Liberdade conquistada graças às raízes cristãs
O Papa Francisco
chegou na manhã desta segunda-feira à Letônia, segunda etapa desta sua viagem
aos Países Bálticos. Após a cerimônia oficial de boas-vindas no Aeroporto
Internacional de Riga, o Pontífice seguiu para o Palácio Presidencial.
Cidade do
Vaticano - No terceiro de
seus quatro dias nos Países Bálticos, depois de 263km percorridos em 1 hora a
bordo do voo CS300 da Air Baltic, o Papa Francisco, chegou na manhã desta
segunda-feira ao Aeroporto Internacional de Riga, onde foi recebido pelo
presidente da República da Letônia Raimonds Vejonis e por duas crianças em
vestes tradicionais, que lhe ofereceram flores. Dos 1 milhão e
980 mil habitantes do país, 413 mil se declaram católicos.
Após passar em
revista a Guarda de Honra, o Papa dirigiu-se à Sala Vip do Aeroporto, onde foi
homenageado por jovens com música tradicional. Em seguida, seguiu para o
Palácio Presidencial para a cerimônia de boas-vindas.
Honras às
bandeiras, Guarda de Honra, a apresentação das delegações: após a cerimônia
oficial de boas-vindas o Pontífice, acompanhado pelo presidente, transferiu-se
ao Salão Branco para a foto oficial, a assinatura do Livro de Honra e a troca
de dons. Na sequência, já no Salão dos Embaixadores, o encontro privado entre o
presidente da República e o Papa Francisco, que concluiu-se com a apresentação
dos familiares do mandatário ao Santo Padre.
Por fim, em uma
salão onde estão presentes 500 pessoas, o Pontífice proferiu o seu discurso:
“É motivo de
alegria poder-me encontrar pela primeira vez na Letônia e nesta cidade que,
como todo o seu país, sofreu duras provações sociais, políticas, econômicas e
mesmo espirituais, devidas às divisões e conflitos do passado; hoje, porém,
tornou-se um dos principais centros culturais, políticos e portuários da
região”, disse o Francisco.
Letônia, lugar
de diálogo e encontro
“Creio que bem
se podem aplicar-lhes as palavras do Salmista: «Tu converteste o meu pranto em
festa». A Letônia, terra dos dainas, soube mudar o seu pranto e o seu
sofrimento em canto e festa e esforçou-se por se transformar num lugar de
diálogo e encontro, de convivência pacífica que procura olhar para diante”,
frisou ainda o Papa.
O Pontífice
recordou o centenário de independência da Letônia, “momento significativo na
vida da sociedade inteira. Vocês conhecem bem o preço desta liberdade, que
tiveram de conquistar uma e outra vez. Uma liberdade que se tornou possível
graças às suas raízes, como gostava de lembrar Zenta Maurina que
serviu de inspiração a muitos de vocês: «As minhas raízes estão no céu».”
“Sem esta
capacidade de olhar para o alto, de fazer apelo a horizontes mais altos, que
nos lembram aquela «dignidade transcendente» que é parte integrante de todo o
ser humano, não teria sido possível a reconstrução de sua nação.”
"Esta
capacidade espiritual de olhar mais além, que se concretiza em pequenos gestos
diários de solidariedade, compaixão e ajuda mútua, os sustentou,
conferindo a vocês, por sua vez, a criatividade necessária para dar vida a
novas dinâmicas sociais contra todas as tentativas reducionistas e de exclusão
que sempre ameaçam o tecido social.”
Comunhão nas
diferenças
O Papa frisou
que se alegra em saber que no coração das raízes que constituem a Letônia,
“encontra-se a Igreja Católica numa obra de plena colaboração com as outras
Igrejas cristãs, sinal de que é possível desenvolver uma comunhão nas
diferenças; isto verifica-se quando as pessoas têm a coragem de ultrapassar a
superfície conflituosa e se contemplam na sua dignidade mais profunda".
