"Nos rostos sofridos dos refugiados,
a Igreja vê o Senhor em sua Paixão"
a Igreja vê o Senhor em sua Paixão"
Cidade do
Vaticano (RV) – Na manhã desta quinta-feira (29/09), o Papa recebeu os membros
de organizações de caridade católica que trabalham pela Síria, o Iraque e
países limítrofes na tentativa de atenuar o sofrimento de milhões de pessoas
vítimas dos conflitos atuais.
Francisco
começou seu discurso manifestando tristeza porque não obstante os esforços em
vários âmbitos, a lógica das armas e dos abusos, os interesses obscuros e a
violência continuam a devastar aqueles países, onde o sofrimento e as violações
dos direitos humanos ainda persistem. O grave fenômeno migratório a que
assistimos hoje – denunciou o Papa – é uma das consequências dramáticas mais
visíveis desta situação.
Que Deus inspire os responsáveis pela paz |
“Nos rostos
sofridos de sírios, iraquianos e refugiados em busca de abrigo e proteção, a
Igreja vê o rosto do Senhor durante a sua Paixão”, declarou.
Encorajando os
agentes de caridade, Francisco disse que seu trabalho no campo, ajudando estas
pessoas a salvaguardar sua dignidade, é certamente um reflexo da misericórdia
de Deus e um sinal de que o mal tem limite e não terá a última palavra. É um
sinal de esperança e por ela, agradeço vocês todos e as outras pessoas anônimas
que especialmente neste Ano Jubilar, rezam e intercedem em silêncio pelas
vítimas dos conflitos, principalmente as crianças e os mais frágeis, apoiando
também o seu trabalho”.
A este ponto, o
Papa apelou novamente por ajudas e maiores esforços da comunidade internacional
para pacificar o Oriente Médio, pois “cada um pode e deve ser construtor de
paz”.
“Minha oração é
para que Deus inspire as mentes e os corações de quem tem responsabilidade
política, a fim de que saibam renunciar a seus interesses pessoais e alcançar o
maior bem: a paz”.
O encontro foi
também uma ocasião colhida pelo Papa para agradecer as Nações Unidas e outros
organismos internacionais por sua mediação junto aos governos para concordar o
fim do conflito: um caminho que deve ser percorrido com paciência e urgência, e
no qual a Igreja continuará a dar a sua contribuição.
Enfim, Francisco
dirigiu seu pensamento às comunidades cristãs no Oriente Médio, sofridas pelo
conflito e temorosas pelo futuro. Os cristãos daquela região são hoje o sinal
concreto da misericórdia de Deus. “A eles, toda a minha admiração,
reconhecimento e apoio de toda a Igreja”.
Antes de se
despedir, o Papa confiou todos os agentes da caridade à intercessão de Santa
Teresa de Calcutá, modelo de caridade e misericórdia. (CM)
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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