Cidade do
Vaticano (RV) – Assistir os doentes e visitar os detentos: a Audiência Geral
desta quarta-feira (09/11) do Papa Francisco foi dedicada a duas obras de
misericórdia corporais.
O
Pontífice se reuniu com cerca de 20 mil fiéis na Praça S. Pedro e, em sua
catequese, prosseguiu suas reflexões sobre as obras de misericórdia. Doentes e
detentos vivem uma condição que limita a sua liberdade, disse o Papa, e é
quando a perdemos que percebemos a sua preciosidade.
“Jesus nos doou
a possibilidade de ser livres apesar dos limites da doença e das restrições.
Ele nos oferece a liberdade que provém do encontro com Ele e do novo sentido
que este encontro traz à nossa condição humana”, afirmou Francisco.
Visitar um
doente é um ótimo remédio
Com essas obras
de misericórdia, prosseguiu o Senhor nos convida a um gesto de grande
humanidade: a compartilha. Na doença, a pessoa pode experimentar a solidão mais
profunda e uma visita pode ser um ótimo remédio: um sorriso, uma carícia, um
aperto de mão são gestos simples, mas muito importantes para quem se sente abandonado.
“Não deixemos sozinhas as pessoas doentes”, exortou Papa. Para ele, os
hospitais são hoje verdadeiras “catedrais da dor”, onde porém se torna evidente
também a força da caridade.
Julgar não cabe
a nós
A mesma caridade
deve ser demonstrada para com os detentos. Inserindo a visita à prisão entre as
obras de misericórdia, Jesus nos convida, antes de tudo, a não fazer-nos juízes
de ninguém. Qualquer tenha sido o crime cometido pelo prisioneiro, ele continua
sendo amado por Deus, recordou o Papa.
Papa saúda os fiéis |
A experiência
com os presos
Francisco
recordou que Jesus e os apóstolos também viveram a prisão, e portanto
conhecemos o sofrimento que viveram. E contou à multidão que domingo passado,
Jubileu dos encarcerados, à tarde um grupo de presos de Pádua foi visitá-lo e o
Papa lhes perguntou o que fariam no dia seguinte e se surpreendeu com a
resposta: os detentos iam visitar a prisão de Mamertina, para compartilhar a
experiência de São Paulo. “Ouvir isso me fez bem. Aqueles detentos queriam
encontrar Paulo prisioneiro.”
“Como se vê,
finalizou Francisco, essas obras de misericórdia são antigas e, mesmo assim,
sempre atuais. Jesus deixou o que estava fazendo para visitar a sogra de Pedro
e fez uma caridade. Não caiamos na indiferença, mas nos tornemos instrumentos
da misericórdia de Deus para restituir alegria e dignidade a quem a perdeu.” (bf)
Assista:
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