin. “A paz é dom de Deus”, recordou Francisco, mas
requer também uma conversão constante de nossa parte.
Migração
O Pontífice
apontou a crise migratória como a questão mais desafiadora dos tempos atuais,
“cuja solução exige sabedoria, perspectivas amplas e uma preocupação
humanitária que ultrapasse em muito decisões políticas de curto prazo”.
Abusos
Falando dos mais
vulneráveis, Francisco citou ainda o “grave escândalo causado na Irlanda pelos
abusos sobre menores por parte de membros da Igreja”.
“O falimento das
autoridades eclesiásticas ao enfrentarem adequadamente estes crimes repugnantes
suscitou, justamente, indignação e continua a ser causa de sofrimento e
vergonha para a comunidade católica. Eu próprio partilho estes sentimentos.”
O Papa afirmou
que é preciso remediar os erros passados e adotar normas rigorosas para que
esses casos não voltem a ocorrer. E manifestou a esperança de que os escândalos
aumente a proteção de menores e adultos vulneráveis por parte de toda a
sociedade.
Raízes cristãs
Francisco
concluiu seu discurso recordando as raízes cristãs da Irlanda, com a pregação
de Paládio e Patrício, e citou santos ilustres da Irlanda, como Colomba,
Columbano, Brígida, Gallo, Killian e Brendan.
“Rezo para que a
Irlanda, enquanto escuta a polifonia da discussão político-social
contemporânea, não esqueça as vibrantes melodias da mensagem cristã, que a
sustentaram no passado e podem continuar a fazê-lo no futuro.”
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Assista:
Assista:
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Assista:
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Ao almoçar na
Nunciatura,
Papa assiste performance de jovens e saúda fiéis
Antes de
dirigir-se à Catedral, o Papa Francisco almoçou e fez um breve repouso na
Nunciatura Apostólica em Dublin.
Cidade do
Vaticano - Após o Encontro com as Autoridades, a Sociedade Civil e o Corpo
Diplomático no Castelo de Dublin, o Papa Francisco dirigiu-se à
Nunciatura Apostólica, onde almoçou.
O Santo Padre
foi acolhido por um grupo de adolescentes que o aguardava na rua em frente à
Nunciatura. No pátio interno, recebeu as boas-vindas de uma orquestra formada
em sua grande maioria por jovens, assistiu a uma performance, abençoou e saudou
um grupo de fiéis, incluindo alguns cadeirantes. Ao ingressar na
residência, foi saudado por religiosos e leigos da Representação Pontifícia.
A Nunciatura de
Dublin foi ereta em 27 de novembro de 1929 com o breve apostólico de Pio XII De
Romanorum Pontificum, sendo construída dentro do parque existente no convento
“St Mary” das irmãs dominicanas de Nossa Senhora do Rosário e Santa catarina de
Sena.
O convento
abriga desde a metade do século XIX um dos primeiros institutos de acolhida e
formação para crianças com deficiência auditiva, que foi visitado por São João
Paulo II durante sua visita à Irlanda de 29 de Setembro à 1º de outubro.
Padroeiros dos
alcoólatras
Ao transferir-se
da Nunciatura para a Catedral de Dublin, o Papa Francisco parou para rezar
diante das relíquias de um Venerável, Matt Talbot.
Alcoólatra por
longos anos, Talbot decidiu mudar de vida e dedicar-se à oração e à vida de
operário em uma marcenaria.
Sua conversão é
devida também às orações fervorosas de sua mãe. Marcante também é sua vida
solitária como celibatário, mas nunca infeliz e sempre a serviço de Deus e das
almas.
Mesmo não tendo
ainda sido proclamado Santo, entre os irlandeses é conhecido como o "Santo
Beberrão" e padroeiro daqueles que lutam contra algum vício, especialmente
da bebida.
Matt Talbot está
sepultado na Igreja de Nossa Senhora de Lourdes.