"Assim,
podemos afirmar que todas as vezes que aprendemos, como pessoas e comunidades,
a olhar para mais alto do que nós mesmos e os nossos interesses particulares, a
compreensão e o compromisso recíprocos transformam-se em solidariedade; e esta,
entendida no seu significado mais profundo e desafiador, torna-se um modo de
construir a história, numa área onde os conflitos, as tensões e mesmo aqueles a
quem seria possível considerar como contrapostos no passado, podem alcançar uma
unidade multiforme que gera nova vida.”
O Evangelho que
alimentou a vida do povo letão possa “continuar abrindo estradas para enfrentar
os desafios atuais, valorizando as diferenças e sobretudo promovendo a
comum-união entre todos”, desejou Francisco.
Continuar
apostando na liberdade
Segundo o Papa,
a celebração do centenário da Letônia “nos lembra a importância de continuar
apostando na liberdade e na independência” do país, “que são certamente um dom
mas também uma tarefa que cabe a todos".
“Trabalhar pela
liberdade significa comprometer-se num desenvolvimento integral e integrante
das pessoas e da comunidade.”
“Se hoje podemos
celebrá-lo é graças a muitos que abriram estradas, portas, futuro e lhes
deixaram em herança a mesma responsabilidade: abrir futuro tendo em vista que
tudo esteja ao serviço da vida, gere vida. Neste sentido, no final deste
encontro, iremos ao Monumento da Liberdade, onde estarão presentes crianças,
jovens e famílias.”
Construção do
futuro
“Eles
lembram-nos que a «maternidade» da Letônia – analogia sugerida pelo
lema desta viagem – encontra eco na capacidade de promover estratégias que
sejam verdadeiramente eficazes e focalizadas mais nos rostos concretos destas
famílias, destes idosos, crianças e jovens, do que no primado da economia sobre
a vida.”
Segundo o Papa,
“a «maternidade» da Letônia manifesta-se também na capacidade de criar
oportunidades de trabalho, para que ninguém precise de desenraizar-se para
construir o seu futuro. O índice de desenvolvimento humano mede-se também pela
capacidade de crescer e multiplicar-se.”
“O
desenvolvimento das comunidades não se realiza nem se mede apenas pela
capacidade de bens e recursos que se possui, mas pelo desejo que se tem de
gerar vida e criar futuro.”
Isto só é
possível na medida em que houver raízes no passado, criatividade no presente,
confiança e esperança no amanhã. E mede-se pela capacidade de se gastar e
apostar, como nos souberam testemunhar as gerações passadas”, concluiu
Francisco.
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Papa Francisco:
Fazer de
cada situação
uma oportunidade de comunhão e reconciliação
uma oportunidade de comunhão e reconciliação
O
"«ecumenismo vivo», sendo uma das caraterísticas peculiares da Letônia. É,
sem dúvida alguma, um motivo de esperança e ação de graças”, disse Francisco
Cidade do
Vaticano - O segundo
compromisso do Papa Francisco na Letônia, nesta segunda-feira (24/09), foi a
oração ecumênica na Catedral evangélica luterana de Santa Maria, em Riga, que
há mais de 800 anos hospeda a vida cristã dessa cidade.
Francisco
manifestou alegria de estar “nesta terra que se caracteriza por realizar um
caminho de respeito, colaboração e amizade entre as diferentes Igrejas cristãs,
que conseguiram gerar unidade mantendo a riqueza e a singularidade próprias de
cada uma. Atrevo-me a dizer que é um «ecumenismo vivo», sendo uma das
caraterísticas peculiares da Letônia. É, sem dúvida alguma, um motivo de
esperança e ação de graças”.
A casa-catedral
A
“casa-catedral”, assim chamada pelo Papa, é una “testemunha fiel de muitos
irmãos nossos que dela se aproximaram para adorar, rezar e sustentar a
esperança em tempos de tribulação e encontrar coragem para enfrentar períodos
cheios de injustiça e sofrimento”.
