Bom Pastoreio
O pastoreio
humano, plenificado com o recheio das virtudes humanas e sobrenaturais, tem
tudo para ajudar as pessoas, comunidades, instituições e toda a sociedade para
a construção de convivência solidária, justa e fraterna.
O trabalho de
coordenação é de fundamental importância para qualquer agrupamento e atividade
humana comunitária. O desgoverno ou o mau governo, porém, torna a comunidade
demais fragilizada e injustiçada.
Jesus fala
sobre seu pastoreio, conjugando o humano e o divino, o que é terreno e o que é
encaminhado com a vida sobrenatural para o bem de todos nós. Quem aceita
segui-Lo encontra a segurança de caminhar nesta vida com as virtudes próprias
para atingir a meta da mesma. O tempo presente é muito importante, mas deve ser
encaminhado com a busca do infinito. Ao contrário, ficamos afundados na matéria
que, por si só, e mal empregada, não nos realiza plenamente. Temos sede do
infinito. Sem saciá-la, o que é transitório não preenche nosso desejo de
felicidade ilimitada. A busca do que é só fugaz nos deixa no vazio existencial.
Daí, muitos se afundam nos próprios limites, procurando como finalidade da vida
os vícios, os prazeres, o dinheiro, o poder e o prestígio, às vezes passando
por cima da honestidade, da ética e da moralidade.
O pastoreio
humano, plenificado com o recheio das virtudes humanas e sobrenaturais, tem
tudo para ajudar as pessoas, comunidades, instituições e toda a sociedade para
a construção de convivência solidária, justa e fraterna. Ao contrário, inverte
e desvirtua sua função e vocação de servir, com prejuízo para todos, e para
seus detentores também. Afinal, quem de fato é honrado não se firma na busca de
benesses de modo escuso e desonesto. A grandeza de quem governa, legisla, julga
e exerce a função e vocação de servir a comunidade está no tamanho do serviço
prestado com grandeza moral.
Numa
sociedade democrática, toda a pessoa que se preze como corresponsável e
contribuinte com o bem comum, analisa bem a quem vai ajudar a votar e escolher
seus dirigentes. Quem faz má escolha colabora com o mau pastoreio ou
governança. Por isso, neste ano eletivo para políticos de mandatos nacionais e
estaduais, é preciso aguçar nosso poder de votar para escolha de pessoas de bom
caráter, equilibradas mentalmente, com história de honestidade e exercício de
real serviço à coletividade ou à comunidade por onde tem passado. Só seguir a
propaganda é pouco. Há muita publicidade mentirosa e enganosa. Abrir o olhos,
debater com quem conhece bem os candidatos e refletir com consciência de
responsabilidade pelo bem comum é indispensável.
Jesus lembra
que o mercenário, ou quem trabalha só para o bem próprio, não se importando com
as pessoas de quem tem que cuidar, mas não cuida bem, não é digno de exercer o
pastoreio (Cf. João 10,12-14). Por isso, o voto dado a quem é corrupto é pecado
para quem o faz, pois, está prejudicando principalmente os que mais precisam do
bom exercício do serviço do executivo e do legislativo.
O exemplo do
bom Pastor, o Mestre por excelência, nos estimula a também focalizarmos e
tentarmos colocar à frente do pastoreio ou governo humano quem O imite
para termos mais segurança, paz e justiça na sociedade. Muito depende do povo
consciente de sua missão e corresponsabilidade!
Dom José
Alberto Moura - Arcebispo Metropolitano de Montes Claros
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Fonte: cnbbleste2.org.br Banner: nospassosdepaulo.com.br
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