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Francisco:
Que o
testemunho de ter um coração
que sabe perdoar sem fazer sofrer chegue a todos os padres
que sabe perdoar sem fazer sofrer chegue a todos os padres
O Papa visitou
no final da tarde deste sábado pessoas sem moradia fixa assistidas no Centro
dos Capuchinhos. "Que o testemunho de vocês ao povo de Deus e este coração
de saber perdoar sem fazer sofrer, chegue a todos os padres", disse
Francisco aos freis Capuchinhos.
Cidade do
Vaticano - Os sem-teto não foram esquecidos pelo Papa na sua viagem à Irlanda.
Após rezar pelas vítimas de abusos na Catedral Santa Maria, Francisco
dirigiu-se de papamóvel ao Centro de Acolhida dos Padres Capuchinhos,
distante 3 km, sendo saudado ao longo do trajeto por milhares de irlandeses que
abanavam bandeiras com as cores branco e amarelo do Vaticano.
O Santo Padre
foi acolhido na entrada lateral do refeitório pelos dez religiosos que
administram o Centro. No pátio também estavam presentes funcionários e
voluntários que trabalham no local. No refeitório estavam reunidos as cerca de
100 pessoas assistidas no Centro.
Após a saudação
do Irmão Diretor do Centro, Francisco disse algumas palavras de forma
improvisada:
“Você disse que
os Capuchinhos são conhecidos como os frades do povo, próximos ao povo, e isto
é verdade. E se às vezes alguma comunidade capuchinha se distancia do povo de
Deus, cai. Vocês têm uma especial sintonia com o povo de Deus, antes ainda, com
os pobres. Vocês têm a graça de contemplar as chagas de Jesus nas pessoas que
têm necessidade, que sofrem, que não são felizes ou que não têm nada ou são
cheias de vícios ou de defeitos. Para vocês, é a carne de Cristo, e este é o
testemunho de vocês e a Igreja tem necessidade deste testemunho. Obrigado!”.
Depois de
agradecer, Francisco retomou a palavra, dizendo-se tocado no coração de
que ali “vocês não pedem nada”. “É Jesus que vem. Não pedem nada. Aceitem a
vida como vem, consolem e quando houver necessidade, perdoem. Isto é uma
repreensão, mas me faz pensar em tantos padres que vivem pedindo sobre a vida
dos outros e que na confissão cavam, cavam, cavam nas consciências”.
“O testemunho de
vocês – disse Francisco – ensina os sacerdotes a escutar, a serem
próximos, a perdoar e não perguntar muito; ser simples, como Jesus disse que
fez aquele pai, que quando o filho retornou cheio de pecados e vícios, o pai
não se sentou no confessionário, começando a perguntar, perguntar, perguntar;
assumiu a penitência, o arrependimento do filho e o abraçou. Que o testemunho
de vocês ao povo de Deus e este coração de saber perdoar sem fazer sofrer,
chegue a todos os padres. Obrigado”.
Às pessoas
assistidas no Centro, o Papa agradeceu “pelo amor e confiança que têm pelos
padres capuchinhos (...). Vocês são a Igreja, são o povo de Deus, Jesus está
com vocês. Eles darão a vocês as coisas de que têm necessidade, mas ouçam os
conselhos que eles dão a vocês. Sempre aconselham bem vocês. E se tiverem
alguma coisa, alguma dúvida, alguma dor, falem com eles que darão bons
conselhos. Vocês sabem que eles lhes querem bem, caso contrário esta obra aqui
não existiria”.
Ao concluir,
Francisco pediu para rezarem: “Rezem pela Igreja, rezem pelos sacerdotes. Rezem
pelos capuchinhos. Rezem pelos bispos, rezem pelo bispo de vocês. E também,
rezem por mim”.
O Papa saiu pela
porta lateral, sendo saudados por fiéis que o aguardavam, dirigindo-se então
para a Nunciatura Apostólica, para um breve repouso em preparação à Festa das
Famílias no Croke Park Stadium durante a noite.
O Centro de
Acolhida
A Casa de Acolhida
foi fundada há 48 anos pelo padre Kevin Crowley ofm cap, seu atual delegado e
co-diretor.
