domingo, 20 de novembro de 2016

Arquidiocese de Pouso Alegre

lança Plano de Pastoral

Durante celebração na manhã deste domingo, 20, na Catedral Metropolitana de Pouso Alegre, apresentou aos fiéis e ao clero o Plano Arquidiocesano de Pastoral, fruto da 9ª Assembleia. A celebração foi presidida pelo Arcebispo Metropolitano, Dom José Luiz Majella Delgado – C.ss.R., e concelebrada pelo Vigário Geral, Cônego Wilson Mário de Morais, pelo Cura da Catedral, Cônego Vonilton Augusto Ferreira, e diversos outros padres. Centenas de fiéis participaram da celebração, entre os quais estavam representantes de diversas paróquias da Arquidiocese. O plano hoje apresentado vai guiar os trabalhos até o ano de 2020.
Em sua homilia, o Arcebispo lembrou que estes planos devem nortear todos os trabalhos pastorais na Arquidiocese e que a palavra “comunhão” é indispensável para guiar todo esse processo.
Plano Pastoral
“O Plano de Pastoral não é um subsídio optativo para ser usado por quem quer que seja ou deseja. Ele é o documento oficial para conduzir-nos todos a um serviço de comunhão pastoral, condição fundamental para o testemunho de nosso discipulado missionário. ‘Em comunhão’! Este é o segredo do bom êxito de qualquer iniciativa da Igreja, sobretudo de um Plano de Ação Evangelizadora. ‘Hoje, mais do que nunca, o testemunho de comunhão eclesial e de santidade são uma urgência pastoral’ (DAp 368), afirmou.
Dom Majella também lembrou que apesar de serem três as prioridades assumidas (Comunidade  de Fé em estado permanente de missão; Comunidade de Fé a serviço das famílias; Comunidade de Fé a serviço da vida plena para todos;), existem muitas outras prioridades e desafios pastorais a serem alcançados.
“Apesar de sermos uma região que tem aspectos originais que lhe dão unidade e comunhão, a diversidade religiosa e cultural hoje em dia é notória. O fenômeno acelerado da urbanização que vem provocando a migração. Em muitas comunidades rurais há pouca juventude, pois os jovens migram para as grandes e médias cidades em busca de escolas e trabalho. A degradação ambiental é uma realidade entre nós, precisamos criar uma nova cidadania ecológica. A situação de violência do contexto urbano, com crimes e roubos, apresenta avanço considerável nas áreas rurais, sendo que tem muitas famílias que deixam de ir às celebrações para não deixarem suas casas sozinhas. O desafio da inculturação, decorrente dos processo migratórios, sobretudo nos períodos de grandes safras agrícolas. A necessidade cada vez maior de valorização da religiosidade do povo e da ampliação do ecumenismo e do diálogo inter-religioso. A proximidade das pessoas que estão em estado de risco: nos presídios, nos hospitais”, elencou em sua homilia.
No final da celebração, os representantes do Conselho Arquidiocesano de Pastoral (CAP) receberam das mãos do Arcebispo o exemplar do plano de pastoral e receberam a bênção de envio. O plano Arquidiocesano será apresentado em todas as Paróquias nas missas do domingo à noite.

