3º Domingo do Advento
1ª Leitura: Sf 3, 4-18a
Canta de
alegria, cidade de Sião; rejubila, povo de Israel! Alegra-te e exulta de todo o
coração, cidade de Jerusalém!
O Senhor revogou
a sentença contra ti, afastou teus inimigos; o rei de Israel é o Senhor, ele
está no meio de ti, nunca mais temerás o mal.
Naquele dia, se
dirá a Jerusalém: “Não temas, Sião, não te deixes levar pelo desânimo! O
Senhor, teu Deus, está no meio de ti, o valente guerreiro que te salva; ele
exultará de alegria por ti, movido por amor; exultará por ti, entre louvores, como
nos dias de festa”.
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Salmo: Is 12,2-6
– Exultai cantando alegres, habitantes de Sião, porque é grande em vosso meio o Deus Santo de Israel!
– Exultai cantando alegres, habitantes de Sião, porque é grande em vosso meio o Deus Santo de Israel!
– Eis o Deus, meu Salvador, eu confio e nada
temo;/ o Senhor é minha força, meu louvor e salvação./ Com alegria
bebereis no manancial da salvação,/ e direis naquele dia: “Dai louvores ao
Senhor.
– Invocai seu
santo nome, anunciai suas maravilhas,/ entre os povos proclamai que seu
nome é o mais sublime.
– Louvai cantando ao nosso Deus, que fez prodígios
e portentos,/ publicai em toda a terra suas grandes maravilhas!/ Exultai
cantando alegres, habitantes de Sião,/ porque é grande em vosso meio o
Deus Santo de Israel!”
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2ª Leitura: Fl 4,4-7
Alegrai-vos
sempre no Senhor; eu repito, alegrai-vos. Que a vossa bondade seja
conhecida de todos os homens! O Senhor está próximo!
Não vos
inquieteis com coisa alguma, mas apresentai as vossas necessidades a Deus, em
orações e súplicas, acompanhadas de ação de graças. E a paz de Deus, que
ultrapassa todo o entendimento, guardará os vossos corações e pensamento em
Cristo Jesus.
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Evangelho: Lc 3,10-18
João, o Batista |
Naquele tempo, as
multidões perguntavam a João: “Que devemos fazer?” João respondia: “Quem
tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem; e quem tiver comida, faça o mesmo!”Foram
também para o batismo cobradores de impostos, e perguntaram a João: “Mestre,
que devemos fazer?”
João respondeu:
“Não cobreis mais do que foi estabelecido”. Havia também soldados que
perguntavam: “E nós, que devemos fazer?”
João respondia:
“Não tomeis à força dinheiro de ninguém, nem façais falsas acusações; ficai
satisfeitos com o vosso salário!”
O povo estava na
expectativa e todos perguntavam no seu íntimo se João não seria o Messias. Por
isso, João declarou a todos: “Eu vos batizo com água, mas virá aquele que é
mais forte do que eu. Eu não sou digno de desamarrar a correia de suas
sandálias. Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo. Ele virá com a pá
na mão: vai limpar sua eira e recolher o trigo no celeiro; mas a palha ele a
queimará no fogo que não se apaga”.
E ainda de
muitos outros modos, João anunciava ao povo a Boa Nova.
Reflexão
Caminho a seguir
Muitos
procuravam João Batista e queriam saber dele qual o caminho a seguir, pois, ele
apresentava a necessidade de conversão da vida para cada um realizar o projeto
de Deus.
Hoje é comum
ficar-se na incerteza do que fazer na vida diante de tantas propostas
apresentadas para a pessoa se realizar na vida. Os estímulos são fortes na
direção da busca de felicidade baseada na matéria, nos prazeres passageiros e
na ambição. O acúmulo de vantagens econômicas e sensíveis, porém, não realiza a
pessoa humana, que se torna insaciável em querer sempre mais essas
gratificações momentâneas.
O precursor de
Jesus apregoa a austeridade e a exercitação na prática do bem ao próximo.
Aliás, a alteridade é uma atitude e virtude de quem compartilha o amor, que
realiza muito mais a pessoa humana do que o ter o que agrada os sentidos, mas
não preenche a sede de fraternidade. Experimentar isso traz muito mais conforto
para a auto-estima do que a busca de vantagens egoístas. A grandeza de caráter
leva a pessoa a pensar no plural e não só no próprio particular, ou seja, ser
aberta à convivência na promoção da comunidade para todos se sentirem bem no
barco da vida em que cada um se acha. Querer fixar-se no próprio barquinho do
oceano da vida e renunciar o grande navio que conduz com mais segurança a todos
é uma insanidade.
Deus nos dá o
dom da vida e muitos talentos para nos ajudarmos mutuamente na convivência
solidária e de promoção do bem de todos. Não à toa o batizador do Mestre
aconselha: “Quem tiver duas túnicas dê uma a quem não tem; e quem tiver comida
faça o mesmo!... Não cobreis mais do que foi estabelecido... Não tomeis à força
dinheiro de ninguém nem façais falsas acusações” (Lucas 3, 11.13.14).
Nada melhor
nesta preparação para a celebração da vinda do Salvador do que revermos nossa
caminhada e refletirmos se não estamos nos deixando levar pelo consumismo,
pelo egoísmo exacerbado, se não estamos sendo solidários com o bem dos
deixados de lado na sociedade ou se não estamos usando os dons de Deus para o
serviço ao bem comum!
O profeta
Sofonias apresenta a alegria de quem celebra o advento da salvação com a vinda
do Senhor. Ele nos dá a certeza de que a vida tem jeito para quem trilha o
caminho de Deus. O desânimo é superado. As barreiras dos nossos desafios são
vencidas. Isso acontece quando as pessoas seguem os passos de quem lhes
garante o resultado de seu esforço em se pautar pelas coordenadas do Senhor
(Cf. Sofonias 3,14018).
Paulo fala
exuberantemente da euforia de quem se agarra àquele que é capaz de
transformar a vida de cada um que se deixa levar por sua pessoa e seu amor (Cf
Filipenses 4,4-7). De fato, a celebração do Natal de conversão para o
seguimento do Emanuel leva cada um à certeza de encontrar o caminho da vida
realizada: ele leva a humanidade, na obediência ao Criador, a solucionar seus
problemas com a nova prática da justiça, da solidariedade, do cuidado com o
planeta e com a doação de cada um pela convivência digna e promotora do bem
universal!
Dom José Alberto
Moura - Arcebispo
Metropolitano de Montes Claros
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