Dar Fruto
A árvore boa se
conhece pelos frutos. Precisamos, então, ajudá-la a dar frutos bons com a
correção, a exigência dos direitos, da promoção da vida e da dignidade humana.
Jesus faz a
comparação de sua pessoa com o tronco da videira. Os ramos desta só
frutificarão se estiverem unidos ao caule. Da mesma forma, a pessoa só pode ter
efeitos bons de sua vida se suas ações se estiverem unidas a Deus, realizando o
que Ele indica.
O mal, o
egoísmo, a violência e a injustiça mostram em quem a pessoa que os pratica está
unida. Uma árvore frutífera pode dar frutas azedas ou de má qualidade. Por
isso, é preciso ser tratada adequadamente para dar produto bom e apetitoso. Da
mesma forma, a pessoa humana precisa ser trabalhada para melhorar sua conduta.
O ideal seria que, desde o berço, as pessoas fossem cultivadas em seu caráter
com valores humanos e religiosos que as fariam realmente humanas, civilizadas e
cidadãs.
A influência
negativa de maus exemplos condicionam muito as pessoas, os grupos e a
sociedade, principalmente se eles não tiverem senso crítico adequado para não
de deixarem influenciar negativamente com os estímulos sensoriais, midiáticos e
intelectuais. A propaganda assimilada sem crítica, faz muitos crerem que
ela contenha a verdade. Quantas mentiras são tidas como verdade e quantas
verdades são aceitas como mentiras! O discernimento requer o conhecimento da
base de sustentação da verdade. Sem isso, vão-se engolindo engodos como valores
que não têm consistência de sua real natureza.
Hoje é fácil o
uso dos meios de comunicação para se espalharem meias verdades ou até
mentiras que se tornam como veneno envolto em atrativo delicioso. No entanto,
uma vez aceitas, tornam-se como veneno na vida das pessoas desavisadas
quanto ao seu conteúdo.
Mais do que
nunca precisamos ajudar a promoção da educação com valores que vão além do puro
conhecimento técnico e científico. A formação básica para a pessoa ter a
cultura da convivência com bem estar de cada um e de todos deve estar
fundamentada na alteridade e na ética. A religiosidade bem ajustada a isso
inclui necessariamente esses valores imprescindíveis para a convivência
humana harmoniosa e justa.
Temos muitos
“ramos” ou pessoas que, na “árvore” social, são como secos, sem dar frutos para
si e para a comunidade. Não estão fundamentados na verdade, no bem, no amor, no
compromisso com os outros nem consigo mesmas. Precisamos fazer com que essa
árvore seja melhor ajustada com a poda da cobrança em relação ao bem comum e a
políticas públicas de interesse social abrangente da cidadania para todos.
Assim também precisamos da formação da família como canteiro do desenvolvimento
do bom caráter, da educação de qualidade, da prevenção e assistência à saúde
para todos...
A árvore boa se
conhece pelos frutos. Precisamos, então, ajudá-la a dar frutos bons com a
correção, a exigência dos direitos, da promoção da vida e da dignidade
humana.
Quando as
pessoas se pautarem pelo projeto divino, darão frutos bons, pois, Deus só quer
o bem de todos. Ele, bem seguido, faz-nos pessoas que vivem à sua imagem e
semelhança.
Dom José Alberto
Moura - Arcebispo Metropolitano de Montes Claros
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Fonte: cnbbleste2.org.br Banner: nospassosdepaulo.com.br
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