Francisco inicia 25ª Viagem Apostólica de seu Pontificado
O Papa Francisco
deixou o Vaticano às 6h50 deste sábado, seguindo para o Aeroporto Fiumiciono.
De 22 a 25 de setembro, cumprirá extensa agenda na Lituânia, Letônia, Estônia.
Cidade do
Vaticano - O Papa Francisco
deu início na manhã deste sábado, 22, à 25ª Viagem Apostólica
internacional de seu Pontificado, quando visitará os países bálticos Lituânia,
Letônia, Estônia.
O avião A320/AZ²
da Alitália decolou do Aeroporto de Fiumicino às 7h37. Depois de sobrevoar
Itália, Croácia, Hungria, Eslováqui e Polônia – e percorrer 1.703 km em 3 horas
de voo – o avião com o Pontífice, séquito e jornalistas deverá aterrissar no
Aeroporto internacional de Vilnius às 11h30, horário local (- 1 horas em
relação à Itália, -6 em relação ao horário de Brasília).
No Aeroporto,
haverá uma Cerimônia de boas-vindas, quando o Santo Padre será acolhido pela
Presidente da República Dalia Grybauskaite, autoridades civis e religiosas. De
lá, transfere-se para o Palácio Presidencial, dando início à extensa agenda.
Em Vilnius chove
este sábado e as temperaturas oscilam entre os 8 e os 15°C.
Ao concluir a
viagem, Francisco terá visitado 39 países em pouco mais de 5 anos de
Pontificado.
..............................................................................................................................................................
Papa Francisco
chega a Vilinius
O Papa Francisco
é o segundo Pontífice a visitar a Lituânia, após João Paulo II, há 25 anos.
Vilnius - O Santo Padre já
se encontra em terra lituanas onde chegou às 11h17 (hora local) desta manhã
depois de 3 horas de voo. Trata-se da 25ª Viagem Apostólica de Francisco que o
leva a três países Bálticos: Lituânia, Letônia e Estônia. A viagem se concluirá
na próxima terça-feira, dia 25.
Francisco deixou
a Casa Santa Marta, onde reside no Vaticano, às 6h50 hora local (01h50 do
Brasil), e se dirigiu ao aeroporto romano de Fiumicino, onde tomou o avião, às
7h37, que o levou à Lituânia, primeira etapa desta sua Viagem internacional.
O lema que a
Igreja na Lituânia escolheu para esta viagem papal é “Jesus Cristo, nossa
Esperança”.
O Papa Francisco
é o segundo Pontífice que visita este país báltico, após João Paulo II, há 25
anos.
O Papa chegou a
Vilnius, capital lituana, onde foi recebido pelas autoridades civis e
religiosas, entre os quais o Núncio Apostólico, Dom López Quintana, e a
Embaixadora, junto à Santa Sé, Petras Zapolskas.
..............................................................................................................................................................
Lituânia:
A
oração do Papa diante da Virgem Negra
Cidade do Vaticano - Na parte da
tarde, Francisco deslocou-se para o Santuário da Mãe da Misericórdia, situada
ao lado da “Porta Aurora”, onde os fiéis veneram a imagem da Virgem Negra,
chamada “Mãe da Misericórdia”, que, ao longo dos séculos, realizou numerosos
prodígios.
Diante da
Capelinha da Virgem Negra, o Santo Padre presidiu à oração do terceiro Mistério
Gozoso do terço, sobre o nascimento de Jesus na gruta em Belém, depois da qual
fez seu pronunciamento, dizendo:
“Encontramo-nos
diante da Porta da Aurora, que resta das muralhas desta cidade, que serviam
para defender o povo dos perigos e provocações. Nesta Porta, que permaneceu em
pé depois da invasão do exército, em 1799, já se encontrava a imagem da Virgem
da Misericórdia, a Santíssima Mãe de Deus, que sempre nos socorre e vem em
nosso auxílio.”