Com o aumento da
crise econômica na Irlanda, em 2017 o Centro prestou 398 mil serviços a pessoas
sem moradia fixa e famílias indigentes, o que incluiu distribuição diária de
refeições, mesmo em feriados, também para famílias em dificuldades (cerca de
250 a 300 pessoas a cada dia).
Também foram
distribuídas cestas de alimentos (chegando a 1.400 num único dia), vestuário e
sacos de dormir e oferecidas duchas e uma vez ao mês serviços gratuitos de
cabeleireiros e barbeiros, além de consultas médicas.
Todos os
serviços são prestados por voluntários, num total de 15 mil horas de trabalho
doadas a cada ano.
Ademais, com o
centro colabora gratuitamente o Safetynet Primary Care Service, que coloca à
disposição 4 médicos de base a cada semana, diversos consultórios de dentistas,
podólogos e o Hospital Mater Misericordiae de Dublin.
O Centro é
totalmente mantido por doações privadas, mas também por diversas organizações,
escolas, grupos paroquiais e associações.
O Centro é
totalmente mantido por doações privadas, mas também por diversas organizações,
escolas, grupos paroquiais e associações.
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Papa Francisco:
A
revolução do amor começa na família
Na pró-Catedral
de Dublin, Papa ouviu testemunhos e perguntas de casais a respeito do amor e da
educação dos filhos.
Cidade do
Vaticano - A tarde do Papa Francisco na Irlanda começou com a visita à
pró-Catedral de Santa Maria, a mais importante igreja de Dublin, consagrada em 1825.
Ali, o Pontífice
foi acolhido pelo arcebispo da cidade, Dom Diarmuid Martin, e por casais de
noivos e de esposos.
Perguntas
ousadas
De fato, o
discurso bem humarado proferido por Francisco foi em resposta a perguntas que
ele definiu “ousadas” de dois jovens casais, mas antes o Papa ouviu o
testemunho de Vincent e Teresa, que falaram de sua experiência de 50 anos de
matrimônio.
“Como é
importante ouvir os idosos, os avós! Temos muito a aprender da sua experiência
de vida matrimonial, sustentada dia a dia pela graça do sacramento.”
Vocação
Denis e Sinead
estão prestes a se casar e questionaram o Pontífice quanto à durabilidade do
amor, levando em consideração que o matrimônio não é somente uma instituição,
mas uma vocação.
“Com certeza,
temos de reconhecer que hoje não estamos habituados a algo que dure realmente
toda a vida”, reconheceu o Papa, acrescentando que é difícil acompanhar o mundo
em que tudo muda à nossa volta. As pessoas entram e saem de nossas vidas,
quebrando promessas. "Mas o amor é definitivo. Como se diz, o outro é a
metade da laranja. Sabemos que o casamento é um risco, mas um risco que vale a
pena."
Mas sabemos que
o amor é o sonho de Deus para nós. “Por favor, nunca esqueçam disso! Deus tem
um sonho para nós, e pede-nos para o assumirmos. Não tenham medo deste sonho!
Guardem-no e, juntos, sonhem de novo todos os dias. Assim, serão capazes de os
apoiar mutuamente com esperança, com força e com o perdão, nos momentos em que
o percurso se fizer árduo tornando-se difícil vislumbrar o caminho.”
Transmissão da
fé
Já Stephen e
Jordan são esposos recém-casados e fizeram a pergunta de como poderão os pais
transmitir a fé aos filhos.
Francisco
recordou que o local mais importante para se transmitir a fé é o lar, “igreja
doméstica”, onde os filhos aprendem o significado da fidelidade, da honestidade
e do sacrifício.
“Veem como a mãe
e o pai se comportam entre si, como cuidam um do outro e de todos, como amam a
Deus e à Igreja.”
O Papa recordou
uma cena de quando era criança, quando viu a mãe acolher o pai que voltava do
trabalho com um beijo. Então aconselhou a rezar em família, falar de coisas
boas e santas, viver em profunda solidariedade com aqueles que sofrem e estão à
margem da sociedade. Os filhos aprendem dos pais a viver como cristãos, pois
são seus primeiros mestres na fé.
