Sem amor e
serviço, a Igreja não vai para frente
"Sem amor,
a Igreja não vai para frente, a Igreja não respira. Sem o amor, não cresce, se
transforma numa instituição vazia, de aparências, de gestos sem
fecundidade", disse Francisco na missa matutina.
Cidade do Vaticano - Jesus nos ensina
o amor com a Eucaristia; nos ensina o serviço com o lava-pés; e nos diz que um
servo jamais está acima do seu senhor. Estes três elementos são o fundamento da
Igreja. Foi o que disse o Papa Francisco na homilia da missa celebrada na manhã
de quinta-feira (26/04) na capela da Casa Santa Marta. O Pontífice comentou o
Evangelho do dia, no qual João refere as palavras de Jesus depois do lava-pés.
Na Última Ceia,
explicou o Papa, Jesus se despede dos discípulos com um discurso longo e belo e
“faz dois gestos que são instituições”. Dois gestos para os discípulos e para a
Igreja que virá, “que são o fundamento, por assim dizer, da sua doutrina”.
Jesus “dá de comer o seu corpo e de beber o seu sangue”, isto é, institui a
Eucaristia, e faz o lava-pés. “Desses gestos nascem os dois mandamentos –
explicou Francisco – que farão crescer a Igreja se formos fiéis”.
Amor sem limites
O primeiro é o
mandamento do amor: não somente “amar o próximo como a si mesmo”, mas um passo
a mais: “amar o próximo como eu os amei”.
“O amor sem
limites. Sem isto, a Igreja não vai para frente, a Igreja não respira. Sem o
amor, não cresce, se transforma numa instituição vazia, de aparências, de
gestos sem fecundidade. Ir ao seu corpo: Jesus diz como devemos amar, até o
fim.”
Depois, o segundo
novo mandamento, que nasce do lava-pés: “servir uns aos outros”, lavar os pés
uns aos outros, como eu os lavei. Dois novos mandamentos e uma única
advertência: “vocês podem servir, mas enviados por mim. Não estão acima de mim.
Humildade
simples e verdadeira
De fato, Jesus
esclarece: o servo não está acima do seu senhor e o mensageiro não é maior que
aquele que o enviou”. Assim é a humildade simples e verdadeira, não a humildade
fingida.
A consciência de
que Ele é maior do que todos nós, e nós somos servos, e não podemos ultrapassar
Jesus, não podemos usar Jesus. Ele é o Senhor, não nós. Este é o testamento do
Senhor. Ele se dá de comer e beber e nos diz: amem-se assim. Lava os pés e nos
diz: sirvam assim, mas estejam atentos, um servo jamais é maior que aquele que
o enviou, do senhor. São palavras e gestos contundentes: é o fundamento da
Igreja. Se formos avante com essas três coisas, nunca vamos errar.
Os mártires e os
muitos santos, prosseguiu o Papa, foram avante assim: “com esta consciência de
ser servos”.
Subordinação
E depois Jesus
insere outra advertência: “Eu conheço aqueles que escolhi” e diz: “Mas sei que
um de vocês me trairá”. Por isso, Francisco conclui convidando todos, num
momento de silêncio, a deixar-se olhar pelo Senhor:
“É deixar que o
olhar de Jesus entre em mim. Sentiremos tantas coisas: sentiremos amor,
sentiremos talvez nada... ficaremos bloqueados ali, sentiremos vergonha. Mas
deixar sempre que o olhar de Jesus venha. O mesmo olhar com o qual olhava,
naquela noite, os seus na ceia. Senhor conhece, sabe tudo ”
Amor até o fim,
finalizou o Papa, serviço, e “vamos usar uma palavra um pouco militar, mas que
é útil: subordinação, isto é, Ele é o maior, eu sou servo, ninguém pode passar
na sua frente”.
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Assista:
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Fonte: www.vaticannews.va
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