"Vocês são como cenobitas em deserto especial"
Cidade do
Vaticano (RV) – O Papa Francisco concluiu sua série de audiências, na
manhã deste sábado (23/9), no Vaticano, recebendo, na Sala Clementina, cerca de
230 participantes no Capítulo Geral da Ordem dos Cistercienses de Estreita Observância.
No discurso que
pronunciou aos presentes, o Santo Padre falou do valor das comunidades
monacais:
“Vou, com o
coração e com a mente, até seus mosteiros, dos quais se elevam as incessantes
orações pela Igreja e pelo mundo inteiro. Agradeço ao Senhor pela presença
insubstituível das Comunidades monacais, que representam uma riqueza espiritual
e uma constante admoestação a buscar ‘as coisas lá do alto’ para viver a
realidade terrena na justa medida”.
Referindo-se aos
trabalhos capitulares dos Cistercienses, o Papa destacou a reflexão e o
intercâmbio de experiências para individuar os objetivos e percursos para
viver, sempre com maior autenticidade, a sua vocação e consagração, sendo
testemunhas de oração assídua, de sobriedade e de unidade na caridade”. E o
Papa os exortou:
Papa encontra Capitulares Cirtencienses
e os encoraja a serem escola de oração e de caridade
|
“A sua vida
contemplativa é caracterizada pela oração assídua, expressão do seu amor a Deus
e reflexo de um amor que abrange toda a humanidade. Por isso, exorto-os a dar
grande importância à meditação da palavra de Deus, especialmente a ‘lectio
divina’, que é fonte de oração e escola de contemplação. Ser contemplativos
requer um caminho fiel e perseverante, para tornar-se homens e mulheres de
oração”.
Não se trata de
ser ‘profissionais”, frisou o Papa, mas apaixonados pela oração, levando em
conta a fidelidade exterior às práticas e às normas para uma relação mais
pessoal com Deus. Assim, vocês se tornam mestres e testemunhas do louvor e da
intercessão pela salvação do mundo. Seus mosteiros continuam sendo espaços
privilegiados, onde se pode encontrar paz verdadeira e felicidade genuína. E
Francisco acrescentou:
“Desde as suas
origens, os Cistercienses de estreita observância se caracterizam por uma
grande sobriedade de vida, uma válida ajuda para se concentrar no essencial. A
sua simplicidade espiritual e existencial mantém todo o seu valor no contexto
cultural, que favorece sua vida monacal interna e externa. Vocês são como
cenobitas em um deserto especial, onde Deus se manifesta na solidão e na
solidariedade”.
Neste sentido, o
Santo Padre disse aos Cistercienses que eles “são solitários e separados do
mundo para encontrar a intimidade divina”, mas também chamados a compartilhar a
experiência espiritual com os irmãos e irmãs, com a contemplação, a liturgia da
Igreja e a acolhida dos que buscam silêncio para viver em paz com Deus. E
Francisco os incentivou:
“Encorajo-os a
serem testemunhas qualificadas da busca de Deus, escola de oração e de caridade
para todos.
O Papa concluiu
seu discurso recordando que “o Capítulo Geral é um a ocasião propícia, para
todos os ramos da Ordem Cisterciense, para renovar, em clima de diálogo e de
escuta recíproca, a comunhão de intenções sempre à busca da Vontade de Deus.
(MT)
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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