Revolução do
amor
Todavia, as
virtudes e as verdades que o Senhor ensina não são valorizadas pela sociedade
atual, que desconsidera os mais vulneráveis. “O nosso mundo precisa de uma
revolução de amor! Que esta revolução comece por vocês e por suas famílias!”
Essa revolução
do amor, disse ainda Francisco, passa pela revolução da ternura. "Parece
até que a palavra ternura foi retirada do dicionário."
“Possam as
famílias da Igreja inteira agradecer a Deus pelo dom da fé e pela graça do
matrimônio cristão. Por nossa vez, comprometamo-nos com o Senhor a servir a
vinda do seu reino de santidade, justiça e paz com a fidelidade às promessas
que fizemos e com a perseverança no amor!”
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Assista:
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Assista:
Papa Francisco
encontra vítimas de abusos
A Irlanda, país
de maioria católica, acerta as contas com seu passado, em que membros do clero
e religiosos abusaram de menores.
Cidade do
Vaticano - O Papa Francisco
encontrou por uma hora e meia na tarde deste sábado, 25, na Nunciatura
Apostólica em Dublin, algumas vítimas irlandesas de abusos por parte do clero e
religiosos, confirmou o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Greg Burke.
Entre os presentes,
Marie Collins; o Rev. Patrick McCafferty, P.P.; o Rev. Joe McDonald;
Conselheiro Damian O’Farrell; Paul Jude Redmond; Clodagh Malone e Bernadette
Fahy. Um dos presentes, vittima do padre Tony Walsh, preferiu permanecer
anônimo.
No encontro,
também foi falado sobre o drama das adoções ilegais, revelaram algumas das
vítimas recebidas pelo Papa, que disse estar chocado com os relatos sobre
fatos ocorrido nas décadas passadas, em que milhares de jovens mães,
internadas em institutos religiosos, foram privadas de seus filhos, drama este
retratado no filme "Philomena".
A questão dos
abusos foi um dos temas tratados pelo Papa Francisco em seu primeiro discurso
em terras irlandesas, proferido às Autoridades e à Sociedade Civil.
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Francisco na
grande Festa das Famílias em Dublin
"A Igreja é
a família dos filhos de Deus; uma família, onde se regozija com aqueles que
estão na alegria e se chora com aqueles que estão na tribulação ou se sentem
desanimados com a vida", foi uma das passagens do discurso do Santo Padre
aos presentes no Croke Park Stadium, em Dublin.
Cidade do
Vaticano - A noite de sábado, 25 de agosto, foi dedicada à Festa nas Famílias no Croke
Park Stadium, em Dublin.
Francisco chegou
de papamóvel, sendo ovacionado pela multidão presente no estádio. Após as
palavras de boas-vindas do cardeal Kevin Jospeh Farrel, foram executados
números de dança ao som de músicas típicas irlandesas e cânticos, que foram
intercalados com testemunhos. Então, o Santo Padre proferiu o seu discurso (não
estão incluídas no texto as palavras ditas de forma espontânea):
“Queridos irmãos
e irmãs, boa noite!
Obrigado pelas
vossas calorosas boas-vindas. É bom estar aqui! É bom celebrar, porque nos
torna mais humanos e mais cristãos. Também nos ajuda a partilhar a alegria de
saber que Jesus nos ama, acompanha no percurso da vida e, cada dia, nos atrai
para mais perto de Si.
Em cada
celebração familiar, sente-se a presença de todos: pais, mães, avós, netos,
tios e tias, primos, quem não pôde vir e quem vive demasiado longe. Hoje, em
Dublin, reunimo-nos para uma celebração familiar de ação de graças a Deus pelo
que somos: uma única família em Cristo, espalhada por toda a terra. A Igreja é
a família dos filhos de Deus; uma família, onde se regozija com aqueles que
estão na alegria e se chora com aqueles que estão na tribulação ou se sentem
desanimados com a vida. Uma família onde se cuida de cada um, porque Deus nosso
Pai nos fez, a todos, seus filhos no Batismo. Por isso mesmo, continuo a
encorajar os pais a levar ao Batismo os filhos logo que possível, para que se
tornem parte da grande família de Deus. É preciso convidar cada um para a
festa!
