que impedem de sentir a real presença de Deus
Rádio Vaticano
(RV) – “É a misericórdia que salva”. Inspirado nesta afirmação do Evangelho de
Mateus, o Papa Francisco conduziu a Audiência Geral de quarta-feira (7/9) e
citou a dúvida da “noite escura no coração” de João Batista, que não entendia o
“estilo muito diferente” de agir de Cristo – “o instrumento concreto da
misericórdia do Pai”.
“A justiça que
João Batista colocava ao centro da sua pregação, em Jesus se manifesta em
primeiro lugar como misericórdia. Esta passa a ser a síntese do agir de Jesus,
que desta maneira torna visível e tangível o agir do próprio Deus”.
Uma mensagem
muito clara também para a Igreja, afirmou o Papa:
“... peçamos o dom de uma fé grande para que também nós sejamos sinais e instrumentos de misericórdia” |
Ao recordar
novamente o Evangelho de Mateus, no trecho em que Jesus diz “bem-aventurado
aquele que não vê em mim motivo de escândalo”, o Papa explicou que “escândalo
significa obstáculo”.
“A advertência
de Jesus é sempre atual: também hoje o homem constrói imagens de Deus que lhe
impede de sentir a sua real presença”.
A partir desse
aviso, Francisco elencou cinco destes obstáculos atuais:
1. “Alguns tecem
uma fé ‘faça você mesmo’ que reduz Deus ao espaço limitado dos próprios desejos
e das próprias convicções. Mas esta fé não é conversão ao Senhor que se revela,
ao contrário, impede-O de provocar a nossa vida e a nossa consciência”.
2. “Outros
reduzem Deus a um falso ídolo; usam seu santo nome para justificar os próprios
interesses ou até mesmo o ódio e a violência”.
3. “Para outros
Deus é somente um refúgio psicológico no qual estar seguro nos momentos
difíceis: trata-se de uma fé dobrada em si mesma, impermeável à força do amor
misericordioso de Jesus que conduz em direção aos irmãos”.
4. “Outros ainda
consideram Cristo somente um bom mestre de ensinamentos éticos, um entre tantos
na história”.
5. “Finalmente,
há quem sufoca a fé em uma relação puramente intimista com Jesus, anulando o
seu impulso missionário capaz de transformar o mundo e a história.
“Nós cristãos
acreditamos no Deus de Jesus Cristo, e o seu desejo é aquele de crescer na
experiência viva do seu mistério de amor”, afirmou o Papa – e concluiu:
“Tenhamos o
compromisso de não colocar nenhum obstáculo ao agir misericordioso do Pai, e
peçamos o dom de uma fé grande para que também nós sejamos sinais e
instrumentos de misericórdia”. (rb)
Assista:
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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