Misericórdia é também dar bom conselho e ensinar valores
Cidade do
Vaticano (RV) – A audiência geral desta quarta-feira teve lugar na Sala Paulo
VI, no Vaticano, com a presença de milhares de fiéis, inclusive grupos de
Manaus (AM), Araguari (MG) e Lorena (SP).
Em sua
catequese, o Papa dissertou sobre duas obras espirituais de misericórdia
bastante relacionadas entre si: dar bom conselho e ensinar os ignorantes.
Segundo Francisco, ambas podem ser vividas em nossa vida cotidiana,
especialmente a segunda, ensinar.
“Pensemos por
exemplo nas crianças que ainda são analfabetas, carentes de instrução. Esta é
uma condição de grande injustiça, que lesa a própria dignidade da pessoa. Sem
instrução, as pessoas se tornam fácil alvo da exploração e de várias formas de
marginalização social”.
O aplauso aos
educadores da Igreja
Papa é acolhido com entusiasmo na Sala Paulo VI |
Dar bom
conselho, por sua vez, é procurar ajudar a pessoa confusa, indecisa, duvidosa,
a superar o tormento e a aflição que lhe provocam as suas dúvidas.
Dar bom conselho
é ato de amor
Assim explicou o Papa: “Expressar
misericórdia pelos inseguros equivale a aliviar a dor e o sofrimento que provêm
do medo e da angústia que são consequências da dúvida. É um ato de verdadeiro
amor pelo qual se ampara e apoia a pessoa na fragilidade da sua incerteza e
hesitação”
Alguém poderia
dizer-me: “Padre, tenho tantas dúvidas de fé, que devo fazer?” As dúvidas em
matéria de fé podem ser um sinal de que queremos conhecer melhor Deus e o
mistério do seu amor por nós. Neste sentido positivo, é bom que nos
interroguemos sobre a nossa fé, porque assim somos levados a aprofundá-la. Em
todo o caso, as dúvidas devem ser superadas. Para isso é necessário escutar a
Palavra de Deus e compreender o que nos ensina, principalmente na
catequese.
As dúvidas fazem
crescer
“Não façamos da
fé uma teoria abstrata, onde as dúvidas se multiplicam, mas uma vida,
procurando pô-la em prática no serviço aos nossos irmãos, sobretudo aos mais
necessitados. Então todas as dúvidas desaparecem, porque sentimos a presença de
Deus e a verdade do Evangelho no amor que, sem mérito algum da nossa parte,
habita em nós e partilhamos com os outros”.
Na conclusão, o
Pontífice constatou que estas duas obras de misericórdia não estão distantes de
nossa vida e cada um de nós pode se comprometer em vive-las e colocar em
prática a Palavra do Senhor ao dizer que o mistério do amor de Deus não foi
revelado aos sábios e inteligentes, mas aos menores:
“O ensinamento
mais profundo a que somos chamados a transmitir e a certeza mais segura para
sairmos da dúvida é o amor de Deus, aquele com que fomos amados: um amor
grande, gratuito e doado para sempre”. (CM)
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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