sábado, 27 de junho de 2015

Leituras do

13º Domingo do Tempo Comum


1ª Leitura: At 12,1-11
Naqueles dias, 1o rei Herodes prendeu alguns membros da Igreja, para torturá-los. Mandou matar à espada Tiago, irmão de João. E, vendo que isso agradava aos judeus, mandou também prender a Pedro. Eram os dias dos Pães ázimos.
“Depois de prender Pedro, Herodes colocou-o na prisão, guardado por quatro grupos de soldados, com quatro soldados cada um. Herodes tinha a intenção de apresentá-lo ao povo, depois da festa da Páscoa.
Enquanto Pedro era mantido na prisão, a Igreja rezava continuamente a Deus por ele.
Herodes estava para apresentá-lo. Naquela mesma noite, Pedro dormia entre dois soldados, preso com duas correntes; e os guardas vigiavam a porta da prisão.
Eis que apareceu o anjo do Senhor e uma luz iluminou a cela. O anjo tocou o ombro de Pedro, acordou-o e disse: “Levanta-te depressa!” As correntes caíram-lhe das mãos.
O anjo continuou: “Coloca o cinto e calça tuas sandálias!” Pedro obedeceu e o anjo lhe disse: “Põe tua capa e vem comigo!”
Pedro acompanhou-o, e não sabia que era realidade o que estava acontecendo por meio do anjo, pois pensava que aquilo era uma visão.
Depois de passarem pela primeira e segunda guarda, chegaram ao portão de ferro que dava para a cidade. O portão abriu-se sozinho. Eles saíram, caminharam por uma rua e logo depois o anjo o deixou. Então Pedro caiu em si e disse: “Agora sei, de fato, que o Senhor enviou o seu anjo para me libertar do poder de Herodes e de tudo o que o povo judeu esperava!”
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Salmo: 33
– De todos os temores me livrou o Senhor Deus.

– De todos os temores me livrou o Senhor Deus.

– Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo,/ seu louvor estará sempre em minha boca./ Minha alma se gloria no Senhor;/ que ouçam os humildes e se alegrem!
 Comigo engrandecei ao Senhor Deus,/ exaltemos todos juntos o seu nome!/ Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu,/ e de todos os temores me livrou.
– Contemplai a sua face e alegrai-vos,/ e vosso rosto não se cubra de vergonha!/ Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido,/ e o Senhor o libertou de toda angústia.
– O anjo do Senhor vem acampar/ ao redor dos que o temem, e os salva./ Provai e vede quão suave é o Senhor!/ Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!
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2ª Leitura: 2Tm 4,6-8.17-18
Caríssimo, quanto a mim, eu já estou para ser derramado em sacrifício; aproxima-se o momento de minha partida. Combati o bom combate, completei a corrida, guardei a fé. Agora está reservada para mim a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos os que esperam com amor a sua manifestação gloriosa.
Mas o Senhor esteve a meu lado e me deu forças, ele fez com que a mensagem fosse anunciada por mim integralmente, e ouvida por todas as nações; e eu fui libertado da boca do leão.
O Senhor me libertará de todo mal e me salvará para o seu Reino celeste. A ele a glória, pelos séculos dos séculos! Amém.
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Evangelho:  Mt 16,13-19
Jesus foi à região de Cesareia de Filipe e ali perguntou aos seus discípulos: “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?”
Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros que é Elias; outros ainda, que é Jeremias ou algum dos profetas”.
Então Jesus lhes perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?”
Simão Pedro respondeu: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”.
Respondendo, Jesus lhe disse: “Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus”.
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Reflexão
Pela fé a Igreja é revestida da luz do Ressuscitado
Junto com a festa de S. Pedro e S. Paulo, celebramos a festa do que a Igreja é: Corpo de Cristo, testemunha de Jesus Cristo (At 1,8), testemunha da vitória de Cristo sobre o mal e todas as manifestações e sobre a morte.
Ao celebrarmos num mesmo dia a festa desses dois mártires, tão diferentes entre si, mas unidos pelo mesmo amor à pessoa de Jesus, amor que os levou a entregar a própria vida, celebramos também a diversidade da Igreja e o desafio de construir a comunhão eclesial. Um e outro puderam experimentar uma profunda e radical transformação em suas vidas.
Que a exemplo de São Pedro e São Paulo,
sejamos construtores da unidade na diversidade!
Pedro foi encontrado pelo Senhor, às margens do mar da Galileia, enquanto, com seu irmão André, lavavam as redes, depois de uma noite de pesca. A partir desse primeiro encontro, teve início um longo caminho de transformação radical da sua vida, que o levou a essa magnífica expressão de sua adesão radical a Jesus: “... Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo” (Jo 21,17).
Paulo, de perseguidor implacável da Igreja de Cristo, foi iluminado pelo Senhor no caminho de Damasco. Essa iluminação, num primeiro momento, o cegou para fazê-lo compreender que todo o passado dele sem Cristo era uma grande cegueira. A luz que surpreendeu Paulo o cegou para dar a ele uma nova luz, a luz do Cristo ressuscitado, a iluminação que é dada como fruto da fé no Senhor vencedor do mal e da morte.
A fé da Igreja está apoiada na rocha da fé de Pedro e no testemunho daqueles que com Pedro foram testemunhas oculares de tudo o que Jesus fez e ensinou. Pela fé a Igreja é revestida da luz do Cristo ressuscitado e, pela graça do mesmo Cristo, é herdeira de sua vitória (cf. Ap 12,1-6). Deles e de todos os que viveram o tesouro da fé a ponto de darem suas vidas se pode dizer que nada foi capaz de separá-los do amor de Cristo (Rm 8,35-37).
Por razões diferentes, a Igreja de todos os tempos sempre foi perseguida e ameaçada. Sempre tivemos mártires. O nosso tempo, nesse aspecto, não faz exceção. Por trás do discurso de tolerância religiosa se esconde uma verdadeira rejeição aos valores verdadeiramente cristãos.
Que Deus nos dê a graça e a força do Ressuscitado para que, apoiados na fé dos Apóstolos, possamos, não obstante o mundo que nos cerca, dar o verdadeiro testemunho de Cristo. E que, não obstante os momentos difíceis, as ameaças e os perigos, a Igreja continue o seu caminho. Que Deus nos conceda a graça de uma confiança inabalável nele e a graça da lealdade e da fidelidade à Igreja, construída sobre a rocha da fé de Pedro.
                                             Pe. Carlos Alberto Contieri, sj 
   Reflexão: paulinas.org.br       Banner: cnbb.org.br      Ilustrações: franciscanos.org.br
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