Papa exorta à alegria e à confiança:
Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco abriu na manhã deste III Domingo do Advento a Porta Santa da Catedral de Roma, a Basílica São João de Latrão. É a terceira Porta Santa aberta pelo Pontífice neste Jubileu: a primeira foi em Bangui, capital da República Centro Africana, em 29 de novembro e a segunda na Basílica de São Pedro, em 8 de dezembro, abrindo oficialmente o Ano Santo da Misericórdia. Neste dia 13, são abertas as Portas Santas em todas as Catedrais do mundo.
inicia o tempo do grande Perdão
Cidade do Vaticano (RV) – O Papa Francisco abriu na manhã deste III Domingo do Advento a Porta Santa da Catedral de Roma, a Basílica São João de Latrão. É a terceira Porta Santa aberta pelo Pontífice neste Jubileu: a primeira foi em Bangui, capital da República Centro Africana, em 29 de novembro e a segunda na Basílica de São Pedro, em 8 de dezembro, abrindo oficialmente o Ano Santo da Misericórdia. Neste dia 13, são abertas as Portas Santas em todas as Catedrais do mundo.
A missa teve
início diante da Porta Santa no adro da Basílica. Após os Ritos de Introdução e
Penitencial, o Bispo de Roma deteve-se em oração enquanto era invocado o
Espírito Santo com o Veni Creator. Então, foi pronunciada a fórmula de abertura
da Porta: “Esta é a porta do Senhor”. “Abri-me as portas da justiça”. “Por
vossa grande misericórdia entrarei em vossa casa, Senhor”.
Acolhamos o amor infinito de Deus por nós |
Inspirando-se na
leitura do Profeta Sofonias, que faz uma exortação à alegria, o Papa iniciou
sua homilia explicando que “o motivo da alegria é expresso com palavras que
infundem esperança, e permitem olhar para o futuro com serenidade. O Senhor
revogou toda condenação e decidiu viver no meio de nós”.
O Santo Padre
diz que na proximidade do Natal “não podemos deixar-nos tomar pelo cansaço:
"Não nos é
permitida nenhuma forma de tristeza, embora tenhamos motivos para isso devido a
muitas preocupações e por causa das múltiplas formas de violência que ferem
esta nossa humanidade. A vinda do Senhor, porém, deve encher o nosso coração de
alegria”.
A mensagem do
Profeta – observa o Papa - abre o nosso coração à confiança: “Deus
protege o seu povo”:
“Num contexto
histórico de grandes arbitrariedades e violências, cometidas, sobretudo, por
homens de poder, Deus anuncia que Ele mesmo reinará sobre seu povo, que não
mais o deixará à mercê da arrogância de seus governantes, e que o libertará de
toda angústia. Hoje nos é pedido que “não deixemos desfalecer vossas mãos”, por
causa da dúvida, da impaciência ou do sofrimento”.
E citando o
apóstolo Paulo, que “responde com veemência ao ensinamento do profeta Sofonias”,
Francisco diz que “devemos alegrar-nos sempre, e com a nossa afabilidade dar a
todos testemunho da proximidade e do cuidado que Deus tem por toda pessoa”:
“Abrimos a Porta
Santa, aqui e em todas as catedrais do mundo. Também este simples sinal é um
convite à alegria. Inicia o tempo do grande perdão. É o Jubileu da
Misericórdia. É o momento para redescobrir a presença de Deus e a sua ternura
de Pai. Deus não ama a rigidez. Ele é Pai, é terno. Faz tudo com a ternura de
Pai”.
O Papa observa
que somos como as multidões que interrogavam João, perguntando “o que devemos
fazer”. E a resposta do Batista não se faz esperar, “ele convida a agir com
justiça e a olhar para as necessidades daqueles que se encontram necessitados”.
Mas o que João exige – foi a ressalva do Papa – “é aquilo que está na Lei”. A
nós, ao invés, é pedido um compromisso mais radical:
“Diante da Porta
Santa que chamados a atravessar, nos é pedido para sermos instrumentos de
misericórdia, conscientes de que seremos julgados sobre isso. Quem foi batizado
sabe ter uma obrigação maior. A fé em Cristo provoca a um caminho que dura para
toda a vida: o de ser misericordiosos como o Pai. A alegria de atravessar a
Porta da Misericórdia é acompanhada do compromisso de acolher e testemunhar um
amor que vai além da justiça, um amor que não conhece fim. Somos responsáveis
por esse amor infinito, apesar das nossas contradições”.