“Hoje,
hospeda-nos para que o Espírito Santo continue tecendo artesanalmente laços de
comunhão entre nós e, assim, faça também de nós artesãos de unidade no meio do
nosso povo, para que as nossas diferenças não se tornem divisões."
“Deixemos que o
Espírito Santo nos revista com as armas do diálogo, da compreensão, da busca do
respeito mútuo e da fraternidade.”
O Pontífice
enfatizou que “nesta catedral, encontra-se um dos órgãos mais antigos da Europa
e que, no momento da sua inauguração, era o maior do mundo. Podemos imaginar
como acompanhou a vida, a criatividade, a imaginação e a piedade de todos
aqueles que se deixavam envolver por sua melodia”.
“Foi instrumento
de Deus e dos homens, para elevar o olhar e o coração. Hoje é um emblema desta
cidade e desta catedral. Para o «residente» neste lugar, representa mais do que
um órgão monumental, faz parte da sua vida, da sua tradição, da sua identidade;
ao passo que, para o turista, é naturalmente um objeto artístico a ser
conhecido e fotografado."
"E este é
um perigo que se corre sempre: passar de residentes a turistas, fazendo daquilo
que nos identifica um objeto do passado, uma atração turística e de museu
que recorda os feitos de outrora, de alto valor histórico, mas que deixou de
fazer vibrar o coração de quantos o escutam.”
A seguir, o Papa
acrescentou:
“Com a fé, pode
acontecer exatamente a mesma coisa. Podemos deixar de nos sentir cristãos
residentes, para nos tornarmos turistas.”
"Mais, é
possível afirmar que toda a nossa tradição cristã pode sofrer a mesma sorte:
acabar reduzida a um objeto do passado que, fechado dentro das paredes das
nossas igrejas, deixa de produzir uma melodia capaz de mover e inspirar a vida
e o coração daqueles que a ouvem. Porém, como afirma o evangelho que
ouvimos, a nossa fé não é para ficar oculta, mas para se dar a conhecer
fazendo-a ressoar nos diferentes setores da sociedade, a fim de que todos
possam contemplar a sua beleza e ser iluminados com a sua luz.”
A música do
Evangelho
Papa Francisco,
“se a música do Evangelho deixar de ser executada na nossa vida e se
transformar numa bela partitura do passado, já não conseguirá romper as
monotonias asfixiadoras que impedem de animar a esperança, tornando estéreis
todos os nossos esforços”.
“Se a música do
Evangelho parar de vibrar em nossas entranhas, perderemos a alegria que brota
da compaixão, a ternura que nasce da confiança, a capacidade da reconciliação
que encontra a sua fonte no facto de nos sabermos sempre perdoados-enviados.”
“Se a música do
Evangelho cessar de repercutir nas nossas casas, nas nossas praças, nos postos
de trabalho, na política e na economia, teremos extinguido a melodia que nos
desafiava a lutar pela dignidade de todo o homem e mulher, independentemente da
sua proveniência, encerrando-nos no «meu» e esquecendo-nos do «nosso»: a casa
comum que a todos nos diz respeito.”
“Se a música do
Evangelho deixar de soar, teremos perdido os sons que hão de levar a nossa vida
ao céu, entrincheirando-nos num dos piores males do nosso tempo: a solidão e o
isolamento."
“A doença que
surge em quem não possui qualquer laço, e que se pode encontrar também nos
idosos abandonados ao seu destino, bem como nos jovens sem pontos de referência
nem oportunidades de futuro.”
Ecumenismo na
cruz do sofrimento
As palavras,
Pai, «que todos sejam um (…) para que o mundo creia», continuam a ressoar
intensamente no meio de nós, graças a Deus.
Imersos nesta
oração de Jesus, “encontramos a única estrada possível para todo o
ecumenismo na cruz do sofrimento de tantos jovens, idosos e crianças,
frequentemente expostos à exploração, ao absurdo, à falta de oportunidades e à
solidão. Enquanto fixa o olhar no Pai e em nós, seus irmãos, Jesus não
cessa de implorar: que todos sejam um”.