Vós, queridas
famílias, sois a grande maioria do povo de Deus. Que fisionomia teria a Igreja
sem vós? Foi para nos ajudar a reconhecer a beleza e a importância da família,
com as suas luzes e sombras, que escrevi a Exortação Amoris laetitia sobre
a alegria do amor, e quis que o tema deste Encontro Mundial das Famílias fosse
«O Evangelho da família, alegria para o mundo». Deus quer que cada família seja
um farol que irradia a alegria do seu amor pelo mundo. Que significa isto?
Significa que nós, depois de ter encontrado o amor de Deus que salva,
procuramos, com palavras ou sem elas, manifestá-lo através de pequenos gestos
de bondade na vida rotineira de cada dia e nos momentos mais simples da
jornada.
Isto quer dizer
santidade. Gosto de falar dos santos «ao pé da porta», de todas aquelas pessoas
comuns que refletem a presença de Deus na vida e na história do mundo (cf.
Exort. ap.Gaudete et exsultate, 6-7). A vocação ao amor e à santidade não é
algo reservado para poucos privilegiados. Mesmo agora, se tivermos olhos para
ver, podemos vislumbrá-la ao nosso redor. Está silenciosamente presente no
coração de todas as famílias que oferecem amor, perdão e misericórdia, quando
veem que há necessidade, e fazem-no tranquilamente, sem tocar a tromba. O
Evangelho da família é, verdadeiramente, alegria para o mundo, visto que lá,
nas nossas famílias, sempre se pode encontrar Jesus; lá habita, em simplicidade
e pobreza, como fez na casa da Sagrada Família de Nazaré.
O matrimônio
cristão e a vida familiar são compreendidos em toda a sua beleza e fascínio, se
estiverem ancorados no amor de Deus, que nos criou à sua imagem para podermos
dar-Lhe glória como ícones do seu amor e da sua santidade no mundo. Pais e
mães, avôs e avós, filhos e netos são todos chamados a encontrar, na família, a
realização do amor. A graça de Deus ajuda dia a dia a viver com um só coração e
uma só alma. Mesmo as sogras e as noras! Ninguém diz que seja fácil... É como
preparar um chá: é fácil ferver a água, mas uma boa taça de chá requer tempo e
paciência; é preciso deixar em infusão! Então, dia após dia, Jesus aquece-nos
com o seu amor, fazendo de modo que penetre todo o nosso ser. Do tesouro do seu
Sagrado Coração, derrama sobre nós a graça que precisamos para curar as nossas
enfermidades e abrir a mente e o coração para nos escutarmos, compreendermos e
perdoarmos uns aos outros.
Acabamos de
ouvir os testemunhos de Felicité, Isaac e Ghislain, que vêm do Burkina Faso.
Contaram-nos uma história comovente de perdão em família. O poeta dizia que
«errar é humano, perdoar é divino». É verdade! O perdão é um dom especial de
Deus, que cura as nossas feridas e nos aproxima dos outros e d’Ele. Gestos
humildes e simples de perdão, renovados dia a dia, são o fundamento sobre o
qual se constrói uma vida familiar cristã sólida. Obrigam-nos a superar o
orgulho, o isolamento e o embaraço, e a fazer paz. É verdade! Gosto de dizer
que, nas famílias, precisamos de aprender três palavras: «desculpa», «por
favor» e «obrigado». Quando tiveres discutido em casa, certifica-te, antes de
ir dormir, que pediste desculpa dizendo que sentes pesar pelo sucedido. Mesmo
se te sentires tentado a ir dormir noutro quarto, sozinho e isolado, bate
simplesmente à porta e diz: «Por favor, posso entrar?» Basta um olhar, um
beijo, uma palavra doce... e tudo volta a estar como antes! Digo isto porque as
famílias, quando o fazem, sobrevivem. Não existe uma família perfeita; sem o
hábito do perdão, a família cresce doente e gradualmente desmorona-se.
