terça-feira, 10 de abril de 2018

Papa Francisco sobre

o chamado à santidade no mundo atual
Na Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate, o Papa Francisco indica, entre outros, as características "indispensáveis" para entender o estilo de vida da santidade: "perseverança, paciência e mansidão", "alegria e senso de humor", "audácia e fervor". O caminho da santidade vivido como caminho "em comunidade" e "em constante oração".


És daqueles que não se contentam com uma existência medíocre? O Papa Francisco escreveu-lhe uma carta de muitas páginas.
É uma mensagem para quem, como tu, vive os riscos, desafios e oportunidades de hoje. Para quem cria os seus filhos com amor, quem trabalha a fim de trazer o pão para casa, as pessoas idosas, as pessoas consagradas, quem se prepara para o futuro.
Porque todos somos chamados a ser santos. Tu também, sabias?
O que não significa pensar que és melhor do que os outros porque sabes  ou fazes  mais. Nem também o cumprimento cego de regras sem amor. Mas significa confiar na graça para poder alcançar a santidade.
Jesus mostra-te o caminho. Jesus é o caminho. Segui-lo, hoje, é andar em contracorrente. É não ignorar os sofrimentos e as injustiças deste mundo. É ser audaz, lutador,  humilde  e ter sentido de humor.
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Papa nesta manhã: 
Missionários da misericórdia
são embaixadores do amor de Deus

A Sala Regia, no Vaticano, acolheu na terça-feira (10/04) cerca de 550 missionários da misericórdia, num evento organizado pelo Ponfício Conselho para a Nova Evangelização.
Cidade do Vaticano A manhã do Papa Francisco foi em companhia dos missionários da misericórdia, que concluem na quarta-feira uma jornada de reflexões e catequeses passados dois anos da experiência do Jubileu da Misericórdia.
Os missionários da misericórdia são sacerdotes indicados pelas várias dioceses do mundo, para que com suas capacidades pastorais e espirituais, especialmente a escuta, sejam anunciadores da Misericórdia de Deus.
Isaías e Paulo
O discurso do Pontífice foi longo, estruturado sobretudo a partir do texto do profeta Isaías e da experiência do Apóstolo Paulo.
De fato, a primeira indicação oferecida pelo Apóstolo é que os sacerdotes são colaboradores de Deus. A mensagem que levamos como embaixadores em nome de Cristo é a de fazer as pazes com Deus. O nosso apostolado é um a buscar e receber o perdão do Pai. Como se vêm Deus necessita de homens que levem ao mundo o seu perdão e a sua misericórdia.”
Esta responsabilidade, acrescentou o Papa, requer um estilo de vida coerente com a missão recebida. Ser colaboradores da misericórdia pressupõe, portanto, reconhecer a misericórdia de Deus primeiramente na própria existência pessoal.
“É preciso partir sempre deste ponto firme: Deus me tratou com misericórdia. Esta é a chave para se tornar colaboradores de Deus.”
Os ministros, portanto, não devem se colocar acima dos outros como se fossem juízes dos irmãos pecadores. Um verdadeiro missionário da misericórdia se espelha na experiência de Paulo: Deus escolheu a mim; depositou a sua confiança em mim não obstante eu seja um pecador para ser um seu colaborador.
Primeirar
Francisco prosseguiu usando um de seus neologismos: a palavra primeirar, que expressa a dinâmica do primeiro ato com o qual Deus vem ao nosso encontro. “A reconciliação não é, como se pensa frequentemente, uma nossa iniciativa privada ou o fruto do nosso empenho”, recordou. A primeira iniciativa é do Senhor; é Ele que nos precede no amor.
Portanto, diante de um penitente, os ministros devem reconhecer alguém que já realizou o primeiro fruto do encontro com o amor de Deus. E a tarefa dos confessores consiste em não tornar vã a ação da graça de Deus, mas ampará-la e permitir que chegue à sua realização.
Mas infelizmente, admitiu o Papa, pode acontecer que o sacerdote, com o seu comportamento, afaste ao invés de aproximar o penitente.
“Não é preciso que faça sentir vergonha a quem já reconheceu o seu pecado e sabe que errou, não é preciso investigar lá onde a graça do Pai já interveio; não é permitido violar o espaço sagrado de uma pessoa no seu relacionar-se com Deus.”
Pelo contrário, quando se acolhe o penitente, é preciso olhar em seus olhos e ouvi-lo para permitir que perceba o amor de Deus que perdoa apesar de tudo. O sacerdote não o culpa pelo mal do qual se arrependeu, mas o encoraja a olhar para o futuro com novos olhos, de olhar novamente para a vida com confiança e empenho.
“A misericórdia abre à esperança, cria esperança e se nutre de esperança.”
Afinal, o Deus que amou o mundo a ponto de dar o seu Filho jamais poderá abandonar ninguém: o Seu amor estará sempre ali, próximo, maior e mais fiel do que qualquer abandono. E os missionários da misericórdia são chamados a ser intérpretes e testemunhas deste Amor.
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