Rezar pelas crianças
vítimas do aborto, da fome e do recrutamento forçado
No tweet
publicado na Festa dos Santos Inocentes Mártires, o Papa Francisco recordou
três dramas que atingem milhões de crianças em todo o mundo
Cidade do
Vaticano - “Rezemos hoje pelas crianças impedidas de nascer, que choram por
causa da fome, que não têm nas mãos brinquedos, mas armas.”
O tweet do Papa
Francisco neste 28 de dezembro – Festa dos Santos Inocentes Mártires –
fala de três chagas que afligem milhões de crianças em todo o mundo: o aborto,
a fome e as crianças-soldado.
O aborto
“Quero reiterar
com todas as minhas forças – disse o Papa na Carta Apostólica “Misericordia et misera” - que o
aborto é um grave pecado, porque põe fim a uma vida inocente; mas, com igual
força, posso e devo afirmar que não existe algum pecado que a misericórdia de
Deus não possa alcançar e destruir, quando encontra um coração arrependido que
pede para se reconciliar com o Pai.”
O aborto é um
genocídio silencioso, filho daquela que o Santo Padre definiu várias vezes como
“cultura do descarte”.
Papa Francisco com crianças africanas |
Dirigindo-se em
15 de novembro de 2014 aos participantes do Congresso da Associação dos médicos
católicos italianos por ocasião dos 70 anos de fundação, o Pontífice recordou em particular o ensinamento do Magistério da
Igreja no campo médico-moral:
“O pensamento
dominante propõe por vezes uma «falsa compaixão», que considera uma ajuda para
a mulher favorecer o aborto, um ato de dignidade proporcionar a eutanásia, uma
conquista científica «produzir» um filho considerado um direito em vez de o
acolher como dom; ou usar vidas humanas como cobaias de laboratório
presumivelmente para salvar outras. Ao contrário, a compaixão evangélica é
aquela que acompanha no momento da necessidade, ou seja, do Bom Samaritano, que
«vê», «tem compaixão», se aproxima e oferece ajuda concreta (cf. Lc 10,
33)”.
A fome
Outra chaga que
atinge milhões de crianças é a fome. Segundo a organização humanitária “Save
the Children”, 3 milhões de menores morrem a cada ano antes de completar 5
anos, por falta de comida e de comida adequada.
Diante deste
trágico cenário – afirmou em diversas ocasiões o Papa – não se pode ficar
indiferentes.
Dirigindo-se em
3 de outubro de 2015 aos participantes do encontro promovido pelo Banco Alimentar, o Santo Padre
sublinhou que se deve “constrastar o desperdício de alimento, recuperá-lo e
distribuí-lo” às pessoas indigentes. A fome – acrescenta – é uma injustiça:
“Atualmente, a
fome assumiu as dimensões de um verdadeiro «escândalo» que ameaça a vida e a
dignidade de muitas pessoas — homens, mulheres, crianças e idosos. Todos os
dias devemos confrontar-nos com esta injustiça, permito-me dizer mais, com este
pecado; num mundo rico de recursos alimentares, graças também aos enormes
progressos tecnológicos, são demasiados os que não têm o necessário para
sobreviver; e não só nos países pobres, mas cada vez mais também nas sociedades
ricas e desenvolvidas”.
Crianças-soldado
O terceiro vil
fenômeno recordado no tweet do Papa Francisco é o das crianças-soldado.
Segundo
estimativas recentes do Unicef, são mais de 250 mil as crianças usadas nos
conflitos em todo o mundo. A África é o continente onde este drama é mais
difundido.
Particularmente
tocante foi o encontro do Papa Francisco com os jovens em Uganda durante a
Viagem Apostólica em novembro de 2015.
Naquela ocasião,
o Papa comoveu-se ao ouvir o testemunho de um jovem obrigado a tornar-se um
soldado quando ainda criança.
A ele e a todos
dos jovens vítimas desta terrível chaga, o Pontífice dirigiu palavras de
proximidade e encorajamento, convidando-os a vencer o ódio com o amor.
“Deus – disse
Francisco – é mais forte do que qualquer campanha de recrutamento”.
Na videomensagem
com as intenções de oração de dezembro de 2016, o Santo Padre havia pedido:
“Fazer todo o possível para que a dignidade das crianças seja respeitada e
colocar fim à toda forma de escravidão”.
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Mensagem do Papa
aos jovens participantes do Encontro europeu de Taizé
O Santo Padre os
encoraja a não terem medo de percorrer os caminhos da fraternidade a fim de que
o encontro de vocês em Basileia “torne visível a comunhão alegre que brota da
fonte do coração transbordante do Senhor”, afirma.
Cidade do
Vaticano - “Fazer crescer uma cultura da misericórdia, baseada na redescoberta
do encontro com os outros: uma cultura em que ninguém olha para o outro com
indiferença nem desvia o olhar quando vê o sofrimento dos irmãos.”
Encontro se
realizará de 28 de dezembro a 1º de janeiro de 2018
É a exortação do
Papa Francisco na mensagem – assinada pelo secretário de Estado vaticano,
cardeal Pietro Parolin – aos participantes do Encontro europeu de Taizé em
Basileia, na Suíça, deste 28 de dezembro a 1º de janeiro de 2018.
Dirigindo-se aos
milhares de jovens provenientes de toda a Europa e também de outros
continentes, para viver em Basileia – encruzilhada entre a Suíça, a França e a
Alemanha – o 40º encontro organizado e animado pela Comunidade de Taizé,
Francisco ressalta que eles são sustentados pelo desejo de encontrar juntos as
fontes da alegria. “Esse é o tema que guiará suas reflexões e que iluminará a
oração de vocês”, afirma.
Nessa
perspectiva, o Papa Francisco quer assegurar sua profunda proximidade
espiritual. Efetivamente, como escreveu na Exortação apostólica Evangelii
gaudium, “a alegria do Evangelho torna repletos o coração e a vida inteira
daqueles que se encontram com Jesus. Aqueles que se deixam salvar por Ele são
libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus
Cristo a alegria sempre nasce e renasce” (n. 1).
Do mesmo modo, o
Santo Padre tem a felicidade de saber que vocês escolheram participar deste
encontro para acolher e aprofundar a mensagem de Jesus que é fonte de alegria
para todos aqueles que lhe abrem o coração. O Pontífice agradece a vocês por
terem respondido ao chamado do Senhor que reúne todos na alegria de seu amor,
lê-se ainda na mensagem.
“ O Papa os
encoraja a permitir que esta alegria, que nasce da amizade vivida com Jesus,
habite neles, esta alegria que jamais nos fecha aos outros nem aos sofrimentos
deste mundo. ”
Francisco
“convida-os a permanecer unidos ao Senhor, mediante a oração e a escuta da sua
Palavra, a fim de que Ele possa ajudar vocês a gastar seus talentos para fazer
crescer uma cultura da misericórdia, baseada na redescoberta do encontro com os
outros”.
Ao destacar que
neste ano que está para se concluir foram recordados os 500 anos da Reforma, o
Pontífice pede ao Espírito Santo que ajude os jovens protestantes, católicos e
ortodoxos a se alegrarem e enriquecer com a diversidade dos dons concedidos a
todos os discípulos de Cristo, para manifestar que a alegria do Evangelho nos
une para além de todas as feridas de nossas divisões.
O Santo Padre os
encoraja a não terem medo de percorrer os caminhos da fraternidade a fim de que
o encontro de vocês em Basileia, afirma, “torne visível a comunhão alegre que
brota da fonte do coração transbordante do Senhor”.
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Fonte: www.vaticannews.va/pt
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