A esperança cristã é a esperança da salvação
Cidade do
Vaticano (RV) – A esperança cristã é a esperança da salvação: este foi o tema
da catequese do Papa na Audiência Geral desta quarta-feira (1º/02) na Sala
Paulo VI.
Diante de seis
mil fiéis, Francisco prosseguiu sua série sobre a esperança. Depois de tratar
desta virtude no Antigo Testamento, nas próximas semanas a leitura será feita a
partir do Novo Testamente, começando pela Primeira Carta de São Paulo aos
Tessalonicenses.
Quando o
Apóstolo a escreve, passaram-se pouco anos da Páscoa de Cristo. A dificuldade
da comunidade não era reconhecer a ressurreição de Jesus, mas a ressurreição
dos mortos: dúvida que acomete os fiéis ainda hoje toda vez que perdem uma
pessoa querida.
Nessas ocasiões,
se questiona: “Realmente existe a vida depois da morte? Poderei rever e
reabraçar as pessoas que amei?”. “Pergunta que uma senhora me fez poucos dias
atrás”, contou o Pontífice.
Diante dos
temores e da perplexidade dos tessalonicenses, São Paulo os convida a manter
firme a esperança da salvação como um capacete sobre a cabeça:
Francisco durante a Audiência Geral |
Portanto,
explicou ainda o Papa, a nossa ressurreição e aquela dos mortos não é algo que
poderá ou não acontecer, mas é uma realidade certa, enquanto radicada no evento
da ressurreição de Cristo. Um velhinho, contou Francisco, dizia que não tinha
medo da morte, mas tinha medo de vê-la chegar. “A porta está ali, é preciso
caminhar até ela.”
“Esperar
significa aprender a viver na espera e encontrar a vida. Quando uma mulher
descobre que está grávida, todos os dias aprende a viver na espera de ver o
olhar daquela criança que virá. Também nós devemos aprender essas esperas
humanas e viver na espera de ver o Senhor, de encontrá-Lo. Isso não é fácil,
mas se aprende: viver na espera.”
Isso, porém –
prosseguiu Francisco – implica um coração humilde, pobre. Somente um pobre sabe
esperar. Quem já é pleno de si e dos seus pertences, não sabe depositar a
própria confiança em ninguém a não ser em si mesmo.
O Papa concluiu
com uma expressão de São Paulo que o impressiona: “E assim, estaremos
para sempre com o Senhor”.
“Vocês acreditam
nisso?”, brincou Francisco, convidando os fiéis a repetirem três vezes a frase
de Paulo. “Assim – finalizou – com o Senhor nos encontraremos.”
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Assista:
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Papa pede respostas ao grito da terra e dos pobres
Cidade do
Vaticano (RV) – Depois de fazer a tradicional catequese na audiência de
quarta-feira (01/02), o Papa Francisco cumprimentou os grupos de peregrinos de
vários países e deu também as boas-vindas à delegação doMovimento
Católico Mundial pelo Clima Global (Catholic Climate Movement, GCCM),
presente na Sala Paulo VI.
Membros do Movimento participaram da audiência geral nesta quarta-feira |
“Agradeço pelo
compromisso em cuidar da nossa casa comum nestes tempos de grave crise
socioambiental. Encorajo o Movimento a continuar a tecer redes a fim de que as
Igrejas locais respondam com determinação ao grito da terra e ao grito dos
pobres”.
O GCCM é uma
coalizão internacional de organizações e indivíduos católicos que em união e
colaboração com o Papa e os bispos, quer reforçar a voz católica nas discussões
sobre as mudanças climáticas globais.
Objetivos do
Movimento
Despertar
consciência no interior da Igreja quanto à urgência de providências em favor do
clima, à luz dos ensinamentos sociais e ambientais católicos;
Promover a
solidariedade global na busca por soluções para a crise climática e restaurar
nossa relação com todas as espécies;
Advogar em favor
de nossos irmãos e irmãs na pobreza, que são os mais suscetíveis aos impactos
da mudança do clima;
Promover a
conversão ecológica por meio de mudanças pessoais e organizacionais para
reduzir emissões e caminhar rumo a um mundo de baixo carbono;
Promover a
relação estabelecida pelo catolicismo entre fé e razão, especialmente no que
concerne à tomada de decisões políticas em face da mudança global do clima.
Incentivar
líderes políticos, empresariais e sociais a assumir compromissos ambiciosos
para solucionar a crise climática, com vistas à impedir a elevação da
temperatura global acima de 1,5 graus Celsius. (cm)
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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