o chamado
à santidade no mundo atual
Na Exortação
Apostólica Gaudete et Exsultate, o Papa Francisco indica, entre outros, as
características "indispensáveis" para entender o estilo de vida da
santidade: "perseverança, paciência e mansidão", "alegria e
senso de humor", "audácia e fervor". O caminho da santidade
vivido como caminho "em comunidade" e "em constante
oração".
É uma mensagem para quem, como
tu, vive os riscos, desafios e oportunidades de hoje. Para quem cria os seus
filhos com amor, quem trabalha a fim de trazer o pão para casa, as pessoas
idosas, as pessoas consagradas, quem se prepara para o futuro.
Porque todos somos chamados a ser
santos. Tu também, sabias?
O que não significa pensar que és
melhor do que os outros porque sabes ou fazes mais. Nem
também o cumprimento cego de regras sem amor. Mas significa confiar na graça
para poder alcançar a santidade.
Jesus mostra-te o caminho. Jesus
é o caminho. Segui-lo, hoje, é andar em contracorrente. É não ignorar os
sofrimentos e as injustiças deste mundo. É ser audaz,
lutador, humilde e ter sentido de humor.
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Papa nesta manhã:
Missionários da misericórdia
são embaixadores do amor de Deus
A Sala Regia, no
Vaticano, acolheu na terça-feira (10/04) cerca de 550 missionários da
misericórdia, num evento organizado pelo Ponfício Conselho para a Nova
Evangelização.
Cidade do Vaticano - A manhã do Papa
Francisco foi em companhia dos missionários da misericórdia, que concluem na
quarta-feira uma jornada de reflexões e catequeses passados dois anos da
experiência do Jubileu da Misericórdia.
Os missionários
da misericórdia são sacerdotes indicados pelas várias dioceses do mundo, para
que com suas capacidades pastorais e espirituais, especialmente a escuta, sejam
anunciadores da Misericórdia de Deus.
Isaías e Paulo
O discurso do
Pontífice foi longo, estruturado sobretudo a partir do texto do profeta Isaías
e da experiência do Apóstolo Paulo.
De fato, a
primeira indicação oferecida pelo Apóstolo é que os sacerdotes são
colaboradores de Deus. A mensagem que levamos como embaixadores em nome de
Cristo é a de fazer as pazes com Deus. O nosso apostolado é um a buscar e
receber o perdão do Pai. Como se vêm Deus necessita de homens que levem ao
mundo o seu perdão e a sua misericórdia.”
Esta
responsabilidade, acrescentou o Papa, requer um estilo de vida coerente com a
missão recebida. Ser colaboradores da misericórdia pressupõe, portanto,
reconhecer a misericórdia de Deus primeiramente na própria existência pessoal.
“É preciso
partir sempre deste ponto firme: Deus me tratou com misericórdia. Esta é a
chave para se tornar colaboradores de Deus.”
Os ministros,
portanto, não devem se colocar acima dos outros como se fossem juízes dos
irmãos pecadores. Um verdadeiro missionário da misericórdia se espelha na
experiência de Paulo: Deus escolheu a mim; depositou a sua confiança em mim não
obstante eu seja um pecador para ser um seu colaborador.
Primeirar
Francisco
prosseguiu usando um de seus neologismos: a palavra primeirar, que expressa a
dinâmica do primeiro ato com o qual Deus vem ao nosso encontro. “A
reconciliação não é, como se pensa frequentemente, uma nossa iniciativa privada
ou o fruto do nosso empenho”, recordou. A primeira iniciativa é do Senhor; é
Ele que nos precede no amor.
Portanto, diante
de um penitente, os ministros devem reconhecer alguém que já realizou o
primeiro fruto do encontro com o amor de Deus. E a tarefa dos confessores
consiste em não tornar vã a ação da graça de Deus, mas ampará-la e permitir que
chegue à sua realização.
Mas
infelizmente, admitiu o Papa, pode acontecer que o sacerdote, com o seu
comportamento, afaste ao invés de aproximar o penitente.
“Não é preciso
que faça sentir vergonha a quem já reconheceu o seu pecado e sabe que errou,
não é preciso investigar lá onde a graça do Pai já interveio; não é permitido
violar o espaço sagrado de uma pessoa no seu relacionar-se com Deus.”
Pelo contrário,
quando se acolhe o penitente, é preciso olhar em seus olhos e ouvi-lo para
permitir que perceba o amor de Deus que perdoa apesar de tudo. O sacerdote não
o culpa pelo mal do qual se arrependeu, mas o encoraja a olhar para o futuro
com novos olhos, de olhar novamente para a vida com confiança e empenho.
“A misericórdia
abre à esperança, cria esperança e se nutre de esperança.”
Afinal, o Deus
que amou o mundo a ponto de dar o seu Filho jamais poderá abandonar ninguém: o
Seu amor estará sempre ali, próximo, maior e mais fiel do que qualquer
abandono. E os missionários da misericórdia são chamados a ser intérpretes e
testemunhas deste Amor.
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Fonte: www.vaticannews.va
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