Pouco mais de
147,9 milhões de eleitores estarão aptos a comparecer às urnas nos próximos dia
15 (primeiro turno) e 29 (segundo turno) de novembro para escolher 5.568
prefeitos, 5.568 vice-prefeitos e 57.942 vereadores em todo o Brasil, segundo
informações da Corregedoria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O Tribunal
também estima que 750 mil candidatos disputarão as vagas de prefeito e vereador
— não há eleições municipais no Distrito Federal.
Foi pensando
neste período eleitoral que as Igrejas Particulares estão oferecendo cartilhas
com orientações políticas para os cristãos católicos. O regional Sul 2 da
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que abrange o Estado do
Paraná, costumeiramente elabora o material. Este ano a produção contou com a
participação e colaboração da Assessoria Política da CNBB Nacional, a pedido da
presidência da entidade.
O subsídio é
destinado a eleitores e candidatos, grupos de reflexão, paróquias e
comunidades. Com o título “Os cristãos e as eleições”, a cartilha tem como
tema “A boa política está a serviço da vida e da paz”. “O objetivo do
subsídio é contribuir para a formação de uma sadia consciência política,
motivá-las à participação no processo político e fornecer critérios para
orientá-las nas eleições municipais”, informa o Regional Sul 2 da CNBB.
Colaboração
A cartilha foi
elaborada por uma equipe de especialistas nas áreas do Direito Constitucional,
Direito Eleitoral, Filosofia, Sociologia, História e Cultura, Fé e Política, e
visa contribuir para a formação de uma sadia consciência política e motivar a
participação no processo político em vista das eleições municipais de 2020.
De acordo com o
Assessor Político da CNBB, padre Paulo Renato Campos, a participação da
Assessoria Política da CNBB ocorre desde as últimas eleições, em 2018, quando
colaborou na elaboração da cartilha.
“É um material
regional, mas que é oferecido à Igreja e que tem uma aceitação muito boa dos
regionais e dos bispos. E por isso a gente faz parte na elaboração, neste ano
com um olhar atento ao conteúdo. A ideia é aproveitar o material produzido pelo
regional que possa ser oferecido a todo o Brasil“, explica.
Conteúdo
Dividida em três
partes, a cartilha aborda temas relevantes da atualidade, como a cultura da
polarização e as fake news, as mudanças na legislação eleitoral e a
descrição das funções dos cargos em disputa. Possui linguagem de fácil
compreensão com indicações básicas sobre o universo da política, a partir do
olhar da Igreja Católica, que não se identifica com nenhuma ideologia ou
partido político.
Clique (aqui)
e confira outros vídeos produzidos pelo regional Sul 2.
Igreja em
Alagoas
A Província
Eclesiástica de Maceió, que reúne além da arquidiocese alagoana as dioceses de
Palmeira dos Índios e Penedo, também lançou a cartilha “Eleições 2020”. O
subsídio traz informações sobre a realização do pleito em meio à pandemia, a
importância do voto, o papel dos poderes Legislativo e Executivo no âmbito
municipal, e como fiscalizar recursos públicos e denunciar crimes eleitorais.
“A coisa pública
é de alta responsabilidade para nós cristãos. Não adianta ficar lamentando que
os políticos não estejam agradando. Devemos saber na hora da escolha, quem
elegemos para os mandatos”, afirmou o arcebispo de Maceió, dom Antônio Muniz
Fernandes.
Com base na
Doutrina Social da Igreja, a cartilha foi elaborada pela Comissão de Fé e
Política de Maceió e está disponível
gratuitamente para os eleitores no site da arquidiocese. O documento também
foi entregue aos candidatos a prefeitos e vereadores. Além disso, até novembro
será publicada uma série de vídeos na internet destacando os principais pontos
do subsídio.
“Queremos mostrar o que pensa, o que faz a Igreja Católica nesse âmbito. Trata-se de princípios que devem reger aquilo que vai ser a política pública de um prefeito e o dever de um vereador. As políticas públicas são o que nos interessam, como a educação, a vida, desde o nascituro àquele que vai morrer, o trabalho e o amparo aos pobres”, explicou o coordenador da Comissão Arquidiocesana de Fé e Política, cônego Walfran Fonseca.
Com informações
do regional Sul 2 e da Arquidiocese de Maceió
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