Ser obediente é estar aberto à vontade de Deus
Cidade do
Vaticano (RV) – O Papa Francisco celebrou a missa matutina desta quinta-feira
(16/04) na intenção do seu predecessor, Bento XVI, que completa 88
anos. “Gostaria de lembrar que hoje é o aniversário de Bento XVI. Ofereci
a missa para ele (Bento XVI) e também convido todos a rezarem por ele, para que
o Senhor o sustente e lhe dê tantas alegrias e felicidades”, disse Francisco.
Na homilia, o Pontífice comentou a liturgia do dia, que fala da obediência.
Sinal de coragem
"É preciso obedecer antes a Deus do que aos homens" |
Teimosia
“Mas estes eram
doutores, tinham estudado a história do povo, tinham estudado as profecias, a
lei, conheciam assim toda a teologia do povo de Israel, a revelação de Deus,
sabiam tudo, eram doutores, e foram incapazes de reconhecer a salvação de Deus.
Mas como é possível essa dureza de coração? Porque não é dureza de cabeça, não
é simples ‘teimosia”. É a dureza… E pode-se perguntar: como é o percurso desta
teimosia, que é total, de cabeça e de coração?”.
“A história
desta teimosia, o itinerário – destacou o Papa - é o fechar-se em si mesmo, não
dialogar, é a falta de diálogo”:
“Eles não sabiam
dialogar, não sabiam dialogar com Deus, porque não sabiam rezar e ouvir a voz
do Senhor, e não sabiam dialogar com os outros. ‘Mas por que esta
interpretação?’. Somente interpretavam como era a lei para fazê-la mais
precisa, mas estavam fechados aos sinais de Deus na história, estavam fechados
ao seu povo. Estavam fechados, fechados. E a falta de diálogo, este fechamento
do coração, os levou a não obedecer a Deus. Este é o drama desses doutores de
Israel, desses teólogos do povo de Deus: não sabiam ouvir, não sabiam dialogar.
O diálogo se faz com Deus e com os irmãos”.
Diálogo
E o sinal que
revela que uma pessoa “não sabe dialogar”, “não está aberta à voz do Senhor,
aos sinais que o Senhor faz no povo” é a “fúria e a vontade de calar os
que pregam, neste caso, a novidade de Deus, isto é, Jesus ressuscitado. Não têm
razão, mas chegam a isso. É um itinerário doloroso. Estes são os mesmos que
pagaram os guardiões do sepulcro para dizer que os discípulos tinham roubado o
corpo de Jesus. Fazem de tudo para não abrirem-se à voz de Deus”:
“E nesta Missa
rezemos pelos mestres, pelos doutores, por aqueles que ensinam ao povo sobre
Deus, para que não se fechem, para que dialoguem e, assim, se salvem da ira de
Deus que, se não mudarem atitude, permanecerá sobre eles”. (BF)
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Fonte: radiovaticana.va
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