“Homem fiel pode caminhar de cabeça erguida”
Rádio Vaticano
(RV) – O Papa celebrou a missa pelos 200 anos de fundação da Gendarmeria
Vaticana na manhã deste domingo (18/09), na Basílica de São Pedro.
Francisco tomou
como base para sua reflexão as leituras do dia que apresentam três tipos de
pessoas: o enganador, o explorador e o homem fiel.
Papa com o Corpo da Gendarmeria Vaticana |
Em relação aos
exploradores, o Papa disse que, “infelizmente, é um tipo humano que se encontra
em todas as épocas, e existem tantos hoje”.
“Me impressiona
ver como a corrupção está impregnada em todos os lugares”, lamentou Francisco.
E prosseguiu:
“O enganador ama
enganar e odeia a honestidade. O enganador ama os subornos, os acordos feitos
nas sombras. E o pior de tudo é que ele acredita que é honesto! A ele
não importa – como diz o profeta – pisar os pobres. São aqueles que mantêm as
grandes ‘indústrias do trabalho escravo’. E hoje no mundo o trabalho escravo é
um estilo de administração”.
Neste ponto, o
Papa questionou qual é o dever da Gendarmeria ao longo de dois séculos de
história.
“O dever de
vocês é evitar as coisas ruins feitas pelos exploradores e enganadores. O dever
de vocês é defender e promover a honestidade, e tantas vezes mau pagos. E
também fazê-lo com caridade, ternura e arriscando a própria vida”, disse
Francisco, ao concluir com o terceiro exemplo:
“O homem fiel
pode caminhar de cabeça erguida”. (rb)
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Papa Francisco:
Corrupção vicia; gera pobreza, exploração e sofrimento.
Rádio Vaticano
(RV) - A reflexão do Papa no Angelus deste domingo (18/09) teve como inspiração
a liturgia do dia. Francisco falou aos milhares de fiéis presentes na Praça São
Pedro sobre a diferença entre a "astúcia mundana" e a "astúcia
cristã".
“A mundanidade
se manifesta com comportamentos de corrupção, de engano, de opressão, e
constitui a estrada mais errante, a estrada do pecado, mesmo se é aquela mais
cômoda de ser percorrida. O espírito do Evangelho, ao contrário, requer um
estilo de vida sério e compromissado, marcado pela honestidade, correto, no
respeito aos outros e de sua dignidade, com senso de dever. Esta é a astúcia
cristã!”, esclareceu o Papa.
Escolha justa
Francisco
afirmou que o “percurso da vida comporta uma escolha entre duas estradas”
opostas.
“Não se pode
oscilar entre uma e outra, porque se movem sobre lógicas diferentes e
contrastantes. É importante decidir qual direção tomar e, a seguir, escolhida
aquela justa, caminhar com impulso e determinação, confiando na graça do Senhor
e no apoio de seu Espírito”. disse.
Único Patrão
Jesus –
prosseguiu o Papa – “hoje nos exorta a fazer uma escolha clara entre Ele e o
espírito do mundo, entre a lógica da corrupção e da cobiça, entre aquela da
retidão e da partilha”.
Francisco saúda os fiéis |
“Alguns se
comportam com a corrupção como com as drogas: pensa que pode usá-la e parar
quando quiser. Porém, a corrupção vicia e gera pobreza, exploração e
sofrimento. E quantas vítimas existem hoje no mundo, desta corrupção difusa.
Quando, ao contrário, procuramos seguir a lógica evangélica da integridade
(...) servimos ao patrão justo: Deus”.
Ao saudar os
presentes na Praça São Pedro, Francisco recordou que visitará Assis na próxima
terça-feira por ocasião do Dia de Oração pela Paz e convidou todos a rezarem
pela paz.
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Abaixo, a
íntegra da alocução do Papa com a tradução da redação brasileira.
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Caros irmãos e
irmãs, bom dia!
Hoje Jesus nos
leva a refletir sobre dois estilos de vida contrastantes: aquele mundano e
aquele do Evangelho. E o faz por meio da parábola do administrador infiel e
corrupto, que é louvado por Jesus apesar de sua desonestidade.
