Preservar a paz, chega de guerras!
De modo
especial, falou de três imagens presentes na Primeira Leitura, extraída do
Livro do Gênesis: a pomba, o arco-íris e a aliança.
Capela Santa Marta |
“Hoje no mundo
há derramamento de sangue. Hoje o mundo está em guerra. Muitos irmãos e irmãs
morrem, inclusive inocentes, porque os grandes e os poderosos querem um pedaço
a mais de terra, querem um pouco mais de poder ou querem ter um pouco mais de
lucro com o tráfico de armas. E a Palavra do Senhor é clara: ‘pedirei contas do
vosso sangue, que é vida, a qualquer animal. E ao homem pedirei contas da vida
do homem, seu irmão’. Também a nós, que parecemos estar em paz aqui, o Senhor
pedirá contas do sangue dos nossos irmãos e irmãs que sofrem a guerra”.
Custodiar a paz,
a declaração de guerra começa em cada um de nós
“Como proteger a
pomba? Pergunta-se Francisco; “O que faço para que o arco-íris seja sempre um
guia? O que faço para que não seja mais derramado sangue no mundo?”. Todos nós,
reiterou, estamos envolvidos nisto. A oração pela paz não é uma formalidade, o
trabalho pela paz não é uma formalidade. E relevou com amargura que a guerra
começa no coração do homem, começa nas casas, nas famílias, entre amigos, e
depois vai além, a todo o mundo. “O que faço, eu, quanto sinto no meu coração
‘algo que quer destruir a paz’?”
“A guerra começa
aqui e termina lá. Vemos as notícias nos jornais e na TV... Hoje, muita gente
morre e a semente de guerra que gera inveja, provoca ciúmes, a cobiça no meu
coração é a mesma coisa do que a bomba que cai num hospital, numa escola,
matando crianças- é o mesmo. A declaração de guerra começa aqui, em cada um de
nós. Por isso, pergunto: “Como custodiar a paz em meu coração, em meu intimo,
na minha família?”. Custodiar a paz, mas não só: fazê-la com as mãos, todos os
dias. E assim conseguiremos fazê-la no mundo inteiro”.
A recordação do
fim da guerra na lembrança do menino
“O sangue de
Cristo – evidenciou – é o que faz a paz, mas não o sangue que eu faço com o meu
irmão” ou “o que fazem os traficantes de armas ou os poderosos da terra nas
grandes guerras”. Francisco relatou um episódio pessoal, de quando era criança,
sobre a paz:
“Recordo quando
começou a tocar o alarme dos Bombeiros, depois nos jornais e na cidade... Isto
se fazia para atrair a atenção para ou fato ou uma tragédia, ou outra coisa. E
logo ouvi a vizinha de casa chamar minha mãe: ‘Senhora Regina, venha, venha!’ E
minha mãe saiu, assustada: ‘O que aconteceu?’ E a mulher, do outro lado do
jardim, disse: ‘A guerra acabou!’, chorando.
Francisco
recordou o abraço das duas mulheres, o pranto e a alegria porque a guerra havia
terminado. “Que o Senhor – concluiu – nos dê a graça de poder dizer: ‘Terminou
a guerra’ e chorando. ‘Acabou a guerra no meu coração, acabou a guerra na minha
família, acabou a guerra no meu bairro, acabou a guerra no meu trabalho, acabou
a guerra no mundo’. Assim serão mais fortes a pomba, o arco-íris e a aliança”.
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Fonte: radiovaticana.va news.va
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