Festa do Batismo
do Senhor
Ao celebrarmos a
festa do Batismo do Senhor, ocasião propícia para renovarmos nossos
compromissos batismais, voltemo-nos para nós mesmos e façamos um exame sobre
nossa conduta, sobre nossa presença no meio da sociedade.
Jesus vai a João para ser batizado. Quando se encontra em meio a tantas pessoas que buscam o Batista, Jesus passa a ser mais um que deseja reiniciar a vida através de um banho que simbolizava a mudança de vida. O Mestre quis ser sempre igual a nós e também nesse momento ele se iguala a qualquer pessoa de boa vontade que aceita o discurso regenerador de João, o Batista.
Acontece que
quando o vê, João - re conhece - nele o Messias, o
verdadeiro Batista!
Ele já o havia
conhecido e nele detectado o Deus Conosco, quando da visita de Maria de Nazaré
à sua mãe. Ali, ele João Batista, estremeceu no seio de Isabel e ela pode
entender o que acontecia. Agora, a mesma luz interior que o iluminou durante a
visita, 30 anos atrás, voltou e fez com que reconhecesse naquele homem, não
apenas o seu primo, mas o Redentor da Humanidade.
Nesse momento,
segundo São Lucas, o céu se abriu, ou seja, o Pai voltou a falar não mais
através dos profetas, mas por seu Filho unigênito. Deus voltou a se
- re velar – em Jesus de Nazaré.
A pomba que
aparece é sinal da morada de Deus, de sua presença. É o Espírito de Deus que
desceu sobre Jesus. Ele é a morada do Pai, é a nova e eterna aliança, é a tenda
armada de Deus em nosso meio, é o próprio Deus!
As palavras, que
se fazem escutar, vindas do céu, dizem: “Tu és o meu Filho bem-amado; em ti
ponho minha afeição.” Aí passamos a entender melhor a primeira leitura
onde Isaías diz: “Eis o meu servo, o meu eleito, ele trará o julgamento às
nações. Eu te constituí como o centro de aliança do povo, luz das nações, para
abrires os olhos dos cegos, tirar os cativos da prisão, livrar do cárcere os
que vivem nas trevas”. A missão de Jesus será a de mostrar a proximidade
do amor do Pai, e recuperar o projeto de Deus para o homem. Por isso, suas
mensagens serão chamadas Boa Nova, Evangelho, o que em português pode ser
traduzido como alvíssaras.
Ao celebrarmos a
festa do Batismo do Senhor, ocasião propícia para renovarmos nossos
compromissos batismais, voltemo-nos para nós mesmos e façamos um exame sobre
nossa conduta, sobre nossa presença no meio da sociedade. Até que ponto somos
pessoas libertadoras, pessoas que podem ser reconhecidas como abertas à ação de
Deus, fautoras do bem, portadoras de vida, moradas de Deus em meio aos homens?
Padre Cesar Augusto, SJ – Vatican News
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