Ao concluir, o
Papa exortou a rezarmos “por nós e por todos aqueles que atravessarão a Porta
da Misericórdia, a fim de que possamos compreender e acolher o amor infinito do
nosso Pai celeste, que transforma e renova a vida”. (JE)
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Francisco:
Após abrir a Porta Santa na Basílica São João de Latrão, o Papa Francisco retornou ao Vaticano para rezar o Angelus com os milhares de fieis reunidos na Praça São Pedro, num domingo de céu azul e muito frio. Conversão e alegria foram os temas da reflexão do Papa: “Deus não fecha para ninguém a possibilidade de salvar-se” - ressaltou- e “nenhuma categoria de pessoas está excluída de percorrer o caminho da conversão para salvar-se”.
Deus não fecha a ninguém a possibilidade de salvar-se
Após abrir a Porta Santa na Basílica São João de Latrão, o Papa Francisco retornou ao Vaticano para rezar o Angelus com os milhares de fieis reunidos na Praça São Pedro, num domingo de céu azul e muito frio. Conversão e alegria foram os temas da reflexão do Papa: “Deus não fecha para ninguém a possibilidade de salvar-se” - ressaltou- e “nenhuma categoria de pessoas está excluída de percorrer o caminho da conversão para salvar-se”.
A pergunta
dirigida a João Batista “Que devemos fazer?”- extraída do Evangelho de Lucas -
inspirou a reflexão do Papa sobre o caminho de conversão e salvação. Francisco
observa que três categorias de pessoas interpelam João: a multidão, os
publicanos e alguns soldados. “Cada um destes grupos – explicou - interroga o
profeta sobre o que deve fazer para pôr em prática a conversão que ele prega”.
E João responde a eles dizendo que é “a partilha dos bens de primeira
necessidade”: “Quem tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem; e quem
tiver comida, faça o mesmo!”. Aos cobradores de impostos diz: “Não cobreis mais
do que foi estabelecido”. “O que quer dizer isto? Não cobrar propina”. E aos
soldados, por fim: “Não tomeis à força dinheiro de ninguém, nem façais falsas
acusações; ficai satisfeitos com o vosso salário!”:
Deus quer a salvação de todos |
“Destas
advertências de João Batista – notou – compreendemos quais eram as tendências
gerais de quem detinha o poder naquela época, nas mais diversas formas. E as
coisas não mudaram muito, hein!”. Mas faz a ressalva:
“Todavia, nenhuma
categoria de pessoas está excluída de percorrer o caminho da conversão para
obter a salvação, nem mesmo os publicanos considerados pecadores por definição.
Nem mesmo eles estão excluídos da salvação. Deus não fecha a ninguém a
possibilidade de salvar-se. Ele – se poderia dizer esta palavra - está ansioso
para usar de misericórdia, usá-la para com todos e de acolher a cada um no seu
terno abraço de reconciliação e de perdão”.
O Papa reitera
que as palavras de João propostas pela liturgia de hoje - que falam da
necessidade de conversão, de mudar de direção, de rumo e de seguir pelo caminho
da justiça, da solidariedade, da sobriedade - são também para nós.
“Convertam-se! É a síntese da mensagem de Batista”, diz o Papa. E uma dimensão
particular da conversão – observa – é a alegria, pois “quem se converte e se
aproxima do Senhor, é alegre”:
“Hoje é
necessário coragem para falar de alegria, é necessário sobretudo fé! O mundo é
afligido por tantos problemas, o futuro marcado por incógnitas e temores. E
ainda que o cristão seja uma pessoa alegre, e a sua alegria não é algo
superficial e efêmero, mas profunda e estável, porque é um dom do Senhor que
preenche a vida. E a nossa alegria vem da certeza de que o Senhor está
próximo”.
O Papa conclui,
pedindo que Maria “nos ajude a fortalecer a nossa fé, para que saibamos acolher
o Deus da alegria, que sempre quer habitar em meio aos seus filhos” e “nos
ensine a partilhar as lágrimas com quem chora, para poder dividir também os
sorrisos”.
Após recitar a
oração mariana do Angelus, o Papa saudou os fieis e grupos presentes na Praça
São Pedro, recordando que hoje, em todas as catedrais do mundo, serão abertas
as Portas Santas, para que o Jubileu possa ser vivido plenamente nas Igrejas
particulares”:
“Desejo que este
momento forte estimule a muitos a serem instrumentos da ternura de Deus. Como
expressão das obras de misericórdia, serão abertas também as “Portas da
Misericórdia” nos locais em dificuldades e marginalização. A este propósito,
saúdo os presos dos cárceres de todo o mundo, especialmente os da prisão de
Pádua, que hoje estão unidos a nós espiritualmente neste momento de oração, e
os agradeço pelo dom do concerto”.
De forma
particular, o Papa também saudou um grupo de Focolarinos presentes na Praça,
junto a amigos de algumas comunidades islâmicas. (JE)
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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