Perdoar significa doar algo
de si mesmo. Jesus perdoa-nos sempre. Com a força do seu perdão, também nós
podemos perdoar aos outros, se o quisermos de verdade. Não é isso que pedimos,
quando rezamos o Pai Nosso? Os filhos aprendem a perdoar quando veem que
seus pais se perdoam entre si. Se compreendermos isto, poderemos apreciar a
grandeza da doutrina de Jesus sobre a fidelidade no matrimónio. Longe de ser
uma fria obrigação legal, trata-se sobretudo duma promessa poderosa da
fidelidade do próprio Deus à sua palavra e à sua graça sem limites. Cristo
morreu por nós para que, por nossa vez, possamos perdoar-nos e reconciliar-nos
uns com os outros. Deste modo, como pessoas e como famílias, aprendemos a
compreender a verdade daquelas palavras de São Paulo: tudo passa, mas «o amor
jamais passará» (1 Cor 13, 8).
Obrigado, Nisha
e Ted, pelos vossos testemunhos da Índia, onde estais a ensinar aos vossos
filhos a serem uma verdadeira família. Ajudastes-nos também a compreender que
os meios de comunicação social não são necessariamente um problema para as
famílias, mas podem contribuir para a construção duma «rede» de amizade,
solidariedade e apoio mútuo. As famílias podem conectar-se através da internet
e beneficiar disso. Os meios de comunicação social podem ser benéficos, se
forem usados com moderação e prudência. Vós, por exemplo, que participais neste
Encontro Mundial das Famílias, formais uma «rede» espiritual e de amizade, e os
meios de comunicação social podem ajudar-vos a manter esta ligação e alargá-la
a outras famílias em muitas partes do mundo. Contudo, importante que estes
meios nunca se tornem uma ameaça para a verdadeira rede de relações de carne e
sangue, prendendo-nos numa realidade virtual e isolando-nos das relações
autênticas que nos estimulam a dar o melhor de nós mesmos em comunhão com os
outros. Talvez a história de Ted e Nisha possa ajudar às famílias a
interrogar-se sobre a obrigação de reduzir o tempo que gastam com esses meios
tecnológicos, e de passar um tempo de qualidade entre eles e com Deus.
Ouvimos, de
Enass e Sarmaad, como o amor e a fé em família podem ser fontes de força e paz,
mesmo no meio da violência e da destruição, causadas pela guerra e a
perseguição. A sua história recorda-nos as trágicas situações que sofrem
quotidianamente muitas famílias, forçadas a abandonar as suas casas à procura
de segurança e de paz. Mas Enass e Sarmaad indicaram-nos também como, a partir
da família e graças à solidariedade manifestada por muitas outras famílias, a
vida pode ser reconstruída e renascer a esperança. Vimos este apoio no vídeo de
Rammy e seu irmão Meelad, onde Rammy expressou profunda gratidão pelo incentivo
e a ajuda que a sua família recebeu de muitas outras famílias cristãs do mundo
inteiro, fazendo com que fosse possível que eles voltassem para o seu vilarejo.
Em cada sociedade, as famílias geram paz, porque ensinam o amor, o acolhimento
e o perdão, que são os melhores antídotos contra o ódio, o preconceito e a
vingança que envenenam a vida de pessoas e comunidades.
Como ensinou um
bom padre irlandês, «a família que reza unida permanece unida» e irradia paz.
Tal família pode ser um apoio especial para outras famílias que não vivem em
paz. Depois da morte do padre Ganni, Enass, Sarmaad e as suas famílias optaram
pelo perdão e a reconciliação, em vez do ódio e do rancor. À luz da Cruz, viram
que o mal só se pode contrastar com o bem, e o ódio só se pode superar com o
perdão. De forma quase incrível foram capazes de encontrar paz no amor de
Cristo, um amor que faz novas todas as coisas. Nesta noite partilham esta paz
connosco.