É preciso
esclarecer imediatamente que este administrador não é apresentado como um
modelo a ser seguido, mas como exemplo de dissimulação. Este homem é acusado de
má administração dos negócios de seu patrão e, antes de ser afastado, procura
com astúcia conquistar a confiança dos devedores, tomando parte dos débitos para
assegurar seu futuro. Comentando este comportamento, Jesus observa: “Os filhos
deste mundo, de fato, para com os seu semelhantes são mais astutos que os
filhos da luz”.
A esta astúcia
mundana somos chamados a responder com a astúcia cristã, que é o dom do
Espírito Santo. Trata-se de se afastar do espírito e dos valores do mundo, que
são tão apreciados pelo demônio, para viver de acordo com o Evangelho. A
mundanidade se manifesta com comportamentos de corrupção, de engano, de
opressão, e constitui a estrada mais errante, a estrada do pecado, mesmo se é
aquela mais cômoda de ser percorrida. O espírito do Evangelho, ao contrário,
requer um estilo de vida sério e compromissado, marcado pela honestidade,
correto, no respeito aos outros e de sua dignidade, com senso de dever. Esta é
a astúcia cristã!
O percurso da
vida comporta uma escolha entre duas estradas: entre honestidade e
desonestidade, entre fidelidade e infidelidades, entre egoísmo e altruísmo,
entre o bem e o mal. Não se pode oscilar entre uma e outra, porque se movem
sobre lógicas diferentes e contrastantes. É importante decidir qual direção
tomar e, a seguir, escolhida aquela justa, caminhar com impulso e determinação,
confiando na graça do Senhor e no apoio de seu Espírito. Forte e categórica é a
conclusão do trecho do Evangelho: “Nenhum servo pode servir a dois patrões,
porque ou odiará um e amará o outro, o mesmo se afeiçoará a um e desprezará o
outro”.
Jesus hoje nos
exorta a fazer uma escolha clara entre Ele e o espírito do mundo, entre a
lógica da corrupção e da cobiça, entre aquela da retidão e da partilha.
Alguns se
comportam com a corrupção como com as drogas: pensa que pode usá-la e parar
quando quiser. Porém, a corrupção vicia e gera pobreza, exploração e
sofrimento. Quando, ao contrário, procuramos seguir a lógica evangélica da
integridade, da pureza nas intenções e nos comportamentos, da fraternidade, nos
transformamos em artesãos de justiça e abrimos horizontes de esperança para a
humanidade. Na gratuidade e na doação de nós mesmos aos irmãos, servimos ao
patrão justo: Deus.
Que Nossa
Senhora nos ajude a escolher em todas as ocasiões e a todo custo a estrada
justa, encontrando também a coragem de ir contracorrente para seguir Jesus e
seu Evangelho.
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Assista:
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Papa convoca Dia de Oração pela Paz
Cidade do
Vaticano (RV) – Nesta terça-feira (20/09) o Papa irá à Assis, no âmbito dos 30 anos do histórico Encontro de
Oração pela Paz realizado em 27 de outubro de 1986, por desejo João Paulo II.
No Angelus de
domingo, Francisco recordou que existe guerra por tudo e pediu que a terça-feira,
dia da visita, seja vivida como um Dia de Oração pela Paz:
“Convido as
paróquias, as associações eclesiais e cada fiel de todo o mundo a viver este
dia como um Dia de Oração pela Paz. Hoje, mais do que nunca, temos necessidade
de paz nesta guerra que existe por tudo no mundo. Rezemos pela paz! À exemplo
de São Francisco, homem de fraternidade e clemência, somos todos chamados a
oferecer ao mundo um forte testemunho de nosso compromisso comum pela paz e a
reconciliação entre os povos. Assim, terça-feira, todos unidos em oração: cada
um tome um tempo, aquele que puder, para rezar pela paz. Todo o mundo unido”.
Ao longo de seu
pontificado Francisco já havia convocado outras iniciativas de oração pela paz,
especialmente pela Síria. (JE)
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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