13º Domingo do Tempo Comum
Naqueles dias, 1o
rei Herodes prendeu alguns membros da Igreja, para torturá-los. Mandou
matar à espada Tiago, irmão de João. E, vendo que isso agradava aos
judeus, mandou também prender a Pedro. Eram os dias dos Pães ázimos.
“Depois de
prender Pedro, Herodes colocou-o na prisão, guardado por quatro grupos de
soldados, com quatro soldados cada um. Herodes tinha a intenção de apresentá-lo
ao povo, depois da festa da Páscoa.
Enquanto Pedro
era mantido na prisão, a Igreja rezava continuamente a Deus por ele.
Herodes estava
para apresentá-lo. Naquela mesma noite, Pedro dormia entre dois soldados, preso
com duas correntes; e os guardas vigiavam a porta da prisão.
Eis que apareceu
o anjo do Senhor e uma luz iluminou a cela. O anjo tocou o ombro de Pedro,
acordou-o e disse: “Levanta-te depressa!” As correntes caíram-lhe das mãos.
O anjo
continuou: “Coloca o cinto e calça tuas sandálias!” Pedro obedeceu e o anjo lhe
disse: “Põe tua capa e vem comigo!”
Pedro
acompanhou-o, e não sabia que era realidade o que estava acontecendo por meio
do anjo, pois pensava que aquilo era uma visão.
Depois de
passarem pela primeira e segunda guarda, chegaram ao portão de ferro que dava
para a cidade. O portão abriu-se sozinho. Eles saíram, caminharam por uma rua e
logo depois o anjo o deixou. Então Pedro caiu em si e disse: “Agora sei,
de fato, que o Senhor enviou o seu anjo para me libertar do poder de Herodes e
de tudo o que o povo judeu esperava!”
...............................................................................................................................................................
Salmo: 33
– De todos os
temores me livrou o Senhor Deus.
– De todos os temores me livrou o Senhor Deus.
– Bendirei o
Senhor Deus em todo o tempo,/ seu louvor estará sempre em minha boca./ Minha
alma se gloria no Senhor;/ que ouçam os humildes e se alegrem!
– Comigo
engrandecei ao Senhor Deus,/ exaltemos todos juntos o seu nome!/ Todas
as vezes que o busquei, ele me ouviu,/ e de todos os temores me livrou.
– Contemplai a sua
face e alegrai-vos,/ e vosso rosto não se cubra de vergonha!/ Este
infeliz gritou a Deus, e foi ouvido,/ e o Senhor o libertou de toda
angústia.
– O anjo do
Senhor vem acampar/ ao redor dos que o temem, e os salva./ Provai e
vede quão suave é o Senhor!/ Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!
...............................................................................................................................................................
2ª Leitura: 2Tm 4,6-8.17-18
Caríssimo, quanto
a mim, eu já estou para ser derramado em sacrifício; aproxima-se o momento de
minha partida. Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. Agora
está reservada para mim a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará
naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que esperam com amor a
sua manifestação gloriosa.
Mas o Senhor
esteve a meu lado e me deu forças, ele fez com que a mensagem fosse anunciada
por mim integralmente, e ouvida por todas as nações; e eu fui libertado da boca
do leão.
O Senhor me
libertará de todo mal e me salvará para o seu Reino celeste. A ele a glória,
pelos séculos dos séculos! Amém.
Evangelho: Mt 16,13-19
Jesus foi à
região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem
os homens ser o Filho do Homem?”
Eles
responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros
ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”.
Então Jesus lhes
perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?”
Simão Pedro
respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”.
Respondendo,
Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser
humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso eu te
digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder
do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus:
tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares
na terra será desligado nos céus”.
..............................................................................................................................................................
Reflexão
Pela fé a Igreja é revestida da luz do Ressuscitado
Junto com a
festa de S. Pedro e S. Paulo, celebramos a festa do que a Igreja é: Corpo de
Cristo, testemunha de Jesus Cristo (At 1,8), testemunha da vitória de Cristo
sobre o mal e todas as manifestações e sobre a morte.
Ao celebrarmos
num mesmo dia a festa desses dois mártires, tão diferentes entre si, mas unidos
pelo mesmo amor à pessoa de Jesus, amor que os levou a entregar a própria vida,
celebramos também a diversidade da Igreja e o desafio de construir a comunhão
eclesial. Um e outro puderam experimentar uma profunda e radical transformação
em suas vidas.
Que a exemplo de São Pedro e São Paulo, sejamos construtores da unidade na diversidade! |
Pedro foi
encontrado pelo Senhor, às margens do mar da Galileia, enquanto, com seu irmão
André, lavavam as redes, depois de uma noite de pesca. A partir desse primeiro
encontro, teve início um longo caminho de transformação radical da sua vida,
que o levou a essa magnífica expressão de sua adesão radical a Jesus: “...
Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo” (Jo 21,17).
Paulo, de
perseguidor implacável da Igreja de Cristo, foi iluminado pelo Senhor no
caminho de Damasco. Essa iluminação, num primeiro momento, o cegou para fazê-lo
compreender que todo o passado dele sem Cristo era uma grande cegueira. A luz
que surpreendeu Paulo o cegou para dar a ele uma nova luz, a luz do Cristo
ressuscitado, a iluminação que é dada como fruto da fé no Senhor vencedor do
mal e da morte.
A fé da Igreja
está apoiada na rocha da fé de Pedro e no testemunho daqueles que com Pedro
foram testemunhas oculares de tudo o que Jesus fez e ensinou. Pela fé a Igreja
é revestida da luz do Cristo ressuscitado e, pela graça do mesmo Cristo, é
herdeira de sua vitória (cf. Ap 12,1-6). Deles e de todos os que viveram o
tesouro da fé a ponto de darem suas vidas se pode dizer que nada foi capaz de
separá-los do amor de Cristo (Rm 8,35-37).
Por razões
diferentes, a Igreja de todos os tempos sempre foi perseguida e ameaçada.
Sempre tivemos mártires. O nosso tempo, nesse aspecto, não faz exceção. Por
trás do discurso de tolerância religiosa se esconde uma verdadeira rejeição aos
valores verdadeiramente cristãos.
Que Deus nos dê
a graça e a força do Ressuscitado para que, apoiados na fé dos Apóstolos,
possamos, não obstante o mundo que nos cerca, dar o verdadeiro testemunho de
Cristo. E que, não obstante os momentos difíceis, as ameaças e os perigos, a
Igreja continue o seu caminho. Que Deus nos conceda a graça de uma confiança
inabalável nele e a graça da lealdade e da fidelidade à Igreja, construída
sobre a rocha da fé de Pedro.
Reflexão: paulinas.org.br Banner: cnbb.org.br Ilustrações: franciscanos.org.br
...............................................................................................................................
Nenhum comentário:
Postar um comentário