“Hoje, a missão
continua a pedir-nos e a solicitar de nós a unidade; é a missão que nos exige
que paremos de olhar as feridas do passado e acabemos com todas as atitudes
autorreferenciais para nos centrarmos na oração do Mestre. A missão pede
para que a música do Evangelho não cesse de soar em nossas praças.”
Viver o
Evangelho com alegria, gratidão e radicalidade
Segundo o Papa,
“alguns podem chegar a dizer: são tempos difíceis e complexos, estes que
estamos vivendo. Outros podem chegar a pensar que, em nossas sociedades, os cristãos
têm cada vez menos margem de ação e influência devido a inúmeros fatores, como,
por exemplo, o secularismo ou as lógicas individualistas”.
“Isto não pode
levar a uma atitude de fechamento, de defesa, nem de resignação."
“Não podemos
deixar de reconhecer que certamente os tempos não são fáceis, sobretudo para
muitos dos nossos irmãos que hoje vivem na sua carne o exílio e até o martírio
por causa da fé.”
"Mas o seu
testemunho nos leva a descobrir que o Senhor continua nos chamando,
convidando-nos a viver o Evangelho com alegria, gratidão e radicalidade.”
“Se Cristo nos
considerou dignos de viver nestes tempos, nesta hora – a única que temos –, não
podemos nos deixar vencer pelo medo nem deixar que ele passe sem a assumir com
a alegria da fidelidade.
“O Senhor nos
dará a força para fazer de cada tempo, de cada momento, de cada situação uma
oportunidade de comunhão e reconciliação com o Pai e com os irmãos,
especialmente com aqueles que hoje são considerados inferiores ou matéria de
descarte.”
Unidade
em chave missionária
O Papa frisou
que a unidade “a que o Senhor nos chama, é uma unidade sempre em chave
missionária, que nos pede para sair e alcançar o coração do nosso povo e
das culturas, a sociedade pós-moderna em que vivemos «onde são concebidas as
novas histórias e paradigmas, alcançar com a Palavra de Jesus os núcleos mais
profundos da alma das cidades»”.
“Conseguiremos
realizar esta missão ecumênica, se nos deixarmos impregnar pelo Espírito de
Cristo que é capaz de «romper também os esquemas enfadonhos em que pretendemos
aprisioná-Lo, e surpreender-nos com a sua constante criatividade divina.”
“Sempre que
procuramos voltar à fonte e recuperar o frescor original do Evangelho,
despontam novas estradas, métodos criativos, outras formas de expressão, sinais
mais eloquentes, palavras cheias de renovado significado para o mundo atual»”,
concluiu o Papa.
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Um momento de
silêncio no Monumento da liberdade em Riga
Depois de
encontrar as autoridades no Palácio Presidencial, em Riga, o Papa Francisco
depositou flores e rezou diante do Monumento da Liberdade, em Riga.
Cidade do
Vaticano - Nesta
segunda-feira (24/09), primeiro dia do Papa na Letônia, após a cerimônia de
boas-vindas e o encontro com as Autoridades, a Sociedade Civil e o Corpo
Diplomático no Palácio Presidencial, acompanhado pelo presidente da Letônia
Raimonds Vejornis, o Santo Padre fez uma homenagem junto ao Monumento da
Liberdade de Riga.
Ao se encaminhar
para a Catedral Luterana de Santa Maria em Riga Doms, para o encontro
ecumênico, o automóvel fez uma parada no início da ponte e foi
acolhido pelo presidente da Letônia e algumas Delegações.
Após as honras
às bandeiras, o Papa recebeu uma coroa de flores de um guarda de honra e depôs
aos pés do Monumento. Depois de alguns minutos de silêncio ao lado do
Presidente aos pés do Monumento foram executados os hinos.
