Nossa Senhora Aparecida e reza pelo Brasil
Em suas breves
palavras espontâneas, o Papa disse:
Bênção da Imagem de Nossa Senhora Aparecida |
“Estou contente
de que a imagem de Nossa Senhora Aparecida esteja aqui nos Jardins. Em 2013,
havia prometido retornar, no próximo ano, a Aparecida. Não sei se será
possível. Mas, pelo menos, estou mais próximo dela aqui. Convido-lhes a rezar
para que ela continue a proteger todo o Brasil, todo o povo brasileiro, neste
momento triste. Que ela proteja os pobres, os descartados, os idosos
abandonados, os meninos de rua. Que ela salve o seu povo, com a justiça social
e o amor de seu Filho, Jesus Cristo”.
Francisco
concluiu exortando a pedir a ela, com amor, por todo o povo brasileiro. Ela,
recordou o Papa, foi encontrada por pobres trabalhadores; que hoje ela seja
encontrada, de modo especial, por todos aqueles que precisam de trabalho, de
educação e por aqueles que estão privados da dignidade.
Por fim, o Santo
Padre convidou os presentes a rezar a Ave Maria. Depois, pediu que cantassem um
canta dedicado a Nossa Senhora Aparecida.
O Papa se
despediu dos presentes, - entre os quais se encontravam autoridades civis e
religiosas do Brasil, com destaque para Dom Raimundo Damasceno Assis, -
concedendo a todos a sua Bênção Apostólica. (MT)
Assista:
Papa Francisco:
O amor de Deus nunca diminuirá
nas nossas vidas e na história do mundo
Cidade do
Vaticano (RV) - “Estai sempre prontos para a solidariedade, fortes na
proximidade, diligentes para despertar alegria e convincentes na consolação. O
mundo precisa de sinais concretos de solidariedade, especialmente diante da
tentação da indiferença.”
Foi a exortação
do Pontífice ao participantes do Jubileu dos Agentes de Misericórdia, cujo
evento teve lugar na manhã deste sábado (03/09) na Praça São Pedro, lotada de
voluntários provenientes de todas as partes do mundo, cerca de 24 mil, aos
quais o Papa Francisco reiterou o convite a serem agentes de misericórdia
diante da tentação da indiferença.
O Jubileu dos
Agentes de Misericórdia teve início na sexta-feira tem seu ponto alto este
sábado com o encontro com o Santo Padre e terá sua coroação este domingo com a
canonização de Madre Teresa de Calcutá, exemplo incansável de agente da
Misericórdia de Deus.
Em seu discurso,
o Papa ateve-se ao hino do amor que o apóstolo Paulo escreveu para a comunidade
de Corinto (Cor 13,1-13) definindo-o como uma das páginas mais belas e
exigentes para o testemunho da nossa fé.
O apóstolo
afirma que “ao contrário da fé e da esperança, o amor «jamais acabará». Este
ensinamento deve ser para nós uma certeza inabalável; o amor de Deus nunca
diminuirá nas nossas vidas e na história do mundo. É um amor que permanece para
sempre jovem, ativo, dinâmico capaz de atrair para si de modo incomparável. É
um amor fiel que não trai, apesar das nossas contradições”, ressaltou.
Descrevendo-o,
Francisco disse tratar-se de “é um amor que permanece para sempre jovem, ativo,
dinâmico capaz de atrair para si de modo incomparável. É um amor fiel que não
trai, apesar das nossas contradições. É um amor fecundo que gera e conduz para
além da nossa preguiça. É desse amor que todos nós somos testemunhas”.
O Pontífice
frisou que o amor de Deus, que vem ao nosso encontro, “é como um rio na cheia
que nos arrasta, mas sem nos anular; muito pelo contrário, é uma condição de
vida”, observou, acrescentando que “quanto mais nos deixamos envolver por este
amor, mas a nossa vida se regenera. Deveríamos dizer com toda a nossa força:
sou amado, logo existo!”.
Papa celebra Jubileu dos Agentes da Misericórdia |
“O amor de que o
Apóstolo fala não é algo abstrato e vago; pelo contrário, é um amor que se vê,
se toca e se experimenta em primeira pessoa. A maior e mais expressiva forma
desse amor é Jesus. Toda a sua pessoa e a sua vida não são outra coisa senão a
manifestação concreta do amor do Pai, chegando até o ponto culminante: «A prova
de que Deus nos ama é que Cristo morreu por nós, quando éramos ainda pecadores»
(Rm 5,8).”
Diante deste
conteúdo tão essencial da fé, prosseguiu o Papa, “a Igreja nunca poderia
permitir-se fazer como fizeram o sacerdote e o levita com o homem deixado meio
morto por terra (cf. Lc 10,25-36). Não é possível desviar o olhar e tomar outra
direção para não ver as muitas formas de pobreza que pedem misericórdia”.
Ditas tais
palavras, Francisco fez uma premente admoestação, um imperioso dever evangélico
diante do qual a Igreja e nenhum cristão pode furtar-se:
“Não seria digno
da Igreja nem de um cristão “passar ao largo”, supondo que se pode ter a
consciência tranquila só por termos rezado! O Calvário é sempre atual; de
nenhum modo deixou de existir, nem permanece como uma bela pintura nas nossas
igrejas. O vértice de “com-paixão”, de onde brota o amor de Deus diante da
miséria humana, ainda fala aos nossos dias e impele sempre a dar novos sinais
de misericórdia.”
“Nunca me
cansarei de dizer que a misericórdia de Deus não é uma ideia bonita, mas uma
ação concreta”, advertiu o Santo Padre; “e mesmo a misericórdia humana não é
autêntica enquanto não alcança a concretização no seu agir diário. A exortação
do Apóstolo João permanece sempre válida: «Filhinhos, não amemos só com
palavras e de boca, mas com ações e de verdade!» (1 Jo 3,18)”.
De fato, “a
verdade da misericórdia se confirma nos nossos gestos de cada dia, que tornam
visível a ação de Deus no meio de nós”, acrescentou.
Em seguida,
Francisco dirigiu-se diretamente ao multifacetário mundo do voluntariado:.
“Irmãos e irmãs,
vós representais aqui o grande e variado mundo do voluntariado. Sois justamente
vós uma das realidades mais preciosas da Igreja que, muitas vezes no silêncio e
escondidos, dais forma e visibilidade à misericórdia. Exprimis o desejo - entre
os mais belos no coração do homem: fazer com que a pessoa que sofre se sinta
amada. Em diferentes condições de carência e nas necessidades de tantas
pessoas, a vossa presença é a mão de Cristo estendida que alcança a todos.
A credibilidade
da Igreja, observou com ênfase, “passa de forma convincente através do vosso
serviço com as crianças abandonadas, os doentes, os pobres sem comida e
trabalho, os idosos, os sem-abrigo, os prisioneiros, refugiados e migrantes, as
pessoas afetadas por desastres naturais... enfim, onde quer que exista um
pedido de ajuda, ali chega o vosso testemunho ativo e desinteressado. Tornais
visível a lei de Cristo: levar os pesos uns dos outros (cf. Gal 6,2, Jo 13,34).
Francisco concluiu
com uma premente exortação aos Operadores de Misericórdia do mundo inteiro:
“Estai sempre
prontos para a solidariedade, fortes na proximidade, diligentes para despertar
alegria e convincentes na consolação. O mundo precisa de sinais concretos de
solidariedade, especialmente diante da tentação da indiferença, e exige pessoas
capazes de opor-se com as suas vidas o individualismo: pensar só a si mesmo,
ignorando os irmãos em necessidade.”
Antes de
despedir-se, quis deixar uma advertência: “Estai sempre contentes e cheios de
alegria pelo vosso serviço, mas nunca fazei dele um motivo de presunção que
leva a se sentir melhor do que os outros. Em vez disso, que a vossa obra de
misericórdia seja a prolongação humilde e eloquente de Jesus Cristo, que
continua a se curvar e cuidar daqueles que sofrem”.
Por fim,
Francisco lembrou que este domingo teremos a alegria de ver Madre Teresa
proclamada santa: “Este testemunho da misericórdia dos nossos tempos se une à
fileira inumerável de homens e mulheres que tornaram visíveis com a sua
santidade o amor de Cristo. Imitemos nós também o seu exemplo, e peçamos para
ser humildes instrumentos nas mãos de Deus para aliviar o sofrimento do mundo e
dar a alegria e a esperança da ressurreição”. (RL)
Assista:
Fonte: radiovaticana.va news.va
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