O amor de
Cristo, que tudo renova, é o que torna possível o matrimónio e um amor conjugal
caracterizado por fidelidade, indissolubilidade, unidade e abertura à vida. Foi
o que quis evidenciar no quarto capítulo de Amoris laetitia. Vimos este
amor em Mary e Damian e na sua família com dez filhos. Obrigado pelas vossas
palavras e o vosso testemunho de amor e fé! Experimentastes a capacidade que o
amor de Deus tem de transformar completamente a vossa vida e de vos abençoar
com a alegria de uma linda família. Dissestes-nos que a chave da vossa vida
familiar é a sinceridade. Pela vossa história, compreendemos como é importante
continuar a ir àquela fonte da verdade e do amor que pode transformar a nossa
vida: Jesus, que inaugurou o seu ministério público numa festa de núpcias. Lá,
em Caná, mudou a água num vinho novo e doce que permitiu continuar
magnificamente a jubilosa celebração. O mesmo se passa com o amor conjugal. O
vinho novo começa a ferver durante o tempo do noivado, necessário mas
passageiro, e matura ao longo da vida matrimonial num mútuo dom de si mesmo que
torna os esposos capazes de se fazerem, de dois, «uma só carne». E de abrir,
por sua vez, os corações a quem tem necessidade de amor, especialmente quem
está sozinho, abandonado, fraco e, enquanto vulnerável, muitas vezes posto de
lado pela cultura do descarte.
Por toda a
parte, as famílias são chamadas a continuar a crescer e seguir em frente, mesmo
no meio de dificuldades e limites, precisamente como fizeram as gerações
passadas. Todos somos parte duma grande cadeia de famílias, que remonta ao
início dos tempos. As nossas famílias são tesouros vivos de memória, com os
filhos que, por sua vez, se tornam pais e, depois, avós. Deles recebemos a
identidade, os valores e a fé. Vimo-lo em Aldo e Marissa, casados há mais de
cinquenta anos. O seu matrimónio é um monumento ao amor e à fidelidade! Os seus
netos os mantêm jovens; a sua casa está repleta de alegria, de felicidade e de
danças. O seu amor mútuo é um dom de Deus, um dom que estão a transmitir com
alegria aos seus filhos e netos.
Uma sociedade
que não valorize os avós é uma sociedade sem futuro. Uma Igreja que não tenha a
peito a aliança entre gerações acabará sem o que conta verdadeiramente, o amor.
Os nossos avós ensinam-nos o significado do amor conjugal e paternal. Eles
próprios cresceram numa família e experimentaram o afeto de filhos e filhas, de
irmãos e irmãs. Por isso, constituem um tesouro de experiência e sabedoria para
as novas gerações. É um grande erro não interpelar os idosos sobre as suas
experiências ou pensar que seja uma perda de tempo conversar com eles. A
propósito, quero agradecer a Missy o seu testemunho. A senhora nos disse que,
entre os nómades, a família sempre foi uma fonte de força e de solidariedade. O
seu testemunho nos lembra que, na casa de Deus, há um lugar à mesa para todos.
Ninguém deve ser excluído; o nosso amor e a nossa atenção devem estender-se a
todos.
É tarde e estais
cansados! Mas deixai que vos diga uma última coisa. Vós, famílias, sois a
esperança da Igreja e do mundo! Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, criou a
humanidade à sua imagem para fazê-la participante do seu amor, para que fosse
uma família de famílias e gozasse daquela paz que só Ele pode dar. Com o vosso
testemunho do Evangelho, podeis ajudar Deus a realizar o seu sonho. Podeis
contribuir para aproximar todos os filhos de Deus, para que cresçam na unidade
e aprendam o que significa, para o mundo inteiro, viver em paz como uma grande
família. Por este motivo, desejei entregar a cada um de vós uma cópia de Amoris
laetitia, que escrevi para ser uma espécie de guia a fim de se viver com
alegria o Evangelho da família. Que Maria nossa Mãe, Rainha da família e da
paz, sustente a todos vós no percurso da vida, do amor e da felicidade!
E agora, no
final do nosso serão, rezaremos a oração deste Encontro das Famílias.
[Oração e Bênção]
Boa noite. Dormi
bem; até amanhã”.
............................................................................................................................................................Assista:
Fonte: vaticannews.va
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