quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Papa na Festa dos Santos Inocentes:

Rezar pelas crianças
vítimas do aborto, da fome e do recrutamento forçado

No tweet publicado na Festa dos Santos Inocentes Mártires, o Papa Francisco recordou três dramas que atingem milhões de crianças em todo o mundo
Cidade do Vaticano - “Rezemos hoje pelas crianças impedidas de nascer, que choram por causa da fome, que não têm nas mãos brinquedos, mas armas.”
O tweet do Papa Francisco neste 28 de dezembro – Festa dos  Santos Inocentes Mártires – fala de três chagas que afligem milhões de crianças em todo o mundo: o aborto, a fome e as crianças-soldado.
O aborto
“Quero reiterar com todas as minhas forças – disse o Papa na Carta Apostólica “Misericordia et misera” - que o aborto é um grave pecado, porque põe fim a uma vida inocente; mas, com igual força, posso e devo afirmar que não existe algum pecado que a misericórdia de Deus não possa alcançar e destruir, quando encontra um coração arrependido que pede para se reconciliar com o Pai.”
O aborto é um genocídio silencioso, filho daquela que o Santo Padre definiu várias vezes como “cultura do descarte”.
Papa Francisco com crianças africanas
Segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde, a cada ano são cometidos mais de 56 milhões de abortos, ou seja, cerca de 153 mil a cada dia.
Dirigindo-se em 15 de novembro de 2014 aos participantes do Congresso da Associação dos médicos católicos italianos por ocasião dos 70 anos de fundação, o Pontífice recordou em particular o ensinamento do Magistério da Igreja no campo médico-moral:
“O pensamento dominante propõe por vezes uma «falsa compaixão», que considera uma ajuda para a mulher favorecer o aborto, um ato de dignidade proporcionar a eutanásia, uma conquista científica «produzir» um filho considerado um direito em vez de o acolher como dom; ou usar vidas humanas como cobaias de laboratório presumivelmente para salvar outras. Ao contrário, a compaixão evangélica é aquela que acompanha no momento da necessidade, ou seja, do Bom Samaritano, que «vê», «tem compaixão», se aproxima e oferece ajuda concreta (cf. Lc 10, 33)”. 
A fome
Outra chaga que atinge milhões de crianças é a fome. Segundo a organização humanitária “Save the Children”, 3 milhões de menores morrem a cada ano antes de completar 5 anos, por falta de comida e de comida adequada.
Diante deste trágico cenário – afirmou em diversas ocasiões o Papa – não se pode ficar indiferentes.
Dirigindo-se em 3 de outubro de 2015 aos participantes do encontro promovido pelo Banco Alimentar, o Santo Padre sublinhou que se deve “constrastar o desperdício de alimento, recuperá-lo e distribuí-lo” às pessoas indigentes. A fome – acrescenta – é uma injustiça:
“Atualmente, a fome assumiu as dimensões de um verdadeiro «escândalo» que ameaça a vida e a dignidade de muitas pessoas — homens, mulheres, crianças e idosos. Todos os dias devemos confrontar-nos com esta injustiça, permito-me dizer mais, com este pecado; num mundo rico de recursos alimentares, graças também aos enormes progressos tecnológicos, são demasiados os que não têm o necessário para sobreviver; e não só nos países pobres, mas cada vez mais também nas sociedades ricas e desenvolvidas”.
Crianças-soldado
O terceiro vil fenômeno recordado no tweet do Papa Francisco é o das crianças-soldado.
Segundo estimativas recentes do Unicef, são mais de 250 mil as crianças usadas nos conflitos em todo o mundo. A África é o continente onde este drama é mais difundido.
Particularmente tocante foi o encontro do Papa Francisco com os jovens em Uganda durante a Viagem Apostólica em novembro de 2015.
Naquela ocasião, o Papa comoveu-se ao ouvir o testemunho de um jovem obrigado a tornar-se um soldado quando ainda criança.
A ele e a todos dos jovens vítimas desta terrível chaga, o Pontífice  dirigiu palavras de proximidade e encorajamento, convidando-os a vencer o ódio com o amor.
“Deus – disse Francisco – é mais forte do que qualquer campanha de recrutamento”.
Na videomensagem com as intenções de oração de dezembro de 2016, o Santo Padre havia pedido: “Fazer todo o possível para que a dignidade das crianças seja respeitada e colocar fim à toda forma de escravidão”.
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Mensagem do Papa 
aos jovens participantes do Encontro europeu de Taizé

O Santo Padre os encoraja a não terem medo de percorrer os caminhos da fraternidade a fim de que o encontro de vocês em Basileia “torne visível a comunhão alegre que brota da fonte do coração transbordante do Senhor”, afirma.
Cidade do Vaticano - “Fazer crescer uma cultura da misericórdia, baseada na redescoberta do encontro com os outros: uma cultura em que ninguém olha para o outro com indiferença nem desvia o olhar quando vê o sofrimento dos irmãos.”
Encontro se realizará de 28 de dezembro a 1º de janeiro de 2018
É a exortação do Papa Francisco na mensagem – assinada pelo secretário de Estado vaticano, cardeal Pietro Parolin – aos participantes do Encontro europeu de Taizé em Basileia, na Suíça, deste 28 de dezembro a 1º de janeiro de 2018.
Dirigindo-se aos milhares de jovens provenientes de toda a Europa e também de outros continentes, para viver em Basileia – encruzilhada entre a Suíça, a França e a Alemanha – o 40º encontro organizado e animado pela Comunidade de Taizé, Francisco ressalta que eles são sustentados pelo desejo de encontrar juntos as fontes da alegria. “Esse é o tema que guiará suas reflexões e que iluminará a oração de vocês”, afirma.
Nessa perspectiva, o Papa Francisco quer assegurar sua profunda proximidade espiritual. Efetivamente, como escreveu na Exortação apostólica Evangelii gaudium, “a alegria do Evangelho torna repletos o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Aqueles que se deixam salvar por Ele são libertados do pecado, da tristeza, do vazio interior, do isolamento. Com Jesus Cristo a alegria sempre nasce e renasce” (n. 1).
Do mesmo modo, o Santo Padre tem a felicidade de saber que vocês escolheram participar deste encontro para acolher e aprofundar a mensagem de Jesus que é fonte de alegria para todos aqueles que lhe abrem o coração. O Pontífice agradece a vocês por terem respondido ao chamado do Senhor que reúne todos na alegria de seu amor, lê-se ainda na mensagem.
“ O Papa os encoraja a permitir que esta alegria, que nasce da amizade vivida com Jesus, habite neles, esta alegria que jamais nos fecha aos outros nem aos sofrimentos deste mundo. ”
Francisco “convida-os a permanecer unidos ao Senhor, mediante a oração e a escuta da sua Palavra, a fim de que Ele possa ajudar vocês a gastar seus talentos para fazer crescer uma cultura da misericórdia, baseada na redescoberta do encontro com os outros”.
Ao destacar que neste ano que está para se concluir foram recordados os 500 anos da Reforma, o Pontífice pede ao Espírito Santo que ajude os jovens protestantes, católicos e ortodoxos a se alegrarem e enriquecer com a diversidade dos dons concedidos a todos os discípulos de Cristo, para manifestar que a alegria do Evangelho nos une para além de todas as feridas de nossas divisões.
O Santo Padre os encoraja a não terem medo de percorrer os caminhos da fraternidade a fim de que o encontro de vocês em Basileia, afirma, “torne visível a comunhão alegre que brota da fonte do coração transbordante do Senhor”.
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