Dar sabor
Há pessoas que
dão gosto de tê-las perto. Não só fazem o bem, mas fazem a diferença por
contribuírem com um convívio de serviço, responsabilidade, diálogo e
colaboração. Contribuem com o bem dos outros. Unem-se a causas de promoção dos
pobres, dos doentes e de todas as pessoas que sofrem. São humildes e nada fazem
para aparecer ou buscar vantagens.
Jesus chama
discípulos a quem incumbe de serem como sal e luz para todos (Cf. Mateus
5,13-16). Não devem ficar escondidos e sim mostrar o caminho do bem. Devem ter
a vitalidade do amor, numa vida simples e doação de si... verdadeiros
missionários da justiça, da solidariedade, do anúncio do reino da bondade...
Paulo dá exemplo
de usar a missão e os dons recebidos, como a sabedoria, para servir com humildade,
sem busca de prestígios nem de interesses materiais. Quer apenas executar a
função dada pelo Mestre (Cf. 1 Coríntios 2,1-5). Sua presença entre as pessoas,
comunidades e povos por onde passou foi marcante. Basta lerem-se as cartas que
escreveu às diversas comunidades, narradas no texto do Novo Testamento.
Em nossa ação de
cristãos temos exemplos de verdadeiro serviço ao próximo, tanto na área da ação
caritativa e de assistência humana, como na da promoção da justiça e da
dignidade humana. Tanto a assistência com atos de caridade e de organizações de
assistência humana, quanto nas atividades de defesa da causa da justiça fazem
parte da vida de quem segue o Filho de Deus. Ele nos ensina tudo isso com seu
exemplo de doação total. Ele veio nos dar o sabor do amor, que tudo transforma
e dá sentido à vida.
O profeta Isaías
nos estimula à prática da caridade e do atendimento das necessidades do próximo
carente, já preanunciando o que o próprio Jesus iria ensinar e fazer com
autoridade divina: “Reparte o pão com o faminto, acolhe em casa os pobres e
peregrinos. Quando encontrares um nu, cobre-o e não desprezes a tua carne.
Então, brilhará tua luz como a aurora” (Isaías 58,7.8).
Neste ano, com
os novos dirigentes políticos municipais, lembramos que o exercício da boa
política é a melhor forma de se fazer a caridade. São os eleitos para o
executivo que recebem os impostos. Se bem promovidos e usados, podem
fazer não só a caridade, mas exercer a justiça pela qual eles foram eleitos.
Eleitores e eleitos devem se unir para se ver e promover tudo o que é mais
prioritário entre as necessidades, principalmente dos que são mais injustiçados
e deixados de lado do convívio social justo e solidário.
Dom José Alberto
Moura - Arcebispo de Montes Claros (MG)
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Fonte: cnbb.org.br Ilustração: familiapazeamor.blogspot.com.br
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Fonte: cnbb.org.br Ilustração: familiapazeamor.blogspot.com.br
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