sexta-feira, 14 de julho de 2017

Leituras do

15º Domingo do Tempo Comum


1ª Leitura: Is 55,10-11
Livro do Profeta Isaías:
Isto diz o Senhor: “Assim como a chuva e a neve descem do céu e para lá não voltam mais, mas vêm irrigar e fecundar a terra, e fazê-la germinar e dar semente, para o plantio e para a alimentação, assim a palavra que sair de minha boca: não voltará para mim vazia; antes, realizará tudo que for de minha vontade e produzirá os efeitos que pretendi, ao enviá-la”. 
...............................................................................................................................................................
Salmo: 64
A semente caiu em terra boa e deu fruto.
A semente caiu em terra boa e deu fruto.

Visitais a nossa terra com as chuvas,/ e transborda de fartura./ Rios de Deus que vêm do céu derramam águas,/ e preparais o nosso trigo.
É assim que preparais a nossa terra:/ vós a regais e aplainais,/ os seus sulcos com a chuva amoleceis/ e abençoais as sementeiras.
O ano todo coroais com vossos dons,/ os vossos passos são fecundos;/ transborda a fartura onde passais,/ brotam pastos no deserto.
As colinas se enfeitam de alegria,/ e os campos, de rebanhos;/ nossos vales se revestem de trigais:/ tudo canta de alegria!
..............................................................................................................................................................
2ª Leitura: Rm 8,18-23
Carta de São Paulo aos Romanos:
Irmãos: Eu entendo que os sofrimentos do tempo presente nem merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós.
De fato, toda a criação está esperando ansiosamente o momento de se revelarem os filhos de Deus. Pois a criação ficou sujeita à vaidade, não por sua livre vontade, mas por sua dependência daquele que a sujeitou; também ela espera ser libertada da escravidão da corrupção e, assim, participar da liberdade e da glória dos filhos de Deus.
Com efeito, sabemos que toda a criação, até o tempo presente, está gemendo como que em dores de parto. E não somente ela, mas nós também, que temos os primeiros frutos do Espírito,estamos interiormente gemendo, aguardando a adoção filial e a libertação para o nosso corpo.
...............................................................................................................................................................
Evangelho:  Mt 13,1-23
Evangelho de São Mateus:
Naquele dia, Jesus saiu de casa e foi sentar-se às margens do mar da Galileia.
Uma grande multidão reuniu-se em volta dele. Por isso, Jesus entrou numa barca e sentou-se, enquanto a multidão ficava de pé, na praia.
E disse-lhes muitas coisas em parábolas: “O semeador saiu para semear. Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho, e os pássaros vieram e as comeram.
Outras sementes caíram em terreno pedregoso, onde não havia muita terra. As sementes logo brotaram, porque a terra não era profunda. Mas, quando o sol apareceu, as plantas ficaram queimadas e secaram, porque não tinham raiz.
Outras sementes caíram no meio dos espinhos. Os espinhos cresceram e sufocaram as plantas.
Outras sementes, porém, caíram em terra boa, e produziram à base de cem, de sessenta e de trinta frutos por semente. Quem tem ouvidos, ouça!”
Os discípulos aproximaram-se e disseram a Jesus: “Por que falas ao povo em parábolas?”
Jesus respondeu: “Porque a vós foi dado o conhecimento dos mistérios do Reino dos Céus, mas a eles não é dado. Pois à pessoa que tem será dado ainda mais, e terá em abundância; mas à pessoa que não tem será tirado até o pouco que tem.
É por isso que eu lhes falo em parábolas: porque olhando, eles não veem, e ouvindo, eles não escutam nem compreendem. Desse modo se cumpre neles a profecia de Isaías: ‘Havereis de ouvir, sem nada entender. Havereis de olhar, sem nada ver. Porque o coração deste povo se tornou insensível. Eles ouviram com má vontade e fecharam seus olhos, para não ver com os olhos, nem ouvir com os ouvidos, nem compreender com o coração, de modo que se convertam e eu os cure’.
Felizes sois vós, porque vossos olhos veem e vossos ouvidos ouvem. Em verdade vos digo, muitos profetas e justos desejaram ver o que vedes, e não viram, desejaram ouvir o que ouvis, e não ouviram.
Ouvi, portanto, a parábola do semeador: Todo aquele que ouve a palavra do Reino e não a compreende, vem o Maligno e rouba o que foi semeado em seu coração. Este é o que foi semeado à beira do caminho.
A semente que caiu em terreno pedregoso é aquele que ouve a palavra e logo a recebe com alegria; mas ele não tem raiz em si mesmo, é de momento; quando chega o sofrimento ou a perseguição, por causa da palavra, ele desiste logo.
A semente que caiu no meio dos espinhos é aquele que ouve a palavra, mas as preocupações do mundo e a ilusão da riqueza sufocam a palavra, e ele não dá fruto.
A semente que caiu em terra boa é aquele que ouve a palavra e a compreende. Esse produz fruto. Um dá cem, outro sessenta e outro trinta”.

Reflexão:
O porquê das parábolas


Isaías disse que a palavra de Deus é eficaz “como a chuva no chão”(1ª leitura). Mas Jesus acrescenta: depende da qualidade do chão! A semente da palavra tem tudo para crescer, mas precisa ser acolhida num chão aberto, generoso, preparado… num coração acessível e profundo ao mesmo tempo (evangelho). Jesus usa imagens, parábolas. Uma pessoa simples as pode entender, enquanto os de “coração empedernido” ouvem e vêem exteriormente, mas não percebem interiormente o que a palavra significa, ao contrário da “terra boa”, que “ouve a palavra e a compreende”.
Jesus falou em parábolas, para que os mais simples pudessem entender, e aparecesse o endurecimento daqueles que a ouvem sem entender. Uns ouvem e não compreendem. A palavra não cria raízes neles. Jesus explica as causas disso: o “maligno” (as forças contrárias a Jesus e ao Reino de Deus), a superficialidade, a desistência na hora da dificuldade, as “preocupações do mundo e a ilusão da riqueza”. Mas, graças a Deus, há também aqueles que ouvem e compreendem, e produzem fruto. A diferença está na disposição do ouvinte.
As causas da incompreensão da palavra são ainda as mesmas hoje: estratégia das forças antievangélicas, consumismo, idolatria da riqueza. Em compensação, os “mistérios do reino”, quando apresentados em imagens compreensíveis ao povo, são tão transparentes que até os mais simples os entendem e se tornam seus melhores propagandistas.
Importa, pois, prepararmos o chão dos corações para que possam receber a palavra: combater os fatores de “endurecimento” (dominação ideológica, alienação, consumismo, culto da riqueza e do prazer etc). Em vez do fascínio dos sempre novos (e tão rapidamente envelhecidos) objetos do desejo, a formação para a autenticidade e simplicidade, a educação libertadora com vistas ao evangelho. Então, a Palavra, que desce como a chuva do céu, poderá penetrar no chão e fazer a semente frutificar.
                    Do livro “Liturgia Dominical”, de Johan Konings, SJ, Editora Vozes
.....................................................................................................................................
                                        Reflexão e Ilustração: franciscanos.org.br  Banner: cnbb.org.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário