"Encontro com Deus é como o primeiro amor"
Cidade do
Vaticano (RV) – Jesus jamais se esquece do dia em que nos encontrou pela
primeira vez; peçamos a Deus também “a graça da memória”, para nos lembrarmos
sempre. Este foi o centro da homilia do Papa Francisco na missa celebrada na
manhã de sexta-feira, 24, na Capela da Casa Santa Marta.
Um encontro: foi
o modo escolhido por Jesus para mudar a vida dos outros. Aquele com Paulo de
Tarso, perseguidor anticristão que quando chegou a Damasco já era um Apóstolo,
foi emblemático. O Papa se deteve neste conhecido episódio da liturgia do dia,
mas citou a variedade de encontros contidos nas narrações do Evangelho.
O primeiro
encontro
"A nossa fé é um encontro com Jesus" |
Francisco
considera o primeiro encontro com Jesus como aquele que ‘muda a vida’ de quem
está à sua frente. João e André, que passam ‘toda a noite’ com o Mestre, Simão
que logo se torna a ‘pedra’ da nova comunidade; depois, a Samaritana, o leproso
que volta para agradecer por ter sido curado, a mulher doente que se recupera
depois de tocar a túnica de Cristo. Foram encontros decisivos, que devem
induzir um cristão – afirma o Papa – a nunca se esquecer do seu primeiro
contato com Jesus:
“Ele nunca se
esquece, mas nós nos esquecemos do encontro com Jesus. Seria um bom dever de
casa pensar nisso: Quando senti realmente a necessidade de ter o Senhor perto
de mim? Quando notei que tinha que mudar de vida, ser melhor, ou perdoar uma
pessoa? Quando ouvi o Senhor me pedir alguma coisa? Quando encontrei o
Senhor?”. “A nossa fé – prosseguiu Francisco – é um encontro com Jesus. Este é
o fundamento da fé: encontrei Jesus como Saulo hoje”.
A memória de
todo dia
O Papa pediu aos
presentes: “Questionemo-nos sinceramente: Quando me disse algo que mudou a
minha vida ou me convidou a dar um passo à frente, na vida?”.
“Esta é uma bela
oração e recomendo que a façam todos os dias. E quando lembrar, alegre-se, é
uma recordação de amor. Outra sugestão bonita seria ler as estórias do
Evangelho e ver como Jesus se encontrava com as pessoas, como escolheu os
Apóstolos...”.
Não nos
esqueçamos do primeiro amor
“Também não
devemos nos esquecer – conclui Francisco – que Cristo vê “o relacionamento
conosco” como uma predileção, uma relação de amor “face a face”: “Rezar e pedir
a graça da memória: Quando, Senhor, tivemos o primeiro encontro, quando foi o
primeiro amor? Para não ouvir a repreensão que o Senhor fez no Apocalipse:
Tenho isso contra você, que se esqueceu do primeiro amor”. (CM)
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Fonte: radiovaticana.va
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