25 anos sem assistir à televisão
Uma jovem de
Sarajevo perguntou ao Papa, no sábado, se ele realmente não assistia à
televisão há mais de 20 anos. A resposta de Francisco é um convite à sobriedade
em tempos de relativismo.
“Uma noite, a
meados dos anos 90, senti que [a televisão] não me fazia bem, alienava-me,
condicionava-me... e decidi deixar de a ver.
Senti que a televisão me alienava |
Quando queria
ver um filme bom, ia ao centro televisivo do arcebispado e via-o lá. Mas só
aquele filme... A televisão, ao contrário, alienava-me e impelia-me para fora
de mim; não me ajudava. Sem dúvida, sou da Idade da Pedra, sou antigo!
Compreendo que o
tempo mudou! Agora vivemos no tempo da imagem. E isto é muito importante. Mas,
no tempo da imagem, deve-se fazer como no tempo dos livros: escolher as coisas
que me fazem bem! Daqui seguem-se duas coisas.
Primeira: a
responsabilidade que têm os centros televisivos de produzir programas que façam
bem, que promovam os valores, que construam a sociedade, que nos façam crescer,
e não nos degradem; e ainda, produzam programas capazes de nos ajudar para que
os valores, os verdadeiros valores, se tornem mais fortes e nos preparem para a
vida. Esta é a responsabilidade dos centros televisivos.
Segunda coisa:
saber escolher os programas, e esta é uma responsabilidade nossa. Se vejo que
um programa não me faz bem, destrói-me os valores, torna-me vulgar, resvalando
mesmo na obscenidade, devo mudar de canal. Como se fazia na minha Idade da
Pedra: quando um livro era bom, tu lia-lo; quando um livro te fazia mal,
jogava-lo fora. Mas há ainda um terceiro ponto: a fantasia nociva, aquela
fantasia que mata a alma.
Se tu, que és
jovem, vives preso ao computador e te tornas escravo do computador, perdes a
liberdade! E, se procuras no computador programas sujos, perdes a dignidade!
Ver a televisão,
usar o computador, mas para as coisas belas, as coisas grandes, as coisas que
nos fazem crescer. Isto é bom”. .................................................................................................................................
Fonte: radiovaticana.va news.va
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