Leia a homilia de Dom Majella
“Chegamos ao final do Ano Litúrgico. A atenção das leituras bíblicas é orientada para o papel real do Senhor Jesus: herdeiro de Davi para apascentar o povo de Israel. O Evangelho coloca em evidência o papel salvífico de Jesus na Cruz. Cris na cruz reina dando-Se a Si mesmo, perdendo a Sua vida para que o mundo possa viver. A melhor atitude diante desta cena do crucificado é ter consciência dos próprios pecados, arrepender-se deles e tirar da Cruz de Jesus a coragem e a força para mudar de vida. Hoje encerra-se na Basílica de São Pedro, em Roma, o Jubileu Extraordinário da Misericórdia com o fechamento da Porta Santa. O Papa Francisco, ao encerramento deste jubileu, ao encerramento deste Jubileu, nos convida a darmos graças a Deus por nos ter concedido este tempo extraordinário de Graças. Que as portas do nosso coração permaneçam sempre abertas como a verdadeira porta da Misericórdia que é o Coração de Cristo.
Homilia de Dom Majella
Hoje apresentamos à nossa Igreja particular de Pouso Alegre o nosso Plano de Ação Evangelizadora. A Igreja, desde os seus primórdios, obedeceu a certas regras de organização. Ela, sempre missionária, se organizou em vista do Reino de Deus. Elaborar projetos e planejar a ação evangelizadora ajuda-nos a sair de uma ‘pastoral de manutenção’ para uma ‘pastoral missionária’ como sugere o Documento de Aparecida. A Igreja particular de Pouso Alegre segue há vários anos o caminho de planejar a ação pastoral. Este Plano de Ação Evangelizadora que hoje apresentamos às nossas comunidade eclesiais procura transcrever, em projetos, as decisões da 9ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral.
A construção desta 9ª Assembleia de Pastoral realizada neste ano Jubilar Extraordinário da Misericórdia iniciou-se nas comunidades eclesiais em fevereiro de 2015 onde todos os irmãos e irmãs se colocaram a caminho criando corpo, vida e anúncio evangélico e atingiu o seu ponto alto com a realização da Assembleia, onde se chegou às prioridades e sugestões para as ações evangelizadoras desta nossa Igreja Particular, elegendo para o ano de 2016-2020: Família, Missão e Vida plena para todos.
Um Plano Arquidiocesano visa objetivos concretos e acessíveis, mesmo que mantenha o horizonte amplo da ação pastoral evangelizadora e missionária. Por isso o Plano Arquidiocesano de Pastoral ‘caminho de pastoral orgânica, deve ser resposta consciente e eficaz para atender às exigências do mundo de hoje com indicações programáticas concretas, objetivos e métodos de trabalho, formação e valorização dos agentes e procura dos meios necessários que permitam que o anúncio de Cristo chegue às pessoas, modele as comunidades e incida profundamente na sociedade e na cultura mediante o testemunho dos valores do Evangelho (DAp 371)’.
Liturgia Eucarística
O Plano de Pastoral não é um subsídio optativo para ser usado por quem quer que seja ou deseja. Ele é o documento oficial para conduzir-nos todos a um serviço de comunhão pastoral, condição fundamental para o testemunho de nosso discipulado missionário. ‘Em comunhão’! Este é o segredo do bom êxito de qualquer iniciativa da Igreja, sobretudo de um Plano de Ação Evangelizadora. ‘Hoje, mais do que nunca, o testemunho de comunhão eclesial e de santidade são uma urgência pastoral’ (DAp 368).
O ponto de partida da missão da Igreja é Jesus Cristo. Sem o encontro pessoal e contagiante com jesus Cristo não há discípulos nem missionários. O Plano inicia com a nossa história, em seguida a luz que nos ilumina: Documento de Aparecida, as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil – 2016-2019, Exortação Apostólica Evangelium Gaudium, com a única preocupação de encarná-los na realidade arquidiocesana de hoje, o objetivo geral, os novos rumos para o caminho, as recomendações e metas.
A grande proposta é a conversão pastoral, criando comunidade de comunidades, transformando a Igreja numa comunidade acolhedora e em saída, cheia de amor vivo a Jesus e à Sua Palavra. É importante lembrar que, neste momento desafiador da história, não daremos conta de responder às demandas de evangelização se não estivermos unidos, caminhando juntos, em busca de soluções. Destacamos três prioridades: Família, Missão e Vida Plena para todos. Mas ainda são inúmeros os desafios à pastoral.
Apesar de sermos uma região que tem aspectos originais que lhe dão unidade e comunhão, a diversidade religiosa e cultural hoje em dia é notória. O fenômeno acelerado da urbanização que vem provocando a migração. Em muitas comunidades rurais há pouca juventude, pois os jovens migram para as grandes e médias cidades em busca de escolas e trabalho. A degradação ambiental é uma realidade entre nós, precisamos criar uma nova cidadania ecológica. A situação de violência do contexto urbano, com crimes e roubos, apresenta avanço considerável nas áreas rurais, sendo que tem muitas famílias que deixam de ir às celebrações para não deixarem suas casas sozinhas. O desafio da inculturação, decorrente dos processo migratórios, sobretudo nos períodos de grandes safras agrícolas. A necessidade cada vez maior de valorização da religiosidade do povo e da ampliação do ecumenismo e do diálogo inter-religioso. A proximidade das pessoas que estão em estado de risco: nos presídios, nos hospitais. O despertar para a missão além de nossas terras do Sul de Minas.
Hoje estamos recebendo um documento que se trata de um trabalho conjunto decidido em Assembleia Arquidiocesana. Vamos nos colocar a caminho de realização. Sejamos práticos em nossas Comunidades e respectivas paróquias. É ali, nas comunidades, que estes projetos tomarão corpo, vida e anúncio evangélico. Que este novo tempo de evangelização seja cultivado pela colegialidade das nossas ações, pela necessidade e a beleza de ‘caminhar juntos’, pelo esforço de todos para resgatar o sentido da vida em comunidade e recriar o conceito de missão.
A palavra chave deste Plano de ação é Evangelizar. Deus nos guie na missionariedade de todos os dias e na prática dos projetos decididos em nossa 9ª Assembleia Arquidiocesana de Pastoral.
Nossa Senhora indique para todos nós o caminho: Ele, nosso Senhor Jesus Cristo, o ‘Bom Jesus’ que se revelou para nós como Caminho, Verdade e Vida! Que São Sebastião, padroeiro de nossa Arquidiocese, interceda por todos nós. Amém!”.
                                Texto: Pe. Andrey Nicioli   Fotos: Tatiana Ramos – Pascom Catedral
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