Sejamos testemunhas da felicidade de Deus, não de ídolos!
O Papa
Francisco, na alocução que precedeu a Oração Mariana do Angelus neste domingo
(17), na Praça São Pedro, convidou a refletir sobre "o sentido profundo de
ter fé, que consiste em confiarmos totalmente no Senhor", que é quem pode
dar "aquela plenitude tanto desejada ou difícil de se alcançar". O
Pontífice alertou sobre os "ídolos mundanos" dos nossos dias, aqueles
que se propõem como "distribuidores de felicidade: prometem sucesso a
curto prazo, grande retorno de fácil alcance, soluções mágicas para cada
problema”.
Cidade do
Vaticano - O Papa Francisco, antes da Oração Mariana do Angelus deste domingo
(17) de sol e ambiente primaveril, comenta o Evangelho das Bem-aventuranças na
versão de São Lucas (Lc 7, 17.20-26). O Pontífice afirma que ter fé é confiar
totalmente no Senhor, derrubando “ídolos mundanos”, e a que a felicidade é
estar com Deus próximo aos pobres e não seguindo os “profissionais de ilusão”.
O Pontífice
começa explicando que o texto se articula “em quatro bem-aventuranças e quatro
mandamentos formulados com a expressão ‘ai de vós’”. São palavras fortes e
incisivas que Jesus usa para nos abrir os olhos. Francisco nos convida, assim,
“a refletir sobre o sentido profundo de ter fé, que consiste em confiarmos
totalmente no Senhor”.
Cuidado com o
pecado da idolatria
Deus está
próximo dos “pobres, dos que tem fome, aflitos e perseguidos” para libertá-los
das suas escravidões, diz o Papa, e se dirige aos ricos, saciados, sorridentes
e aclamados pelas pessoas com o “ai de vós” para “’despertá-los’ do engano
perigoso do egoísmo”.
Papa Francisco fala à multidão |
“Trata-se de
derrubar os ídolos mundanos para abrir o coração ao Deus vivo e verdadeiro; só
Ele pode dar à nossa existência aquela plenitude tanto desejada ou difícil para
se alcançar.”
Congregados em Cristo |
“São muitos, de
fato, inclusive nos nossos dias, aqueles que se propõem como distribuidores de
felicidade: vêm e prometem sucesso a curto prazo, grande retorno de fácil
alcance, soluções mágicas para cada problema e assim por diante. E aqui é fácil
escorregar sem perceber no pecado contra o primeiro mandamento, isto é, a
idolatria, substituir Deus com um ídolo. Idolatria e ídolos parecem coisas de
outros tempos, mas, na verdade, são de todos os tempos! Inclusive de hoje.
Descrevem algumas posturas contemporâneas melhor que muitas análises
sociológicas.”
Seguir Deus que
dá esperança, não os profissionais da ilusão
Por isso Jesus
nos abre os olhos para a realidade, afirma o Papa. Somos felizes se estamos ao
lado de Deus e “da parte daquilo que não é efêmero, mas dura pela vida eterna”.
Somos felizes se “estivermos próximos aos pobres, aos aflitos e a quem tem
fome”, acrescenta o Pontífice, “possuindo bens deste mundo”, mas conseguindo
“compartilhar com os nossos irmãos”.
Fé e União |
“As
Bem-aventuranças de Jesus são uma mensagem decisiva que nos motiva a não
recolocar a nossa crença nas coisas materiais e passageiras, a não procurar a
felicidade seguindo os vendedores de fumaça que muitas vezes são vendedores de
morte, aqueles profissionais da ilusão. Não, não seguir eles; são incapazes de
nos dar esperança. O Senhor nos ajuda a abrir os olhos, a capturar um olhar
mais penetrante sobre a realidade, a sarar da miopia crônica que o espírito
mundano nos contamina.”
Testemunhas da
felicidade e de Deus
O Papa finaliza
sua mensagem através da motivação de Deus, de reconhecermos “aquilo que
realmente nos enriquece, nos sacia, nos dá alegria e dignidade” e de nos
tornarmos, assim, “testemunhas da felicidade que não engana. Aquela de Deus,
não decepciona nunca”.
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Fonte: vaticannews.va
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