Caminhar
fraternalmente
Desde então -
recordou o Papa –, ela nos ensina que se pode proteger sem atacar, que é
possível ser prudentes sem a necessidade doentia de desconfiar. Esta Mãe, sem o
Menino nos braços, toda dourada, é a Mãe de todos. No passado, foram
construídas diversas fortalezas, mas, hoje, sentimos a necessidade de nos
olharmos de frente, como irmãos, e caminhar juntos fraternalmente.
E Francisco
afirmou:
“Todos os dias,
uma multidão de pessoas vem ao santuário rezar diante da imagem da Mãe da
Misericórdia: lituanos, poloneses, bielorrussos e russos, católicos e
ortodoxos. Tudo isso, graças à liberdade de circulação entre os países. Que bom
se conseguíssemos também construir pontes de encontro e solidariedade entre todos.
Como uma boa mãe, a Mãe da Misericórdia busca reunir famílias e crianças, que,
com seus sofrimentos e obscuridades, anseiam pela nossa caridade, a chave que
abre as portas do Céu”.
Construir
pontes, não muros!
O Santo Padre
concluiu seu pronunciamento, pedindo a proteção da Virgem Negra sobre
comunidade lituana, para que possa anunciar Jesus Cristo, nossa Esperança,
manter uma pátria acolhedora, paciente e solidária, e construir pontes, não
muros!
Após a oração
mariana, o Papa ofereceu um Terço de ouro em homenagem à Santíssima Virgem
Maria. Depois, dirigiu-se à janela do Santuário da Mãe da Misericórdia, para
abençoar a multidão presente.
Por fim,
Francisco deslocou-se de papamóvel para a Catedral de Vilnius, dedicada aos
Santos Estanislau e Ladislau, diante da qual manteve um encontro com a
Juventude da Lituânia.
...............................................................................................................................................................
Papa Francisco:
Vocação do
povo lituano é ser ponte de comunhão e esperança
“Diante do
cenário mundial em que vivemos, onde aumentam as vozes que semeiam divisão e
contraposição – instrumentalizando a insegurança e os conflitos – os lituanos
têm algo de original para oferecer: acolher as diferenças", disse o Papa
Francisco em seu primeiro discurso.
Cidade do
Vaticano - O Santo Padre partiu do Vaticano, na manhã deste sábado (22/9), para
mais uma Viagem internacional. Trata-se da 25ª Viagem Apostólica a três países
Bálticos: Lituânia, Letônia e Estônia, que se concluirá na próxima terça-feira,
25.
Antes de cada
Viagem internacional, o Papa costuma fazer uma visita à Basílica pontifícia de
Santa Maria Maior, no centro de Roma, para rezar diante da imagem de Nossa
Senhora “Salus Popoli Romani” (“Salvação do Povo Romano), para o bom êxito da
sua viagem.
Francisco deixou
a Casa Santa Marta, onde reside no Vaticano, às 6h50 hora local (01h50 do
Brasil), e se dirigiu ao aeroporto romano de Fiumicino, onde tomou o avião, às
7h37, que o levou à Lituânia, primeira etapa desta sua Viagem internacional.
O lema que a
Igreja na Lituânia escolheu para esta viagem papal é “Jesus Cristo, nossa
Esperança”.
O Papa Francisco
é o segundo Pontífice que visita este país báltico, após João Paulo II, há 25
anos.
Como
habitualmente durante as suas viagens internacionais, o Santo Padre enviou
telegramas aos Chefes de Estado dos países sobrevoados. Neste caso,
Itália, Croácia, Hungria, Eslováquia e Polônia.
Após três horas
de viagem, o Papa chegou a Vilnius, capital lituana, onde foi recebido pelas
autoridades civis e religiosas, entre os quais o Núncio Apostólico, Dom López
Quintana, e a Embaixadora, junto à Santa Sé, Petras Zapolskas.
Vilnius, capital
da República da Lituânia, é a cidade mais populosa do país, com cerca de 600
mil habitantes. O Centro histórico da cidade, do século XVI, é considerado
Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, em 1994. Até o Holocausto, Vilnius era um
dos maiores centros mundiais da cultura e teologia judaicas. A Lituânia
conquistou a independência, em 1990. Hoje, o país conta 830 mil habitantes, dos
quais mais de 600 mil católicos.
