Formação dos
novos padres
e música litúrgica na pauta dos bispos
Liturgia e
formação dos padres impõem reflexões aos bispos nesta quinta, segundo dia da
Assembleia Geral da CNBB.
Os mais de
400 bispos reunidos para a 56ª Assembleia Geral discutiram nesta
quinta-feira (12) sobre o tema central deste encontro anual: os desafios
da formação dos novos padres. Além deste assunto, os bispos também trataram
sobre a música litúrgica.
A formação
dos padres repercute nesse ano, em vista da necessidade de atualização das
diretrizes em vigor, aprovadas em 2010. Essa atualização é motivada
especialmente pelo magistério do Papa Francisco e pela publicação pela
Congregação para o Clero do documento, ‘O dom da vocação presbiteral’, que
constitui a chamada Ratio Fundamentalis Institutionis Sacerdotalis, que
atualiza orientações para formação dos novos presbíteros.
Esses temas
como de costume tomaram a fala dos bispos durante a coletiva de imprensa
realizada nesta tarde.
Dom Pedro Brito Guimarães |
Dom Pedro
Brito Guimarães, membro da equipe de elaboração do texto sobre o tema central,
falou que a discussão sobre a atualização das diretrizes ocorre há mais de um
ano e têm movimentado bispos, padres e formadores nessa discussão.
O documento
em questão, que ainda é um texto de trabalho, passa pela assembleia e depois
segue para aprovação do Vaticano e por fim, a publicação no Brasil. A
expectativa é que isso ocorra até o segundo semestre de 2018.
“É um
trabalho muito bonito que a gente faz em conjunto, todos colaboram e certamente
essas diretrizes terão um rosto da preocupação da Igreja no mundo de hoje”. Dom
Pedro, e também os demais bispos, entendem que é preciso analisar a realidade
atual onde o secularismo, o laicismo, a indiferença religiosa, a dispersão e a
sociedade líquida, e outras tantas realidades implicam na formação daqueles que
vão guiar o povo de Deus.
O arcebispo
informou ainda que além do texto, os bispos tiveram acesso a uma pesquisa
inédita que traça um perfil do padre brasileiro nas mais diversas realidades de
sua vida e vocação.
A pesquisa
foi realizada em 2014, e dos 22 mil padres existentes no país, alcançou 7 mil.
“Nós agora temos um banco de dados da Igreja, para que quando quisermos estudar
uma dimensão do sacerdote temos dados oficiais para essa finalidade”, pontuou.
Dom Armando Bucciol |
Dom Armando
Bucciol, presidente para a Comissão da Liturgia, destacou que os temas sobre a
Liturgia são de grande interesse na Assembleia e por isso, a Comissão tem um
grande trabalho à sua frente.
Entre os
temas que a Comissão deve apresentar para os bispos, Dom Armando citou a
penúltima revisão do Missal Romano, que já soma mais de 11 anos de trabalho, e
que agora traz a atualização de inúmeras orações e antífonas das Missas Comuns
e para as Diversas Necessidades, que atualizadas e fiéis ao latim sejam mais
compreensíveis ao povo brasileiro.
Nessa
assembleia, a Comissão traz ainda o tema da música litúrgica para ajudar todos
os atores da Liturgia, incluindo músicos a compreenderem o sentido dos
diferentes momentos do rito e os critérios para a escolha dos cantos. “É uma
questão complexa”, enfatiza o bispo, “Pede competência não só musical, mas
também litúrgica, cultural e espiritual”, para ser uma “música que vise e
favoreça o encontro com Deus e uma experiência não só emocional, mas que anime
e transforme a pessoa que vive o momento litúrgico”, assinalou.
Por último, o
bispo contou que a Comissão também trouxe uma reflexão sobre o tema: Liturgia e
Evangelização. Entre os diversos pontos desse assunto, Dom Armando destacou a
forma como deve ser vivenciada a Liturgia, sem o que ele chamou de
“criatividade selvagem”.
“Quem vive a
liturgia animado e iluminado pela presença e força do Espírito, com certeza não
precisa procurar expressões do que eu chamo de ‘criatividade selvagem’. Basta
viver com intensidade e autenticidade a nobre beleza do rito da Liturgia Latina
que adotamos. Eu faço votos que todos que presidem as celebrações compreendam e
vivam o que a Liturgia lhe entrega”, enfatizou.
Dom Orani João Tempesta |
O arcebispo
do Rio, Cardeal Orani João Tempesta, trouxe para a coletiva a mensagem que a
Assembleia Geral deste ano enviará ao Papa Francisco.
Dom Orani leu
a carta aos jornalistas, onde indica ao Santo Padre as reflexões e preocupações
dos bispos.
“Dentro da
carta estão explicitados tanto temas da nossa assembleia, como também do Santo
Padre e a nossa comunhão e a nossa unidade com o Papa Francisco”.
Segundo dia -
Neste dia os bispos tiveram uma sessão privativa, na qual tiveram acesso ao
texto de trabalho do tema central e num segundo momento, em grupos, debateram o
documento. No período da tarde, a assembleia continuou reunida para novas
reflexões sobre o texto e ainda sobre questões relativas à Liturgia.
Na
sexta-feira os bispos iniciam o dia com a Santa Missa, às 7h30, no Altar
Central e depois seguem para o Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de
Almeida para as discussões diversas.
.............................................................................................................................................................
Assista:
..................................................................................................................................................
Assista:
Fonte: www.a12.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário