Deus com a
sua ternura se aproxima de nós e nos salva
Cidade do
Vaticano (RV) - O Papa Francisco celebrou a Eucaristia na Capela da Casa Santa
Marta, nesta quinta-feira (14/12), e a sua homilia teve como ponto central a
ternura de Deus.
O tema é
sugerido pela Primeira Leitura extraída do Livro do Profeta Isaías e do Salmo
144 que diz: “A sua ternura abraça toda criatura”.
A imagem
apresentada por Isaías é a de um Deus que nos fala como um pai fala ao seu
filho, abaixando a voz para torná-la mais parecida à voz da criança.
Primeiramente, o tranquiliza, fazendo um carinho: “Não temais. Eu vos
ajudarei”.
Papa Francisco celebrando na capela da Casa Santa Marta |
O grande que se
faz pequeno e o pequeno que é grande
“É verdade que
às vezes Deus nos dá umas pancadas”, disse o Papa. “Ele é grande, mas com a sua
ternura se aproxima de nós e nos salva. Este é um mistério e uma das coisas
mais bonitas”:
“É o Deus grande
que se faz pequeno e em sua pequenez não deixa de ser grande. E nessa dialética
grande é pequeno, existe a ternura de Deus. O grande que se faz pequeno e o
pequenos que é grande. O Natal nos ajuda a entender isso: na manjedoura, o Deus
pequeno. Lembro-me de uma frase de Santo Tomás, na primeira parte da Suma
Teológica. Querendo explicar: “O que é o divino? O que é a coisa mais divina?,
diz: “Non coerceri a maximo contineri tamen a minimo divinum est”, ou seja, não
se espante com as coisas grandes, mas considere as coisas pequenas. Isso é
divino, as duas coisas juntas.”
Mas, onde pode
ser encontrada a ternura de Deus?
Deus não só nos
ajuda, mas nos faz também promessas de alegria, de uma grande colheita, para
nos facilitar a ir adiante. O Deus que, repete o Papa, não só é pai mas é
papai:
“Sou capaz de
falar com o Senhor assim ou tenho medo? Cada um responda. Mas, alguém pode
dizer, pode perguntar: “Qual é o local teológico da ternura de Deus? Onde pode
ser encontrada a ternura de Deus? Qual é o lugar onde a ternura de Deus se
manifesta melhor? Na chaga. As minhas chagas, as suas chagas, quando se
encontram a minha e a sua chaga. Em suas chagas fomos curados”.
O Papa recordou
a Parábola do Bom Samaritano: ali alguém se inclinou para ajudar homem que caiu
nas mãos dos assaltantes e o socorreu limpando as suas feridas e pagou para ser
medicado. Eis “o lugar teológico da ternura de Deus: as nossas chagas”.
Francisco concluiu exortando a pensar durante o dia no convite do Senhor.
Mostra-me as suas chagas. Quero curá-las”.
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Papa a
embaixadores:
Promover diálogo, reconciliação e colaboração
Cidade do
Vaticano (RV) - O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta quinta-feira
(14/12), na Sala Clementina, no Vaticano, os novos embaixadores do Iêmen, Nova
Zelândia, Suazilândia, Azerbaijão, Chade, Liechtenstein e Índia, junto à Santa
Sé, para a apresentação de suas credenciais.
“No início de
sua nova missão, estou consciente da diversidade dos países que vocês representam
e das várias tradições culturais e religiosas que caracterizam a história de
suas nações. Isso me dá a oportunidade de enfatizar o papel positivo e
construtivo que essa diversidade representa no concerto das nações”, disse o
Santo Padre aos embaixadores.
Papa durante audiência aos novos embaixadores |
Segundo o Papa,
a presença dos embaixadores nesse encontro “é um exemplo do papel importante
que tem o diálogo em permitir à diversidade de ser vivida de forma autêntica e
no benefício recíproco para a nossa sociedade cada vez mais globalizada”.
Para Francisco,
uma “comunicação respeitosa leva à colaboração e favorece a reconciliação onde
é necessária. Essa cooperação por sua vez é de ajuda para a solidariedade,
condição para o crescimento da justiça e para o respeito da dignidade, dos
direitos e das aspirações de todos. O compromisso com o diálogo e a colaboração
deve ser o sinal característico de cada instituição da comunidade
internacional, como também de toda instituição nacional e local, visto que
todas são encarregadas de buscar o bem comum”.
Francisco
concluiu, afirmando que “a promoção do diálogo, da reconciliação e da
cooperação não podem ser consideradas como garantidas”.
“A arte delicada
da diplomacia e o trabalho árduo da construção de uma nação devem ser sempre
aprendidos novamente por toda nova geração. Partilhamos a responsabilidade
coletiva de educar os jovens para a importância desses princípios que sustentam
a ordem social. Transmitir esta herança preciosa aos nossos filhos e netos, não
somente garantirá um futuro pacífico e próspero, mas também irá satisfazer as
exigências da justiça entre as gerações e o desenvolvimento humano integral ao
qual tem direito todo homem, mulher e criança.”
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Fonte: radiovaticana.va news
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