Após a cerimônia
de boas vindas, no aeroporto de Vilnius, na presença da Presidente do país,
senhora Dalia Grybauskaité, o Santo Padre dirigiu-se de automóvel ao Palácio
Presidencial, para uma visita de cortesia, onde manteve um encontro particular
com a Presidente lituana.
No intercâmbio
de dons, o Papa doou à Presidente cópia de um mosaico de Cristo, do século IX,
sobre a Confissão de São Pedro, que se encontra no túmulo do Apóstolo, na
cripta da Basílica Vaticana.
A seguir, diante
do Palácio Presidencial, o Papa encontrou-se com as Autoridades, a Sociedade
civil e o Corpo Diplomático, aos quais pronunciou seu primeiro discurso.
Em seu
pronunciamento, Francisco expressou sua alegria e esperança por começar esta
sua peregrinação aos países bálticos pela Lituânia, que – como disse São João
Paulo II (1993) – “é testemunha silenciosa de um amor apaixonado pela liberdade
religiosa. E explicou:
“Esta visita
realiza-se em um momento particularmente importante da vida desta nação, que
celebra cem anos da sua independência. Vocês passaram por um século de muitas
provações e sofrimentos: prisões, deportações e até martírios. O centenário de
independência é motivo de reflexão sobre os acontecimentos, que forjaram a
nação, e os desafios para construir o futuro, em clima de diálogo e unidade
entre todos os habitantes”.
Não sabemos -
disse o Papa - como será o futuro, porém devemos manter a “alma” deste país,
que contribuiu para transformar a situação de sofrimento e injustiça e manter
viva a sua raiz religiosa, para resistir e construir! Ao longo da sua história,
a Lituânia soube hospedar, aceitar, receber povos de diferentes etnias:
lituanos, tártaros, poloneses, russos, bielorrussos, ucranianos, armênios,
alemães e suas respectivas religiões: católicos, ortodoxos, protestantes,
muçulmanos, judeus. Todos conviviam em paz até à chegada das ideologias
totalitárias, que só semearam violência e desconfiança. E o Papa acrescentou:
“Diante do
cenário mundial em que vivemos, onde aumentam as vozes que semeiam divisão e
contraposição – instrumentalizando a insegurança e os conflitos – os lituanos
têm algo de original para oferecer: acolher as diferenças! Por meio do diálogo,
abertura e compreensão, as culturas podem transformar-se em pontes de união
entre o Oriente e o Ocidente Europeu”.
Este pode ser o
fruto de uma história madura, - afirmou Francisco - que o povo lituano oferece
à comunidade internacional e à União Europeia. Isto significa extrair força do
passado para prestar atenção especial aos jovens, afim de que encontrem espaço
para crescer, trabalhar e serem protagonistas da construção do tecido social e
comunitário. A Lituânia, que eles sonham, - concluiu o Papa – é aquela que busca,
constantemente, promover políticas para encorajá-los a uma maior participação
na sociedade.
Por fim, o Santo
Padre expressou sua esperança de que o povo lituano possa continuar a sua ação
hospitaleira com o estrangeiro, os jovens, os idosos e os pobres, cumprindo sua
vocação de ser “ponte de comunhão e esperança”.
Ao término do
encontro com as Autoridades, a Sociedade civil e o Corpo Diplomático, Francisco
deixou o Palácio Presidencial e se dirigiu de papamóvel para a Nunciatura
Apostólica de Vilnius para o almoço.
.............................................................................................................................................................
Papa aos jovens:
Seguir Jesus é uma aventura apaixonante
Aos milhares de
jovens lituanos, Francisco aconselhou que resgatem as raízes ouvindo os avós e
as histórias do passado.
Cidade do
Vaticano - O encontro com os jovens na Praça da Catedral de Vilnius concluiu o
primeiro dia da viagem apostólica do Papa Francisco aos países bálticos.
