11º Domingo do Tempo Comum
Assim diz o
Senhor Deus: “Eu mesmo tirarei um galho da copa do cedro, do mais alto de seus
ramos arrancarei um broto e o plantarei sobre um monte alto e elevado. Vou
plantá-lo sobre o alto monte de Israel. Ele produzirá folhagem, dará frutos e
se tornará um cedro majestoso. Debaixo dele pousarão todos os pássaros, à
sombra de sua ramagem as aves farão ninhos. E todas as árvores do campo
saberão que eu sou o Senhor, que eu sou o Senhor, que abaixo a árvore alta e
elevo a árvore baixa; faço secar a árvore verde e brotar a árvore seca. Eu, o
Senhor, digo e faço”.
...............................................................................................................................................................
Salmo: 91
– Como é bom agradecer ao Senhor!
– Como é bom agradecer ao Senhor!
– Como é
bom agradecermos ao Senhor/ e cantar salmos de louvor/ ao Deus
altíssimo!/Anunciar pela manhã vossa bondade,/ e o vosso amor fiel,/ a
noite inteira.
– O justo
crescerá como a palmeira,/ florirá igual ao cedro que há no Líbano;/ na
casa do Senhor estão plantados,/ nos átrios de meu Deus florescerão.
– Mesmo no
tempo da velhice darão frutos,/ cheios de seiva/ e de folhas
verdejantes; e dirão:/“É justo mesmo o Senhor Deus:/ meu rochedo,/ não
existe nele o mal!”
...............................................................................................................................................................
2ª Leitura: 2Cor 5,6-10
Estamos sempre
cheios de confiança e bem lembrados de que, enquanto moramos no corpo, somos
peregrinos longe do Senhor; pois caminhamos na fé e não na visão clara. Mas
estamos cheios de confiança e preferimos deixar a moradia do nosso corpo, para
ir morar junto do Senhor. Por isso, também nos empenhamos em ser
agradáveis a ele, quer estejamos no corpo, quer já tenhamos deixado essa
morada. Aliás, todos nós temos de comparecer às claras perante o tribunal
de Cristo, para cada um receber a devida recompensa – prêmio ou castigo – do
que tiver feito ao longo de sua vida corporal.
Evangelho: Mc 4,26-34
Jesus disse à
multidão: “O Reino de Deus é como quando alguém espalha a semente na terra. Ele
vai dormir e acorda, noite e dia, e a semente vai germinando e crescendo, mas
ele não sabe como isso acontece. A terra, por si mesma, produz o fruto:
primeiro aparecem as folhas, depois vem a espiga e, por fim, os grãos que
enchem a espiga. Quando as espigas estão maduras, o homem mete logo a foice,
porque o tempo da colheita chegou”.
E Jesus
continuou: “Com que mais poderemos comparar o Reino de Deus? Que parábola
usaremos para representá-lo? O Reino de Deus é como um grão de mostarda
que, ao ser semeado na terra, é a menor de todas as sementes da terra. Quando
é semeado, cresce e se torna maior do que todas as hortaliças, e estende ramos
tão grandes, que os pássaros do céu podem abrigar-se à sua sombra”.
Jesus anunciava
a Palavra usando muitas parábolas como estas, conforme eles podiam compreender. E
só lhes falava por meio de parábolas, mas, quando estava sozinho com os
discípulos, explicava tudo.
..............................................................................................................................................................
Reflexão
As parábolas do Reino
Confiança e
coragem são os temas da liturgia da palavra deste domingo. Essas duas atitudes
são fundamentais para levarmos a bom termo nossa vocação cristã e a missão que
o Senhor nos confia. Ezequiel exerceu o seu ministério de profeta durante o
exílio, no século VI a.C. Ele foi com os deportados para a Babilônia. Essa
experiência, tida como um grande buraco negro da história de Israel, ameaçou
profundamente a esperança de Israel e a sua confiança em Deus. A missão de
Ezequiel foi a de ressuscitar a esperança e a confiança no povo exilado.
A imagem do
broto de cedro, que depois se torna um cedro gigante e serve de abrigo aos
pássaros, visa mostrar que Deus é capaz de transformar profundamente a
realidade; ele é capaz de transformar o que parece bem estabelecido, pois, para
ele, “nada é impossível” (Lc 1,37).
Quem confia em
Deus pode ter a certeza de vencer as adversidades da vida, as dificuldades e as
experiências dolorosas. Mas para isso é preciso humildade e docilidade; é
necessário deixar Deus agir e esperar confiante. No trecho do evangelho de
hoje, temos duas parábolas do Reino. O Reino de Deus não se circunscreve a
nenhuma definição. Haverá sempre algo a dizer e a compreender dele. Por isso, a
melhor forma de dizê-lo e de fazer entrar no seu mistério é a parábola.
A primeira
delas, própria a Marcos, apresenta que o Reino de Deus exige uma dupla atitude:
empenho e espera. Empenho de semear, de tornar presente no mundo a realidade do
mistério do Reino de Deus presente e revelado em Jesus Cristo. Ao mesmo tempo,
o dinamismo do Reino de Deus exige perseverança na espera paciente, pois a
semente plantada na terra possui o dinamismo do seu próprio crescimento, o que
só acontece no curso próprio do tempo, em meio às vicissitudes da história
humana. O Reino de Deus não nasce já grande e vistoso.
A parábola do
grão de mostarda ilustra esse contraste entre a pequenez da semente e o que ela
se torna, a maior de todas as hortaliças. Para o ouvinte, a parábola é um
convite à confiança e à esperança, e a entrar no dinamismo próprio do Reino de
Deus.
Reflexão: paulinas.org.br Banner: cnbb.org.br Ilustração: franciscanos.org.br
...............................................................................................................................
Nenhum comentário:
Postar um comentário