lança na 56ª AG da CNBB sobre fé cristã e laicidade
Durante a 56ª
Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em
Aparecida (SP), foi apresentado o novo subsídio da Comissão Episcopal Pastoral
para a Doutrina da Fé intitulado “Fé Cristã e Laicidade”.
O subsídio tem
objetivo de oferecer uma reflexão aprofundada sobre a laicidade diante da fé
cristã e esclarece sua diferença em relação ao “laicismo”. “A laicidade em si é
boa, enquanto separação da religião e o poder civil, justamente para garantir
que todas as religiões possam atuar bem. Já o laicismo é esforço de pessoas da
sociedade para retirar Deus da vida das pessoas. Ora, o Estado é laico, mas o
povo não é ateu”, explicou dom Pedro Carlos Cipollini, bispo de Santo André
(SP) e presidente da Comissão para a Doutrina da Fé.
“Essa reflexão
quer suscitar o interesse por esta realidade que vai se tornando conflitiva
cada dia mais, além de traçar um itinerário de reflexão pontuado em aspectos
importantes e pressupostos para a profundar a questão e saber lidar com ela no
empenho pastoral da Igreja”, destacou o Bispo, na apresentação do texto.
Presidente da
Comissão para Doutrina da Fé ressaltou, ainda, que a perda do sentido da
transcendência e a progressiva subjetivação da fé, com a tentação de um forte
relativismo ético, forma um quadro no qual a religião acaba não se referindo
mais à teologia, mas à antropologia. “Desde que o homem se faz Deus para si
mesmo já não cabe falar de amor do homem a Deus”.
O subsídio é
dividido em sete capítulos que esclarecem as diferenças conceituais entre
“secularidade e secularismo” e “laicidade e laicismo”, apresentam o percurso
histórico dessas realidades, bem como aspectos jurídicos, referenciais
bíblicos, princípios da Doutrina Social da Igreja e da política, além de
indicações de como a Igreja deve se relacionar com o Estado laico.
Dom Pedro
esclareceu que esse não é um documento da CNBB, uma vez que os documentos são
aprovados por todos os bispos em assembleia. “Trata-se um trabalho de
assessoria. A CNBB tem várias comissões que assessoram os bispos. Portanto,
esse é um subsídio oferecido ao episcopado como uma reflexão para ajudar no
encaminhamento da pastoral em um âmbito geral”.
Ainda segundo o
Bispo, o novo subsidio é muito indicado para jovens universitários cristãos
que, ao entrar na universidade recebem uma carga imensa de informações
altamente ideologizadas que repudiam a religião.
O subsídio “Fé
Cristã e laicidade” pode ser adquirido pelas Edições por meio do site:
www.edicoescnbb.com.br.
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Lançado livro
sobre o perfil episcopal da Igreja no Brasil desde o tempo colonial até os dias
atuais
Professor
Fernando Altemeyer Jr, Chefe do departamento de Ciência da Religião, na
Faculdade de Ciências Sociais da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo,
é autor do livro “Perfil episcopal da Igreja da Igreja Católica no Brasil –
1551 – 2018”, pela editora Paulus. Dom Angélico Sândalo Bernardino, bispo
emérito de Blumenau (SC), apresenta o volume do seguinte modo: “Ao percorrer as
páginas deste livro com nomes, datas e informações preciosas sobre o Episcopado
Católico Brasileiro, faço um pedido franciscano: rezem por nós! Saibam que
somos humanos e frágeis, mas saibam também que a misericórdia de Deus nos faz
homens da esperança“.
Estrutura
Na primeira
parte, o livro traz um brevíssimo texto sobre o Brasil, lugar onde a Igreja
realiza a sua missão e, em seguida, apresenta uma sucessão de textos
selecionados, também muito breves, a respeito da identidade e da missão dos
bispos na Igreja. Partindo da citação dos Atos dos Apóstolos: “De Mileto,
mandou a Éfeso chamar os anciãos da Igreja” (20,17) até dom Pedro Casaldáliga,
prelado emérito de São Félix do Araguaia (MT): “nada possuir, nada carregar,
nada pedir, nada calar e, sobretudo, nada matar“.
Em seguida,
apresenta uma lista de 1.153 bispos, considerando desde a Colônia até os dias
atuais: “um abade-bispo, 22 cardeais-arcebispos, 209 arcebispos, 802 bispos, 95
prelados, 3 prefeitos, 11 administradores apostólicos, dois exarcas e oito
eparcas. São 478 bispos vivos e 675 bispos falecidos“.
Na parte final,
o livro traz onze apêndices com particularidades sobre o quadro geral do
episcopado nesses cinco séculos.
Destaque
Entre os
apêndices, está a letra “G” que traz uma lista completa da origem de todos os
bispos que já trabalharam no Brasil desde o século XVI. Eis os 10 maiores
números:167 paulistas, 153 mineiros, 104 gaúchos, 99 italianos, 87 portugueses,
54 catarinenses, 47 cariocas, 46 baianos, 44 pernambucanos e 37 cearenses.
O livro está
disponível nas livrarias católicas.
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Fonte: www.cnbb.net.br
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