Em seguida cumprimentou
algumas crianças, jovens e famílias que estavam pessoas presentes.
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Assista:
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Francisco na
Letônia:
"Chamados a 'tocar' o sofrimento dos outros"
Em sua homilia
na missa, o Papa afirmou que "Maria clama para que todos nos comprometamos
a acolher-nos sem discriminações e saibam que estamos dispostos a privilegiar
os mais pobres, a levantar aqueles que caíram e a acolher os outros à medida
que chegam e se apresentam diante de nós.
Cidade do
Vaticano - A viagem do Papa
Francisco pelos países bálticos, iniciada sábado, prossegue nesta
segunda-feira (24/09) com uma nova escala na Letônia. Depois de passar a manhã
na capital, Riga, o Pontífice foi a Aglona, que dista 190 km e 1 hora e meio de
voo. A cidade de pouco menos de 300 mil habitantes, circundada por colinas e
lagos, é conhecida pela presença da Basílica da Assunção, a mais
importante igreja católica do país, fundada pelos padres dominicanos em 1700.
Ali, no Santuário
internacional Mãe de Deus de Aglona, o Papa presidiu uma missa com a celebração
eucarística em latim e a litúrgica em letão.
Evangelho de
João e os dois momentos de encontro de Jesus com a Mãe
Em sua homilia,
o Papa se inspirou no lema da visita, «Mostrai-Vos Mãe!», para chamar a atenção
para os dois momentos narrados no Evangelho de João em que a vida de Jesus
cruza a de sua Mãe: as bodas de Caná, quando é evidenciada a alegria de um
matrimônio, e Maria aos pés da cruz, com o sofrimento da mãe pela morte do
filho.
O evangelista
ressalta que Maria está firmemente «de pé» junto de seu Filho, junto daqueles
que sofrem, daqueles de quem todo o mundo foge, principalmente os que são
julgados, condenados por todos, deportados: a Mãe está ali, cravada nesta cruz
da incompreensão e do sofrimento.
“Desta forma, o
Papa explicou que “também nós somos chamados a ‘tocar’ o sofrimento dos outros.”
“Saiamos ao
encontro do nosso povo para o consolar e fazer-lhe companhia; não tenhamos medo
de experimentar a força da ternura e de nos envolvermos vendo a nossa vida
complicada pelos outros. E, como Maria, permaneçamos firmes e de pé: com o
coração voltado para Deus e corajosos, levantando os que caíram, erguendo o
humilhado, ajudando a pôr fim a toda e qualquer situação de opressão que os faz
viver como crucificados”.
O contexto
histórico da Letônia e da região
“É verdade que,
às vezes, a abertura aos outros nos fez muito mal. E também é verdade que, nas
nossas realidades políticas, a história do choque entre os povos permanece
ainda dolorosamente viva. Mas Maria crê em Jesus e acolhe o discípulo, porque
as relações que nos curam e libertam são aquelas que nos abrem ao encontro e à
fraternidade com os outros, porque, no outro, descobrem o próprio Deus”.
No outro
episódio citado por João, as bodas de Caná, Ela, discípula obediente, deixa-Se
acolher, transfere-Se, adapta-Se ao ritmo do mais novo. Quando ouvimos, com fé,
a ordem de acolher e ser acolhidos, é possível construir a unidade na
diversidade, porque não nos travam nem dividem as diferenças, mas somos capazes
de olhar mais além, ver os outros na sua dignidade mais profunda, como filhos
de um e mesmo Pai.
Concluindo,
Francisco afirmou:
“Maria clama
para que todos nos comprometamos a acolher-nos sem discriminações, e todos, na
Letônia, saibam que estamos dispostos a privilegiar os mais pobres, a levantar
aqueles que caíram e a acolher os outros à medida que chegam e se apresentam
diante de nós.”
Após a missa, o
Papa retornou a Vilnius, capital da Lituânia, onde está sendo hospedado na
Nunciatura nestes dias de viagem.
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Fonte: vaticannews.va
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