Em seu discurso,
o Pontífice insistiu em dois conceitos: no sentimento de pertença e no fato de
que não estamos sós.
Não somos
pessoas sem raízes
Antes de se
dirigir aos jovens, o Papa ouviu a experiência de vida de Mônica, marcada pela
condição e morte do pai, e Jonas, que viveu o drama de uma doença.
“Não permitam
que o mundo os faça crer que é melhor caminhar sozinhos”, disse Francisco,
exortando os jovens a caminharem contracorrente diante do individualismo que
isola, torna egocêntricos e vaidosos.
“A nossa
verdadeira identidade pressupõe a pertença a um povo. Não existem identidades
‘de laboratório’. Cada um de nós conhece a beleza mas também a fadiga e, muitas
vezes, a tribulação de pertencer a um povo. Aqui está enraizada a nossa
identidade; não somos pessoas sem raízes.”
Jesus e eu,
maioria absoluta
Além do povo, a
oração também nos oferece esse sentimento de pertença.
“Sem a oração,
como faríamos para não pensar que tudo depende de nós, que estamos sozinhos
numa luta corpo a corpo com a adversidade? ‘Jesus e eu, maioria absoluta’”,
disse Francisco, citando uma frase do Santo Alberto Hurtado.
A experiência de
ajudar os outros também é fundamental, lembrou o Papa. “Ver a fragilidade dos
outros situa-nos na realidade, impede-nos de viver debruçados sobre as nossas
feridas.”
Seguir Jesus é
uma aventura apaixonante
Por isso,
exortou Francisco, sejam corajosos.
“Seguir Jesus é
uma aventura apaixonante que enche de significado a nossa vida, faz-nos sentir
parte de uma comunidade que nos encoraja e acompanha, compromete-nos no
serviço. Queridos jovens, vale a pena seguir Cristo, não tenhamos medo de
participar na revolução a que Ele nos convida: a revolução da ternura.”
Caminho sim,
labirinto não
A vida é sempre
uma caminhar, disse por fim o Pontífice.
O perigo maior é
confundir o caminho com um labirinto: girar sem sentido pela vida, girar sobre
si mesmo, sem tomar a estrada que faz avançar.
“Não sejam
jovens de labirinto, de onde é difícil sair, mas jovens a caminho”, foi a
recomendação final de Francisco.
.............................................................................................................................................................
Papa reza na
Catedral dos Santos Estanislau e Ladislau
A Catedral, no
seu estilo barroco no interior, é considerada uma das mais belas em todo o
mundo.
Cidade do
Vaticano - Depois do encontro com os jovens, o Papa entrou na Catedral dos
Santos Estanislau de Szczepanów e Ladislau, onde rezou silenciosamente na
Capela de São Casimiro.
Francisco foi
acolhido por 60 religiosas e sacerdotes idosos. Ao final da visita, uma irmã e
um padre ofereceram flores ao Papa, que colocou-as diante da imagem de Nossa
Senhora da Sibéria.
A Catedral dos
Santos Estanislau e Ladislau em Vilnius foi projetada pelo arquiteto Laurynas
Gucevičius e construída entre 1779 e 1783 sobre os resquícios de uma antiga
catedral, que desabou em parte em 1769, em uma história marcada por numerosas
destruições e reconstruções no arco dos séculos, a partir de 1.300.
Durante a
ocupação soviética, a Catedral foi fechada ao público, depredada e transformada
em galeria de arte e depois em loja.
É considerada
uma das mais belas catedral em todo o mundo e no seu interior, predomina nos
afrescos, pinturas, esculturas e túmulos o estilo barroco.
De particular
interesse, a Capela de São Casimiro, onde estão os restos mortais do Padroeiro
da Lituânia, e um afresco do século XVI representando a crucifixão de Cristo.
Após, Francisco
transferiu-se para a Nunciatura Apostólica em Vilnius, distante 1,7 km.
.............................................................................................................................................
Fonte: vaticannews.va
Nenhum comentário:
Postar um comentário